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Tag: paixão

És Vaidoso? Por que?

Meditação para o Dia 10 de Julho

1. Quem se presumirá livre de toda vaidade? Possuindo alguém prerrogativas, a vaidade as exagera; não as possuindo, ela as cria, exaltando-se nessa grandeza imaginária. Mormente na juventude, a vaidade frequentemente causa tentações. Faltando ainda verdadeiro saber, experiência, habilidade e força, a aparência deve suprir isto. Daí, presunção, arrogância, jactância e ostentação; daí, alarde de tudo: dos vestidos e do adorno, da morada, da linguagem, dos talentos, das relações sociais, da própria virtude e, mesmo, da suposta humildade.

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Lamentações que do alto da cruz dirige Jesus a todos os homens

Crucificação de Jesus Cristo

Capítulo XXIX

O vos omnes qui transitis per viam, attendite et videte si est dolor sicut dolor mens - "Ó vós todos que passais pelo caminho, atendei, e vede se há dor como a minha" (Lm 1, 12)

São estas as palavras que nos dirige Jesus a nós, pobres exilados nesta terra de pecado. Ó vós todos, exclama ele do alto da cruz, ó vós todos, que passais pelo caminho da vida, dignai-vos parar por alguns instantes; lançai sobre esta cruz, onde estou cravado, a vossa vista, e vede se há uma dor que à minha se possa comparar; a minha cabeça está coroada de espinhos que me não deixam repouso algum, os meus pés e as minhas mãos estão varados de enormes cravos, o meu corpo não é mais que uma chaga, e o meu sangue corre de todas as minhas chagas. “De todas as partes me cercam as agonias da morte”, e a minha alma está abismada na mais excessiva desolação.

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Cristo entregue por um apóstolo!

Meditação para Dia 18 de Março

1. a) "Levantai-vos! Vamos. Eis aí vem chegando o que me há de entregar". Que mudança! Aflito antes até à morte, Jesus enfrenta agora seus inimigos, cheio de grandeza e força. É esta a consequência da contínua oração. Deus não elimina do gênero humano o sofrimento, mas lhe dá a força para suportá-lo. Serás pusilânime, se não rezares. b) Que se terá passado na alma de Jesus, ao ser preso! Deus, preso por suas criaturas! O inocente, pelos culpados! Cristo, por ti!...

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Toda a vida do nosso Divino Salvador foi um martírio contínuo

Cristo, Homem das Dores (Carlo Dolci)

Capítulo XV

Viram dolorum - "Jesus foi um homem de dores" (Is 53, 3)

Sim, verdadeiramente Jesus foi um homem de dores; sua vida foi toda de sofrimentos interiores e exteriores; foi um martírio continuo, um martírio mil vezes mais cruel do que podemos imaginar. Que não teve ele de sofrer durante os nove meses que passou no casto seio de sua mãe? É certo que gozava de toda a sua razão e tinha o mais fino sentimento de todos os seus sofrimentos. Que horrorosa posição esta! Oh! sempre muito amor era preciso haver no coração deste bom Mestre, pois para no-lo testemunhar quis encerrar-se numa tão incomoda prisão! E em seu nascimento o que não sofreu? Ele a nascer num curral, ele exposto às injurias do tempo, ele a tremer de frio, ele a chorar. Por toda a parte o acompanham os sofrimentos, nem um instante o deixam. Se sai do presépio de Belém, é para derramar as primícias do seu sangue; mais tarde um pouco essa sua mesma pátria forçado se viu a deixar e fugir para terra estrangeira, afim de escapar ao furor de um rei ímpio e sanguinário. Por toda a sua vida terá que sofrer os incômodos da pobreza, e terminá-lo-á sim, terminará essa vida de angustias por uma cruel morte! Eis aqui pois, ó meu Jesus! o que por mim tendes sofrido; Ah! Bem justo é que por vosso amor também eu sofra alguma coisa. Fazei-me a graça, eu vos suplico, de sequer ao menos suportar com paciência e resignação as penas desta vida corruptível.

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Santa resignação

Meditação para Dia 14 de Março

1. Se Jesus tantas vezes, com santa impaciência, tinha predito e aguardado sua paixão, por que exclama agora no horto das Oliveiras:
"Pai meu, se é possível, passe de mim este cálice?"
É porque tinha assumido toda a fragilidade da nossa natureza, que se assusta ante todo o sofrer. E que sofrimentos inauditos os que esperavam o Cordeiro Imaculado!... Mas Jesus acrescenta "se é possível", isto é, salvar o gênero humano sem tão grande sofrimento e terrível morte. Seu amor transluz de todas as palavras. Por mais que o assuste a paixão, prefere sofre-la a nos ver condenados para sempre. Tudo por nós! Tudo por ti!

