Caríssimos, estamos a poucas semanas do encerramento do Ano Litúrgico – Ai! como o tempo voa, como a vida passa! E a Igreja, como Mãe cuidadosa, faz-nos meditar sobre o final dos tempos e o fim da nossa vida! Fim como término, mas, sobretudo, fim como sentido, como finalidade! Eis!
Qual o sentido da nossa existência?
Para onde correm, velozes, os dias de nossa vida?
Que fazer, caríssimos, com o breve tempo que nos foi dado neste mundo?
Estas, as questões tão importantes; estas as perguntas definitivas, que realmente contam; questões das quais o mundo atual, atolado nas miudezas provisórias do dia-a-dia, procura fugir com tanto cuidado...
A Solenidade hodierna recorda a proteção da Virgem Maria, sua presença materna e consoladora, experimentada em 1717, por três pobres pescadores, na aurora de nossa história nacional. As redes vazias dos pobres quase se romperam pela abundância de peixes, após o “aparecimento” da Imagem enegrecida da Imaculada Conceição. Desde então, aquela imagenzinha humilde e feiosa recorda ao Povo brasileiro a presença materna da Mãe do Senhor na nossa história e na nossa terra. Sim, hoje a festa é nossa, do Povo brasileiro; hoje, por todo o território nacional, gente de todas as raças que fazem esta Nação, canta com devota gratidão:
Hoje, nossos olhares, atenções, corações, voltam-se para o Santuário Nacional, Casa de Deus, só a Deus dedicada, em honra de Nossa Senhora da Conceição Aparecida!“Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Salve a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”
Por Dom Henrique Soares da Costa
A Quaresma é tempo de caminho para a santa Páscoa, Páscoa de Cristo e nossa. Ora, é pelo Batismo e a Eucaristia que entramos misteriosamente na Páscoa do Senhor, no Seu mistério de morte e ressurreição. Por isso celebramos a Noite Santa de Páscoa com o Batismo e a Eucaristia! Pois bem, o Evangelho de hoje é uma belíssima catequese batismal! Acompanhemos passo a passo este texto belíssimo.Essa mulher, essa samaritana, essa pagã, representa os povos não-judeus, os que ainda não conheciam o Deus verdadeiro. Eles vêm, sedentos, procurando uma água que não sacia definitivamente; eles têm de voltar sempre ao poço, buscam saciar a sede de tantos modos, e continuam sempre com sede:“Chegou uma mulher da Samaria para buscar água”
“Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo”
Por Dom Henrique Soares da Costa Caríssimos irmãos no Senhor, mais uma vez a liturgia sagrada nos reúne para a santa Eucaristia dominical, na qual encontramos o Ressuscitado, alimentamo-nos da Sua Palavra e nutrimo-nos do Seu Corpo sagrado. Com efeito, Ele está conosco, Ele nos fala, Ele se dá a nós, totalmente! Ouvir o Senhor, alimentar-se Dele - pensai bem -, significa abrir-se para Ele porque Nele cremos. É isto crer, meus caros: viver abertos de verdade para o Senhor, deixando que Ele plasme a nossa vida, ilumine os nossos caminho, vá invadindo e transformando toda a nossa existência, em todos os seus aspectos! Se pensarmos bem, é a uma atitude assim que a Palavra de Deus hoje nos convida.
Por Dom Henrique Soares da Costa
A Igreja precisa sempre se converter, sim. Mas, não ao mundo pagão. A conversão da Igreja deverá ser sempre mais a Cristo, com todas as Suas exigências! Somente assim ela será sal e luz. Não são uma doutrina e uma moral feitas sob medida para o mundo que prestarão um serviço à humanidade! Uma Igreja sob medida não serveria para mais nada a não ser para ser jogada fora e pisada pelos homens! A verdade é Cristo – e é o homem quem deve converter-se a Ele, não Ele ao homem.Por Dom Henrique Soares da Costa
Caros Irmãos, hoje a Palavra santa nos fala sobre a Lei de Deus. Logo de saída, impressiona a afirmação peremptória de Jesus, nosso Senhor:“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Em verdade, Eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra!”Sejamos sinceros: um cristão deveria ficar inquieto com tais palavras, afinal nós não mais observamos a Lei de Moisés: não nos deixamos circuncidar, não guardamos o sábado, não fazemos restrições alimentares, distinguindo entre alimento puro e impuro... E agora: como nos haveremos com a palavra tão clara de Jesus?