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Tag: eternidade

Primeira Consideração: a Excelência da nossa Alma

Parte V Capítulo X

Considera a nobreza e excelência de tua alma em vista do seu conhecimento deste mundo visível, dos anjos, de Deus, o Senhor soberano e infinitamente bom, da eternidade e em geral de tudo o que é necessário para viveres neste mundo, para te associares aos anjos no paraíso e para gozares eternamente de Deus. Tua alma tem uma vontade capaz de amar a Deus e incapaz de odiá-Lo nele mesmo. Vê quão nobre é teu coração, que, nada achando entre as criaturas que o possa saciar plenamente, só encontra o seu repouso em Deus. Lembra-te vivamente dos prazeres mais queridos e procurados que outrora ocuparam teu coração e julga agora imparcialmente se não eram misturados de muita inquietação, pesar, aborrecimento e amargura, de sorte que teu pobre coração só achava aí misérias.

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Onde Cai a Árvore, aí Fica!

Meditação para o Dia 12 de Abril

Quando se vive na casa de Deus e ao lado de Nosso Senhor, é preciso ter confiança, principalmente na hora da morte. Das almas devotas do seu Coração, disse Nosso Senhor a Santa Margarida Maria:

“Serei, na hora da morte, seu Refúgio seguro”

Por que tremer? Nossos pecados? Oh! Basta um olhar de amor e de arrependimento e firme propósito. E o Bom Ladrão e Madalena, e o Publicano, e o Filho Pródigo? A hora da morte é a última hora do tempo da misericórdia. Não seremos abandonados. Confiança!

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Até Quando?…

Meditação para o Dia 08 de Março

Sabeis o que é uma Eternidade? Imaginai um pouco. Se um beija-flor viesse, de cem em cem anos, beijar uma flor e só voltar um século depois. E assim de século em século. Quantos milhões de séculos seriam necessários para que beijasse todas as flores que há na face da terra e as que hão de sorrir, em todos os jardins e montanhas e vales deste mundo, até a consumação dos séculos? É possível calculá-lo?

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Serás Feliz no Céu!

Meditação para o Dia 11 de Fevereiro

À humilde Bernadete, na gruta de Lourdes, disse Nossa Senhora:

“Não te prometo felicidade aqui na terra, mas a felicidade do Céu”

Os olhos inocentes da Pastorinha, que contemplaram a visão níveo-azul da gruta de Mosabielle, nunca mais se puderam encantar pelas belezas da terra.

“Depois que se viu Nossa Senhora, dizia a Santa, só se deseja morrer, para Vê-la de novo no Céu”

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O Peregrino Louco

Meditação para o Dia 08 de Fevereiro

Tudo nos indica que aqui não temos moradia permanente. No dizer do Apóstolo: Non habemos hic manentem civitatem - Somos peregrinos, viajores, com destino ao porto da Eternidade e à morada do Céu. A Igreja nos chama “viator”, viajante, caminhante. À Sagrada Eucaristia dá a São Tomás de Aquino o nome de “Pão dos Anjos” e “Pão dos Viajantes”.

Ecce panis angelorum factus cibus viatorum

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Meditação para deliberar entre a Vida Mundana e a Vida Devota

"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram" (Mt 7, 13-14)

