Meditação para o Dia 30 de Agosto
Segundo a Imitação de Cristo, Cap. XLVI – L. III
Jesus Cristo: O testemunho dos homens muitas vezes é falso, mas o meu Juízo é sempre verdadeiro, ele subsistirá e não será revogado. A maior parte das vezes é oculto e poucas pessoas descobrem suas particularidades, porém nunca erra, nem pode errar, ainda que aos olhos dos néscios nem sempre pareça justo. A Mim, pois, deves recorrer em todos os juízos que se formam sobre a terra e não confiar no teu próprio. O justo não se turbará com qualquer coisa que lhe aconteça por ordem de Deus. Pouco lhe importará que o acusem injustamente. Nem se encherá de vanglória se outros o defenderem com razão, porque sabe que Eu sou perscrutador dos corações e dos pensamentos e não julgo segundo o exterior e as aparências. O que parece louvável ao juízo dos homens muitas vezes é criminoso aos Meus olhos.
A alma: Senhor, Deus, justo Juiz, forte e paciente que conheceis a fraqueza do homem e sua propensão para o mal, sede minha fortaleza e toda a minha confiança, pois basta que a minha consciência não me acuse. Vós conheceis em mim ainda aquilo que eu não conheço e por isso devo humilhar-me todas as vezes que sou repreendido e devo sofrer este tratamento com mansidão. Perdoai-me, Senhor piedoso, as vezes que assim não procedi e dai-me a graça de um maior sofrimento para o futuro. Porque mais confiança devo ter em Vossa grande Misericórdia para alcançar o perdão do que em minha presumida virtude julgo ter para justificar o que a consciência mal conhece. Ainda que eu não tenha nada de que me acuse, nem por isso devo julgar-me justificado, porque, se Vós julgardes com rigor e sem misericórdia, não se achará quem seja justo aos Vossos olhos.
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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 261)