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Tag: santidade

Quais sejam os que na verdade seguem a Jesus Cristo

Sigamos Cristo até o calvário

Si quis vult post me venire, abneget semetipsum, et tollat crucem suam quotidie, et sequatur me - “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz cada dia, e siga-me” (Lc 6, 23)

Sumário. Devemo-nos persuadir de que Deus nos conserva no mundo para que suportemos com paciência as tribulações que Ele mesmo nos envia para o nosso bem. Resolvamo-nos, pois, a recusar a nós mesmos aquilo que um amor próprio desordenado nos pede; abracemos de boa vontade a nossa cruz de cada dia; e não nos cansemos de a carregar após Jesus Cristo até ao Calvário, isso é, até a morte.

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Da perseverança

São Dionísio Cartusiano
São Dionísio Cartusiano

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XXXI

Qui perseveraverit usque in finem, hic salvus erit - "Aquele que perseverar até ao fim, este será salvo" (Mt 24, 13)

PONTO I

Disse São Jerônimo que muitos começam bem, mas poucos são os que perseveram. Um Saul, um Judas, um Tertuliano, começaram bem, mas acabaram mal, porque não perseveraram como deviam.
“Nos cristãos não se procura o princípio, mas o fim”
O Senhor — prossegue o mesmo Santo — não exige somente o começo da boa vida, quer também seu bom termo; o fim é que alcançará a recompensa. É por isso que São Lourenço Justiniano chama a perseverança de porta do céu. Quem não der com essa porta, não poderá entrar na glória. Tu, meu irmão, que abandonaste o pecado e esperas, com razão, que tenham sido perdoadas as tuas culpas, gozas da amizade de Deus; todavia ainda não estás salvo, nem o estarás enquanto não tiveres perseverado até ao fim (Mt 10,22). Começaste bem e santamente a vida. Agradece mil vezes a Deus; mas adverte que, segundo disse São Bernardo, não é ao que começa que se oferece o prêmio, mas sim, unicamente, ao que persevera. Não basta correr no estádio; mas impende prosseguir até alcançar a coroa, conforme a expressão do apóstolo (1Cor 9,24).

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Necessidade da oração

Crianças orando

Oportet semper orare et non deficere - “É preciso orar sempre e não deixar de o fazer” (Lc 18, 1)

Sumário. É certo que Deus, excetuando as primeiras graças, tais como a vocação para a fé ou penitência, nenhuma outra graça concede em regra geral (e menos ainda a perseverança) senão àquele que ora. Pelo que a oração é necessária aos adultos por necessidade de meio, de modo que o que ora, certamente se salva e o que não ora, certamente se condena. Este será o maior motivo de desespero para os réprobos, verem que tão facilmente se podiam salvar pela oração e que não há mais tempo para orar. Meu irmão, como usaste até hoje deste grande meio?

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Fins da Oração Mental

"Quem reza se salva, quem não reza se condena" (Santo Afonso)
"Quem reza se salva, quem não reza se condena" (Santo Afonso)

In meditatione mea exardescet ignis - “Na minha meditação se acenderá o fogo” (Sl 38, 4)

Sumário. Para fazer bem a oração mental e tirar proveito dela, é preciso conhecer os seus fins, que são principalmente três: primeiro, a união mais íntima com Deus; segundo, a obtenção das graças necessárias; terceiro, o conhecimento da Santíssima vontade de Deus e a força para executá-la plenamente. Enganam-se, pois, aqueles que deixam de fazer meditação, porque nela não acham consolações ou doçuras. Lembremo-nos bem, que o que não faz oração mental, dificilmente perseverará na graça de Deus e dificilmente se salva.

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Da Misericórdia de Deus

Jesus Misericordioso

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XVI

Superexaltat autem misericordia judicium. - "A misericórdia triunfa sobre o juízo" (Tg 2,13)