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Deus Pai enviou à terra seu Filho para nos restituir a vida que pelo pecado perderíamos

Capítulo V

In hoc apparuit caritas Dei in nobis quoniam Filium suum unigenitum misit Deus in mundum, ut vivamos per eum - "Nisto é que se manifestou a caridade de Deus para conosco, em que Deus enviou a seu Filho unigênito ao mundo, para que nós vivamos por ele" (1 Jo 4, 9)

Mortos estavam pelo pecado todos os homens, e neste estado de morte permaneceriam, se não houvera o Pai Eterno enviado a seu Filho único, que pelo derramamento de seu sangue os chamasse à vida. Ó prodígio! Um Deus morrer pelo homem! Um Deus!!! E que é o homem? O seráfico São Boaventura, ao meditar neste mistério de amor bradava:
"Ó bom Jesus! Que fizeste? Para que me amastes tanto? Para que, Senhor, para que, Jesus meu? Que achastes vós em mim que tanto amor vos inspirou? Porque quisestes morrer por mim? Quem sou eu para comprardes a minha alma por preço tão elevado?"

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A primeira Comunhão indigna

Meditação para Dia 04 de Março

1. a) "Sou eu?" perguntou, na última ceia, o traidor a Jesus, e este respondeu, com toda a mansidão: "Tu o disseste". Que cena, a verificação do traidor, na mesma ocasião em que os apóstolos pela primeira vez comungaram! Imitas o exemplo de Jesus, que fala com ternura aos próprios inimigos? Que os ama? b) O infeliz Judas sacrilegamente recebe a Santa Comunhão. Dado um passo na estrada do pecado, seguem outros. Que incompreensível bondade e paciência a de Jesus, que nem agora se esgota! Com quanta ingratidão viu Jesus pago, desde a instituição, o sacramento do seu amor!

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A misericórdia e amor de Jesus para conosco fulgem com deslumbrante brilho em sua encarnação

Capítulo IV

Apparuit benignitas et humanitas Salvatoris nostri Dei - "Apareceu a bondade do Salvador nosso Deus, e o seu amor para com os homens" (Tt 3, 4)

De toda a eternidade nos amou Deus; esta ver­dade e ele mesmo que por Jeremias profeta no-lo assegura. Mas o seu amor para conosco esteve em certo modo oculto, até ao momento em que a Jesus Cristo aprouve manifesta-lo, fazendo-se homem.
"Antes da incarnação do Verbo, diz São Bernar­do, manifestára-se-nos o poder e sabedoria de Deus na criação e governo do mundo; quando porém Je­sus Cristo consentiu em revestir-se de nossa carne, apareceu o amor que este divino Salvador tem aos homens"
Com efeito, depois de haver Jesus Cristo passado uma vida tão laboriosa e molesta, depois de o vermos expirar numa cruz no meio de tantos tormentos, máxima injuria seria o duvidarmos um ins­tante do seu amor.

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A Traição

Meditação para Dia 03 de Março

1. "Jesus turbou-se no espírito, e protestou, e disse: Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me há de entregar". Como não devia estar aflito o pobre Jesus, prevendo o crime dum amigo e discípulo ingrato! Ainda uma vez procura desviar a Judas de seu mau intento, fazendo-lhe ver que tudo sabia. Não diz o nome, para lhe facilitar a conversão. Não conseguindo esta, indica o sinal pelo qual possa ser conhecido, e afinal procura inspirar-lhe salutar medo: "Melhor seria a tal homem nunca ter nascido". Tudo debalde!... Preserve-te Deus de chegares, pouco a pouco, a igual dureza de coração!

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Jesus Cristo fez-se homem para nos fazer compreender o amor que nos tem, e nos excitar a amá-lo

Capítulo I

Dilexit non et tradidit semetipsum pro nobis - "Jesus Cristo nos amou e a si mesmo se entregou por nós" (Ef 5, 2)

Para atrair a si os corações dos homens e captar seu amor, havia-os Deus enchido de toda a sorte de benefícios; longe porém de corresponderem às suas solicitações e dar-lhe amor por amor, os homens ingratos nem sequer por seu Deus e Senhor o quiseram reconhecer; ante ídolos de pedra e madeira curvaram vergonhosamente a fronte, e às mais vis criaturas prostituíram suas homenagens e adorações. E se apenas num pequeno canto da terra, se na Judeia, era este Deus do universo como tal reconhecido por um povo que escolhera, ainda ali mesmo mais era temido do que amado.

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