Capítulo XVIII

PREPARAÇÃO

1. Põe-te na presença de Deus. 2. Implora com humildade o Seu auxílio.

CONSIDERAÇÃO

I. Imagina ainda uma vez que estás numa vasta região, que vês à tua esquerda o príncipe das trevas, assentado num trono muito alto e rodeado duma multidão de demônios, e que descobres ao redor desta corte infernal muitos pecadores e pecadoras, que, dominados do espírito do mundo, lhe rendem as suas homenagens. Observa com atenção todos os desventurados vassalos desse rei abominável; considera como uns estão fora de si, levados pelo espírito da cólera, da raiva e da vingança, que os torna furiosos, e como outros, dominados do espírito da preguiça, só se ocupam de frivolidades e vaidades; aqueles, embebidos no espírito da intemperança, igualam-se a loucos e a brutos, estes, empavesados no espírito do orgulho, tornam-se homens violentos e insuportáveis; alguns, possuídos do espírito de inveja, consomem-se pesarosos e tristes, muitos são corrompidos até à podridão, pelo espírito da impureza, e muitos outros, irrequietos pelo espírito da avareza, perturbam-se pela cobiça de riquezas. Considera como estão aí sem repouso e sem ordem, olha até que ponto se desprezam mutuamente, quanto se odeiam, se perseguem, se dilaceram, se destroem, se matam. Eis ai, enfim, a república do mundo, tiranizada por este rei maldito: quão infeliz e digna de compaixão!

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Meditação sobre uma alma que delibera a escolha entre o Céu e o Inferno

Escolha: Céu ou Inferno

Capítulo XVII

PREPARAÇÃO

1. Põe-te na presença de Deus. 2. Pede a Deus humildemente que te inspire.

CONSIDERAÇÃO

I. No começo desta meditação imagina que estás numa vasta região com o teu anjo da guarda, mais ou menos como Tobias, o jovem que viajava em companhia do arcanjo Rafael, e que ele, abrindo o céu ante teus olhos, te mostra a beleza e glória dessa mansão, ao mesmo tempo que faz aparecer o inferno debaixo de teus pés. II. Feita esta suposição, de joelhos, como em presença do teu bom anjo, considera que na realidade te achas neste caminho entre o céu e o inferno e que um e outro estão abertos para te receber, conforme a escolha que fizeres. Mas pondera atentamente que a escolha que pode fazer-se agora, nesta vida, perdura eternamente na outra.

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Meditação sobre o Paraíso

Paraíso e a glória de Deus

Capítulo XVI

PREPARAÇÃO

1. Põe-te na presença de Deus. 2. Pede a Deus que te inspire.

CONSIDERAÇÃO

I. Representa-te uma noite serena e tranquila e pondera quão agradável é para a alma contemplar o céu todo resplandecente ao brilho de tantas estrelas. Ajunta a estes encantos inefáveis as delícias dum claro dia, em que os raios mais brilhantes do sol, entretanto, não encobrissem a vista das estrelas e da lua; e, feito isso, dize a ti mesma que tudo isso não é absolutamente nada, em comparação com a beleza e a glória do paraíso. Oh! Bem merece os nossos desejos esta mansão encantadora. Ó cidade santa de Deus, quão gloriosa, quão deliciosa és tu! II. Considera a nobreza, a formosura, as riquezas e todas as excelências da companhia santa daqueles que vivem aí; esses milhões de anjos, serafins e querubins; esses exércitos inumeráveis de apóstolos, de mártires, de confessores, de virgens e de tantos outros santos e santas. Oh! Que união bem-aventurada a dos santos na glória de Deus.

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Meditação sobre o Inferno

Inferno, por Giovanni da Modena. Pintura de 1410, presente na Basílica de São Petrônio

Capítulo XV

PREPARAÇÃO

1. Põe-te na presença de Deus. 2. Pede a Deus que te inspire. 3. Imagina uma cidade envolta em trevas, toda ardendo em chamas de enxofre e pez, que levantam uma fumaça horrível, e toda cheia de habitantes desesperados, que dela não podem sair nem morrer...

CONSIDERAÇÃO

I. Os condenados estão no abismo do inferno, como desventurados habitantes dessa cidade de horrores. Padecem dores incalculáveis em todos os seus sentidos e em todo o corpo; pois, assim como empregaram todo o seu ser para pecar, sofrerão também em todo ele as penas devidas ao pecado. Deste modo, sofrerão os olhos por seus olhares pecaminosos, vendo perto de si os demônios em mil figuras hediondas e contemplando o inferno inteiro. Aí só se ouvirão lamentos, desesperos, blasfêmias, palavras diabólicas, para punir por estes tormentos os pecados cometidos por meio dos ouvidos. E de modo análogo acontecerá aos demais sentidos.

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