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Tag: meditação

Jesus  na cruz

Meditação XI. Para a Terça-feira Santa

1. Jesus na cruz. Eis a prova do amor de um Deus. Eis a última aparição que o Verbo encarnado fez sobre a terra; aparição de dor, mais ainda de amor. São Francisco de Paula, contemplando um dia o amor divino na pessoa de Jesus crucificado e entrando em êxtase, exclamou três vezes: “Ó Deus caridade! Ó Deus caridade! Ó Deus caridade!” querendo com isso significar que não podemos compreender quão grande foi o amor de Deus para conosco, para morrer por nosso amor.

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Jesus é pregado na cruz

Meditação X. Para a Segunda-feira Santa

1. Apenas chegou o Redentor ao Calvário, triturado de dores e fatigado, arrancam-lhe as vestes já pegadas às suas carnes dilaceradas e arremessam-no sobre a cruz. Jesus estende seus sagrados braços e oferece ao mesmo tempo ao eterno Pai o sacrifício de sua vida, rogando-lhe que o aceite pela salvação dos homens. Os carrascos tomam então com fúria os cravos e os martelos e, atravessando- lhe os pés e as mãos, pregam-no na cruz. Ó mãos sagradas, que só com o vosso contacto curastes tantos enfermos, por que vos pregam nessa cruz? Ó pés santos, que tanto vos cansastes para nos buscar a nós, ovelhas desgarradas, por que vos atravessam com tanta crueldade? Quando se fere um nervo do corpo humano, é tão aguda a dor, que ocasiona espasmos e delíquios. Ora, quão grande terá sido a dor de Jesus, quando lhe foram atravessados os pés e as mãos, cheios de nervos e músculos, pelos duros cravos! Ó meu doce Salvador, tanto vos custou o desejo de ver-me salvo e de conquistar o meu amor e eu, ingrato, tantas vezes desprezei o vosso amor por um nada; agora, porém, o estimo acima de todos os bens.

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Jesus leva a cruz ao Calvário

Meditação IX. Para o Domingo de Ramos

1. Publicada a sentença contra nosso Salvador, apoderam-se imediatamente dele com fúria. Arrancam-lhe novamente aquele trapo de púrpura e o revestem com suas vestes, para ser crucificado sobre o Calvário, lugar destinado para a morte dos malfeitores.

“Despiram-lhe a clâmide e o revestiram com suas vestes e o conduziram para ser crucificado” (Mt 27,31).

Arranjam duas rudes traves, fazem com elas às pressas uma cruz e obrigam-no a carregá-la sobre os ombros até ao lugar de seu suplício. Que barbaridade impor nos ombros do réu o patíbulo sobre o qual deve morrer. Mas assim deve ser, ó meu Jesus, pois que vós tomastes sobre vós todos os meus pecados.

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Jesus é condenado por Pilatos

Meditação VIII. Para o Sábado da Paixão

1. Pilatos, depois de haver tantas vezes declarado a inocência de Jesus, mais uma vez a proclama, protestando ser ele inocente do sangue daquele justo (Mt 27,24), e contudo pronunciou a sentença e o condenou à morte. Oh! injustiça nunca vista no mundo! Ao mesmo tempo que o juiz declara inocente o acusado, ele o condena. Ah, meu Jesus, vós não mereceis a morte, mas eu a mereço. Visto, porém, que quereis satisfazer por mim, não é Pilatos, mas é o vosso próprio Pai que vos condena a pagar a pena a mim devida. Eu vos amo, ó Padre eterno, que condenais vosso Filho inocente para livrar-me a mim que sou réu. Eu vos amo, ó Filho eterno, que aceitais a morte devida a um pecador.

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Pilatos mostra Jesus ao povo, dizendo: “Ecce Homo”

Meditação VII. Para a Sexta-feira da Paixão

1. Tendo sido Jesus conduzido novamente à presença de Pilatos, este, vendo-o todo dilacerado e deformado pelos açoites e espinhos, julgou poder excitar a compaixão do povo, mostrando-lhe Jesus. Por isso, saiu para fora, até ao pórtico ou alpendre, levando consigo Jesus, e disse: Eis aqui o homem, como se dissesse: Vede, ainda não estais contentes com o que padeceu este pobre inocente? Ei-lo reduzido a um estado em que não poderá mais viver. Deixai-o, pois, em paz, pois pouco tempo lhe restará de vida. Contempla tu também, minha alma, o teu Senhor sobre aquele pórtico, como ele está amarrado e seminu, coberto todo de chagas e de sangue, e reflete a que estado está reduzido o teu pastor para salvar-te a ti, ovelha desgarrada.