PONTO I

A bondade é comunicativa por natureza, isto é, tende a transmitir aos outros os seus bens. Deus, que por sua natureza é a bondade infinita, sente vivo desejo de comunicar-nos sua felicidade e, por isso, propende mais à misericórdia do que ao castigo. Castigar — diz Isaías — é obra alheia às inclinações da vontade divina.
“Levantar-se-á para fazer a sua obra (ou vingança), obra que lhe é alheia, obra que lhe é estranha” (Is 28,21).
Quando o Senhor castiga nesta vida, é para fazer misericórdia na outra (Sl 59,3). Mostra-se irritado a fim de que nos emendemos e detestemos o pecado (Sl 5). Se nos manda algum castigo, é porque nos ama e nos quer livrar das penas eternas (Sl 6). Quem poderá admirar e louvar suficientemente a misericórdia com que Deus trata os pecadores, esperando-os, chamando-os, acolhendo-os quando voltam para Ele?... E antes de tudo, que graça valiosíssima nos concede Deus em esperar pela nossa penitência!... Quando o ofendeste, meu irmão, o Senhor te podia ter feito morrer, mas, ao contrário, te esperou; e, em vez de castigar-te, te cumulou de bens e te conservou a vida em sua paternal providência. Fingia não ver teus pecados, a fim de que te convertesses (Sb 2,24). E como é isto, Senhor! Vós que não podeis ver um só pecador, vedes tantos e vos calais? (Hb 1,15). Vedes aquele impudico, aquele vingativo, esse blasfemo, cujos pecados crescem dia-a-dia e não os castigais? Por que tanta paciência?... Deus espera o pecador, a fim de que se arrependa e desse modo lhe perdoe e o salve (Is 30,18).

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Jesus no Santíssimo Sacramento, nosso bom Pastor

O Bom Pastor

Ego sum pastor bonus - “Eu sou o bom pastor” (Jo 10, 14)

Sumário. O ofício de bom pastor é guiar as suas ovelhas, apascentá-las e defendê-las contra os lobos devoradores. Depois de ter cumprido este tríplice dever durante toda a sua vida terrestre, Jesus continua a cumpri-lo no Santíssimo Sacramento do Altar. Aí Ele nos guia pelos exemplos, defende-nos contra os inimigos espirituais, e alimenta-nos com o seu corpo imaculado. Se quisermos progredir na vida espiritual, nunca percamos de vista o nosso amante Pastor, visitemo-Lo frequentemente, e lembremo-nos que, se ficarmos perto d'Ele, receberemos os seus mais especiais favores.

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Da Malícia do Pecado Mortal

"O homem é um miserável que nada pode, um cego que nada vê; pobre e nu, que nada possui" (Ap 3,17)
"O homem é um miserável que nada pode, um cego que nada vê; pobre e nu, que nada possui" (Ap 3,17)

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XV

Filios enutrivi et exaltavi; ipsi autem spreverunt me. - "Filhos criei e engrandeci-os; mas eles me desprezavam" (Is 1,2)

PONTO I

Que faz aquele que comete pecado mortal?... Injuria a Deus, desonra-O e, no que depende dele, cobre-o de amargura. Primeiramente, o pecado mortal é uma ofensa grave que se faz a Deus. A malícia de uma ofensa, diz São Tomás, se mede pela pessoa que a recebe e pela pessoa que a comete. A ofensa feita a um simples particular é sem dúvida um mal; mas constitui delito maior se é feita a uma pessoa de alta dignidade, e muito mais grave quando visa o rei... E Quem é Deus? É o Rei dos reis (Ap 17,14). Deus é a Majestade infinita, perante quem todos os príncipes da terra e todos os santos e anjos do céu são menos que um grão de areia (Is 40,15). Diante da grandeza de Deus, todas as criaturas são como se não existissem (Is 40,17). Eis o que é Deus... E o homem, o que é?... Responde São Bernardo: saco de vermes, pasto de vermes, que cedo o hão de devorar. O homem é um miserável que nada pode, um cego que nada vê; pobre e nu, que nada possui (Ap 3,17). E este verme miserável se atreve a injuriar a Deus? exclama o mesmo São Bernardo. Com razão, pois, afirma o Doutor Angélico, que o pecado do homem contém uma malícia quase infinita. Por isso, Santo Agostinho chama, absolutamente, o pecado mal infinito. Daí se segue que todos os homens e todos os anjos não poderiam satisfazer por um só pecado, mesmo que se oferecessem à morte e ao aniquilamento. Deus castiga o pecado mortal com as penas terríveis do inferno; contudo, esse castigo é, segundo dizem todos os teólogos, citra condignum, isto é, menor que a pena com que tal pecado deveria ser castigado.

