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Segunda-feira da IV Semana da Quaresma

Cristo na Cruz

Leia atentamente Rm 5,6-11. Releia com cuidado e espírito de oração.

6. Com efeito, quando éramos ainda fracos, Cristo a seu tempo morreu pelos ímpios.

7. Em rigor, a gente aceitaria morrer por um justo, por um homem de bem, quiçá se consentiria em morrer.

8. Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.

9. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

10. Se, quando éramos ainda inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida.

11. Ainda mais: nós nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem desde agora temos recebido a reconciliação!
(Fonte: Bíblia Católica Online)

Observe bem as seguintes ideias

1. “Quando ainda éramos fracos, Cristo, no tempo marcado, morreu pelos ímpios!”

O amor do Senhor por nós é-nos sempre anterior: Ele nos amou por primeiro: nós estávamos numa situação de pecado, por natureza, éramos filhos da ira (Cf. Ef 2,3) e, ainda assim, Ele nos entregou o Seu Filho até a morte, por nós!

Veja, portanto, que o Senhor não nos ama porque somos bons ou forte ou amáveis: Ele nos ama porque nos ama, gratuitamente!

“Deus demonstra o Seu amor por nós pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores!”

Pense um pouco nos seus pecados…

Lembre-se: Deus ama; o ama e o perdoa; Deus sempre estará à sua espera! Você nunca deveria pensar que o Senhor cansou-Se de você ou que para você não há mais esperança! O amor do Senhor espera sempre que você se levante, que você recomece!

2. “Se quando éramos inimigos fomos reconciliados com Deus pela morte do Seu Filho, muito mais agora, uma vez reconciliados, seremos salvos por Sua Vida”

São sempre muito fortes as expressões que o Apóstolo utiliza para referir-se à nossa situação antes da salvação que Cristo nos trouxe. Insistamos: o homem nasce inimigo de Deus: estruturalmente aberto para Ele, sedento Dele, mas pela quebradura do pecado, incoerente, desejoso de ser seu próprio senhor, sujeito a mil paixões desordenadas e mil vontades contraditórias, que o desagrega e o impede de voar para o Senhor é ser-Lhe agradável.

Leia Rm 7,14-25.

14. Sabemos, de fato, que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado.

15. Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço.

16. E, se faço o que não quero, reconheço que a lei é boa.

17. Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita.

18. Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo.

19. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero.

20. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita.

21. Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal.

22. Deleito-me na lei de Deus, no íntimo do meu ser.

23. Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei do pecado, que está nos meus membros.

24. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?…

25. Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!
(Fonte: Bíblia Católica Online)

Foi assim que o Senhor Deus nos encontrou e assim nos amou e assim nos enviou o Seu Filho!

Pois bem, agora, reconciliados com Deus em Cristo morto e ressuscitado, somos salvos por recebermos nos sacramentos, que nos dão o Santo Espírito, a Vida ressuscitada, plena e gloriosa do próprio Cristo Jesus.

Deus, que nos reconciliou Consigo mesmo, na Sua fidelidade, jamais nos retirará este Dom, que é o salvífico Espírito do Seu Filho imolado e ressuscitado!

Observe como os verbos estão na voz passiva: “Fomos reconciliados… Seremos salvos…” É o chamado passivo divino: é Deus Quem age, é Deus Quem toma a iniciativa, é Deus Quem vem ao nosso encontro, é Deus Quem salva!

A nós, cabe não nos fecharmos, mas nos mantermos abertos e dóceis à ação do Espírito Divino que trabalha em nós nos cristificando: dando-nos a Vida, os sentimentos, as atitudes, os sofrimentos e a Glória do Cristo Jesus!

Pense um pouco

  • Você tem consciência ou procura desenvolver a consciência de que tudo é graça de Deus, é dom imenso do Seu amor infinito?
  • Você tem consciência que não se salva, mas recebe a salvação de um Outro, do Pai que através do Filho, no Espírito, reconciliou o mundo Consigo?

Atenção: não é o Senhor Deus que Se reconciliou com o mundo, mas o mundo é que foi reconciliado com o Senhor por iniciativa gratuita do próprio Deus, rico em misericórdia!

3. A conclusão do raciocínio do Apóstolo é clara

“Mas nós nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por Quem desde agora recebemos a reconciliação”.

Aqui aparecem duas ideias importantes: primeiramente, a glória que o cristão experimenta através de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele realmente nos salvou, por Ele o cristão sabe que tem acesso ao Pai: está salvo em verdadeira esperança! Em segundo lugar, aparece o motivo desta certeza, desta glória, desta segurança certa: o discípulo de Cristo sabe, com a certeza da fé, que está verdadeiramente reconciliado com o Pai através do Cristo Jesus!

Reze um pouco

  • Agradeça ao Pai a bendita iniciativa da salvação que Ele nos concedeu.
  • Agradeça ao Filho porque, em obediência à vontade do Pai, entregou-Se livremente, amorosamente, à morte e morte de cruz.
  • Agradeça ao Espírito Santo que, deixando-Se entregar pelo Filho a nós, nos deu a Vida divina do Filho Imolado e glorificado Como penhor, garantia e pregustação da Glória que há de vir!

Reze o Salmo 144/145