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Jesus é coroado de espinhos e tratado como rei de escárnio

Meditação VI. Para a Quinta-feira da Paixão

1. Depois de terem os soldados flagelado a Jesus Cristo, reuniram-se todos no pretório e, despojando-o novamente de suas vestes, para escarnecer dele o torná-lo um rei de comédia, puseram-lhe sobre os ombros um manto velho de cor vermelha, para representar a púrpura real, e na mão uma cana significando o cetro, e na cabeça um feixe de espinhos parodiando a coroa, que lhe envolvia toda a sagrada cabeça (Mt 27,28). E visto que os espinhos com a força das mãos não se cravavam na sua divina cabeça, tomam-lhe a cana e enterram-lhe na cabeça aquela horrenda coroa:

“E cuspindo-lhe no rosto, tomaram-lhe a cana e batiam-lhe na cabeça” (Mt 27,28).

Ó espinhos ingratos, assim atormentais o vosso Criador? Mas que espinhos, que espinhos! Vós, maus pensamentos meus, vós traspassastes a cabeça de meu Redentor. Detesto, ó meu Jesus, e aborreço mais que a morte aqueles perversos consentimentos com que tantas vezes vos desgostei a vós, meu Deus tão bom e misericordioso. Mas já que me fazeis conhecer quanto me tendes amado, quero amar-vos a vós somente e nada mais.

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Jesus é flagelado e preso a uma coluna

Meditação V. Para a Quarta-feira da Paixão

1. “Então Pilatos tomou a Jesus e mandou flagelá-lo” (Jo 19,1). Ó juiz injusto, tu o declaraste inocente e em seguida o condenas a um castigo tão cruel como vergonhoso? Contempla, minha alma, como, depois dessa ordem iníqua, os carrascos se apoderam do Cordeiro divino, conduzem-no ao pretório e o amarram com cordas a uma coluna. Ó cordas bem-aventuradas, vós que prendestes àquela coluna as mãos de meu doce Redentor, prendei também a seu coração divino o meu miserável coração, para que de hoje em diante eu não busque e não queira outra coisa senão o que ele quer.

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Jesus é conduzido a Pilatos e a Herodes e posposto a Barrabás

Meditação IV. Para a Terça-feira da Paixão

1. Chegada a manhã, conduzem Jesus a Pilatos, para que o condene à morte. Pilatos, porém, descobre que Jesus é inocente e por isso diz aos judeus que não encontrava motivo para condená-lo. Como, porém, os vê obstinados em querer a sua morte, o remete ao tribunal de Herodes. Este, tendo diante de si Jesus, desejava vê-lo operar um dos muitos milagres de que tanto falavam. O Senhor nem sequer, porém, respondeu às interrogações daquele temerário. Pobre da alma à qual Deus nada mais diz! Meu Redentor, era isso o que eu merecia, por não haver obedecido a tantos chamados vossos. Mas, ó meu Jesus, vós não me haveis abandonado ainda. Falai-me, pois. “Falai, Senhor, que vosso servo vos ouve” (1Rs 3,10), dizei-me o que desejais de mim, que eu quero fazer tudo o que vos agradar.

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Jesus é preso e conduzido a Caifás

Meditação III. Para a Segunda-feira da Paixão

1. Tendo o Senhor conhecimento de que os judeus que vinham prendê-lo já estavam perto, levanta-se e vai ao seu encontro: sem nenhuma resistência deixa-se prender e amarrar: “prenderam a Jesus e o amarraram” (Jo 18,12). Que assombro! Um Deus preso como um malfeitor por suas criaturas! Minha alma, considera como uns lhe tomam as mãos, outros o amarram e outros lhe batem, e o inocente Cordeiro deixa-se prender e bater conforme a vontade deles e cala-se:

“Foi oferecido porque ele mesmo o quis e não abriu sua boca. Foi conduzido como uma ovelha ao matadouro” (Is 53,7).

Não fala nem se lamenta, porque ele mesmo já havia se oferecido para morrer por nós e assim se deixa amarrar como uma ovelha que é conduzida à morte sem abrir a boca.

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Jesus ora no horto

Meditação II. Para o Domingo da Paixão

1. Sabendo Jesus que era chegada a hora de sua paixão, depois de haver lavado os pés de seus discípulos e instituído o Santíssimo Sacramento do Altar, no qual se nos deixou todo a si mesmo, se dirige ao horto de Getsêmani, onde seus inimigos iriam procurá-lo para o prender, como já era de seu conhecimento. Aí põe-se a orar e eis que se sente assaltado por um grande temor, um grande tédio e uma grande tristeza:

“Começou a ter pavor, tédio e tristeza” (Mt 14,33; Mt 26,37).

Assaltou-o primeiramente um grande temor da morte tão amarga que devia sofrer sobre o Calvário e de todas as angústias e desolações que deveriam acompanhá-la. No decurso de sua paixão, os flagelos, os espinhos, os cravos e os outros tormentos o afligiram cada um por sua vez; no horto, porém, vieram todos juntos atormentá-lo. Ele os abraça a todos por nosso amor, mas isso o faz tremer e agonizar:

“Posto em agonia, orava com maior instância” (Lc 22,43).

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