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A perda da Salvação é um mal sem remédio

"Quem não treme pelo temor de se perder, não se salvará"

Qui poenas dabunt in interitu aeternas a facie Domini - “Os quais, longe da presença de Deus, sofrerão por castigo eterno a perdição” (2 Ts 1, 9)

Sumário. Para todos os males há remédio; só para o condenado não. Morre-se uma vez, e, perdida a alma uma vez, está perdida para sempre e só lhe resta lamentar eternamente a sua perdição eterna, causada pela sua própria culpa. Avivemos, pois, a nossa fé, e lembrando-nos que nos caberá por sorte o céu ou o inferno, tomemos as providências apropriadas para nos assegurarmos a salvação eterna. Sejamos especialmente devotos à Santíssima Virgem e examinemos frequentes vezes, se por ventura nos temos relaxado nesta devoção.

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A Vida presente é uma viagem para a Eternidade

Estamos de passagem nesta vida

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CONSIDERAÇÃO XIV

Ibit homo in domum aeternitatis suae - "Irá o homem à casa de sua eternidade" (Ecl 12,5)

PONTO I

Ao considerar que neste mundo tantos malvados vivem na prosperidade, e tantos justos, ao contrário, vivem cheios de tribulações, os próprios pagãos, unicamente com o auxílio da luz natural, reconheceram a verdade de que, existindo Deus, e sendo Ele justíssimo, deve haver outra vida onde os ímpios serão castigados e os bons recompensados. Ora, o que os pagãos conheceram, seguindo as luzes da razão, confessamo-lo nós, cristãos, também pela luz da fé.
“Não temos aqui cidade permanente, mas vamos em busca da que está por vir” (Hb 13,14).
A terra não é nossa pátria, mas apenas lugar de trânsito, por onde passamos para chegar em breve à casa da eternidade (Ecl 12,5). Assim, meu leitor, a casa em que moras não é tua própria casa, é uma hospedaria que bem cedo, e quando menos o pensas, terás que deixar; e os primeiros a expulsar-te dela, quando vier a morte, serão teus parentes e amigos... Qual será, pois, tua verdadeira casa? Uma cova será a morada do teu corpo até ao dia do juízo, e tua alma irá à casa da eternidade, ao céu, ou ao inferno. Por isso, nos diz Santo Agostinho:
“És hóspede que passa e vê”.
Néscio seria o viajante que, tendo de visitar de passagem um país, quisesse empregar ali todo o seu patrimônio na compra de imóveis, que ao cabo de poucos dias teria de abandonar.

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Importância da Salvação

São Felipe Neri

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XII

Rogamus autem vos, fratres... ut vestrum negotium agatis. - "Mas vos rogamos, irmãos, a avançar cada vez mais" (1Ts 4,10)

PONTO I

O negócio da eterna salvação é, sem dúvida, o mais importante, e, contudo, é aquele de que os cristãos mais se esquecem. Não há diligência que não se efetue, nem tempo que não se aproveite para obter algum cargo, ganhar uma demanda, ou contratar tal casamento... Quantos conselhos, quantas precauções se tomam! Não se come, não se dorme!... E para alcançar a salvação eterna? Que se faz? Que procedimento se segue?... Nada se costuma fazer; ao contrário, tudo o que se faz é para perdê-la, e a maior parte dos cristãos vive como se a morte, o juízo, o inferno, a glória e a eternidade não fossem verdades da fé, mas apenas fábulas inventadas pelos poetas. Quanta aflição quando se perde um processo ou uma colheita e quanto cuidado para reparar o prejuízo!... Quando se extravia um cavalo ou um cão, quantas diligências para encontrá-los. Muitos perdem a graça de Deus, e entretanto dormem, riem-se e gracejam!... Coisa estranha, por certo! Não há quem não core ao passar por negligente nos negócios do mundo, e a ninguém causa rubor olvidar o grande negócio da salvação, que mais do que tudo importa. Confessam que os Santos são verdadeiros sábios porque só trabalharam para salvar-se, enquanto eles atendem a todas as coisas do mundo, sem se importar com sua alma. Mas vós — disse São Paulo — vós, meus irmãos, pensai unicamente no magno assunto de vossa salvação, pois constitui o negócio da mais alta importância. Persuadamo-nos, pois, de que a felicidade eterna é para nós o negócio mais importante, o negócio único, o negócio irreparável se não o pudermos realizar.

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