A novena a São José inicia-se em 10 de março e deve ser rezada por nove dias consecutivos, encerrando-se em 18 de março, comemorando a festa no dia 19.
São José, esposo de Maria e pai nutrício de Jesus, destacou-se por sua humildade e missão especial no plano divino. Descendente de Davi, viveu em Nazaré como carpinteiro e foi escolhido por Deus para proteger a Sagrada Família. Sua fé foi testada, mas sempre obedeceu aos desígnios divinos, desde a fuga para o Egito até a criação de Jesus. Considerado padroeiro dos moribundos e da Igreja Católica, sua devoção se fortaleceu ao longo dos séculos, sendo celebrado em 19 de março. Quer saber mais sobre sua vida e intercessão poderosa? Continue a leitura!
Como rezar esta Novena a São José?
- Inicia-se com o Sinal da Cruz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;
- Reza-se a oração inicial e a final durante 9 dias;
- Finaliza-se com o Sinal da Cruz.
Oração inicial da Novena a São José
Ó meu querido São José, ofereço-vos esta novena, com muito fervor e reverência e me consagro a vós, que merecestes o respeito e os favores de Jesus e de Maria, dedicados ao vosso serviço. Desejo obsequiar-vos dignamente, porque preciso ardentemente conseguir, por vossa intercessão, minha salvação eterna e as graças particulares que, rezando esta novena, desejo alcançar. Não olheis minhas faltas, mas a vossa grande misericórdia e o muito amor que professais. Ó meu amável protetor, em vós ponho a confiança, atendei-me bondosamente. Amém.
Oração final da Novena
Glorioso São José, que fostes exaltado pelo Eterno Pai, obedecido pelo Verbo Encarnado, favorecido pelo Espírito Santo e amado pela Virgem Maria; louvo e bendigo a Santíssima Trindade pelos privilégios e méritos com que vos enriqueceu. Sois poderosíssimo e jamais se ouviu dizer que alguém tenha recorrido a vós e fosse por vós desamparado. Sois o consolador dos aflitos, o amparo dos míseros e o advogado dos pecadores. Acolhei, pois, com bondade paternal a quem vos invoca com filial confiança e alcançai-me as graças que vos peço nesta novena. Eu vos escolho por meu especial protetor. Sede, depois de Jesus e Maria, minha consolação nesta terra, meu refúgio nas desgraças, meu guia nas incertezas, meu conforto nas tribulações, meu pai solícito em todas as necessidades. Obtende-me, finalmente, como coroa dos vossos favores, uma boa e santa morte na graça de Nosso Senhor. Amém.
Sumário da Novena
- 1º Dia da Novena
- 2º Dia da Novena
- 3º Dia da Novena
- 4º Dia da Novena
- 5º Dia da Novena
- 6º Dia da Novena
- 7º Dia da Novena
- 8º Dia da Novena
- 9º Dia da Novena
1º dia da Novena a São José
São José, Pai Nutrício de Jesus
Amabilíssimo São José, que tivestes a honra de alimentar, educar e abraçar o Messias, a quem tantos profetas e reis desejaram ver e não viram, obtende-me, com o perdão das minhas culpas, a graça da oração humilde e confiante que tudo alcança de Deus. Acolhei com bondade paternal os pedidos que vos faço nesta novena e apresentai-os a Jesus, que se dignou obedecer-vos na terra. Amém.
℣. Rogai por nós, São José, pai nutrício de Jesus.
℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos. Ó Deus, que por uma inefável Providência Vos dignastes escolher o bem- aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
2º dia da Novena a São José
São José, Esposo da Virgem Maria
São José, castíssimo Esposo da Mãe de Deus e guarda fiel da sua virgindade, obtende-me, por Maria, a pureza do corpo e da alma e a vitória em todas as tentações e dificuldades. Recomendo-vos também os esposos cristãos, para que, unidos com sincero amor e fortalecidos pela graça, amparem-se mutuamente nos sofrimentos e tribulações da vida. Amém.
℣. Rogai por nós, São José, esposo da Virgem Maria.
℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos. Ó Deus, que por uma inefável Providência Vos dignastes escolher o bem- aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
3º dia da Novena a São José
São José, Chefe da Sagrada Família
Glorioso São José, que gozastes durante tantos anos da presença e filial afeição de Jesus, a quem tivestes a dita de alimentar e vestir, juntamente com vossa Santíssima Esposa, eu vos suplico me alcanceis o dom inefável de sempre viver em união com Deus pela graça santificante. Obtende também para os pais cristãos a graça do fiel cumprimento de seus graves deveres de educadores e, aos filhos, o respeito e a obediência, segundo o exemplo do Menino Jesus. Amém.
℣. Rogai por nós, São José, Chefe da Sagrada Família.
℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos. Ó Deus, que por uma inefável Providência Vos dignastes escolher o bem- aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
4º dia da Novena a São José
São José, Exemplo de Fidelidade
Fidelíssimo São José, que nos destes tão belo exemplo no fiel cumprimento de vossos deveres de protetor da Santíssima Virgem e de pai nutrício do Redentor, rogo-vos me obtenhais a graça de imitar o vosso exemplo na fidelidade a todos os deveres do meu estado de vida. Ajudai-me a ser fiel nas coisas pequenas, para o ser também nas grandes. Alcançai essa mesma graça para todos os que me são caros nesta vida, a fim de chegarmos a gozar no céu o prêmio prometido aos que forem fiéis até a morte. Amém.
℣. Rogai por nós, São José, Exemplo de Fidelidade.
℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos. Ó Deus, que por uma inefável Providência Vos dignastes escolher o bem- aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
5º dia da Novena a São José
São José, Espelho de Paciência
Bondoso São José, que suportastes com heroica paciência as provações e adversidades na viagem a Belém, na fuga para o Egito durante a vida oculta em Nazaré e me destes o exemplo de admirável conformidade com a vontade de Deus, obtende-me a virtude da paciência nas dificuldades de cada dia. Alcançai também invencível paciência a todos os que suportam pesadas cruzes, a fim de que se unam sempre mais a Jesus, divino modelo de mansidão e paciência. Amém.
℣. Rogai por nós, São José, Espelho de Paciência.
℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos. Ó Deus, que por uma inefável Providência Vos dignastes escolher o bem- aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
6º dia da Novena a São José
São José, Modelo dos Operários
Humilde São José, que vivendo em pobreza dignificastes a vossa profissão pelo trabalho constante e vos sentistes feliz em servir a Jesus e a Maria com o fruto de vossos suores, alcançai-me
amor ao trabalho, que me foi imposto como dever de estado, procurando cumprir nisto sempre a vontade de Deus. Protegei os lares dos trabalhadores do Brasil contra as influências nefastas dos inimigos de Cristo e da Santa Igreja. Obtende-lhes a graça de santificarem o seu trabalho, pela reta intenção, em tudo conformados com os desígnios da Divina Providência. Amém.
℣. Rogai por nós, São José, Modelo dos Operários.
℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos. Ó Deus, que por uma inefável Providência Vos dignastes escolher o bem- aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
7º dia da Novena a São José
São José, Protetor da Santa Igreja
Glorioso Patriarca São José, Protetor e Padroeiro da Igreja Universal, obtende-me a graça de amar a Igreja como Mãe e de a honrar como verdadeiro discípulo de Cristo. Rogo-vos que veleis sobre o seu Corpo Místico, como outrora velastes sobre Jesus e Maria. Protegei o Santo Padre e os Bispos, os Sacerdotes e os Religiosos. Alcançai-lhes santidade de vida e eficácia no
apostolado. Guardai a inocência da infância, a castidade da juventude, a honestidade do lar, a ordem e a paz da sociedade. Amém.
℣. Rogai por nós,São José, Protetor da Santa Igreja.
℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos. Ó Deus, que por uma inefável Providência Vos dignastes escolher o bem- aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
8º dia da Novena a São José
São José, Consolo dos Enfermos
Compassivo São José, esperança dos doentes e necessitados, valei-me em todas as enfermidades e tribulações, alcançando-me plena conformidade com os admiráveis desígnios de Deus. Obtende-me também para mim e para todos pelos quais rezo nesta novena, acura das enfermidades espirituais, que são as paixões desordenadas, fraquezas, faltas e pecados, e protegei-nos contra as tentações do inimigo da nossa salvação. Amém.
℣. Rogai por nós, São José, Consolo dos Enfermos.
℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos. Ó Deus, que por uma inefável Providência Vos dignastes escolher o bem- aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
9º dia da Novena a São José
São José, Padroeiro dos Moribundos
Ditoso São José, que morrendo nos braços de Jesus e Maria, partistes deste mundo ornado de virtudes e enriquecido de méritos, assisti-me na hora suprema e decisiva da minha vida contra os ataques do poder infernal. Obtende-me a graça de morrer confortado com os santos Sacramentos, necessários para a minha salvação. Tende compaixão de todos os agonizantes, alcançando-lhes a graça da salvação por intermédio de Maria, vossa Santíssima Esposa. Amém.
℣. Rogai por nós, São José, Padroeiro dos Moribundos.
℟. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos. Ó Deus, que por uma inefável Providência Vos dignastes escolher o bem- aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
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Quem foi São José?
Por Pe. João Baptista Lehmann
São José, esposo puríssimo de Maria Santíssima e pai nutrício de Jesus Cristo era de origem nobre, como testificam os evangelistas Mateus e Lucas. Sua genealogia remonta a Davi e de Davi aos Patriarcas do antigo Testamento. Mais importante, porém, que sua origem é a virtude que tanto enobrece a alma de São José: a humildade. Não sabemos onde o santo Patriarca nasceu; alguns opinam que era natural de Nazaré na Galileia, onde trabalhava na oficina de carpinteiro; outros, porém, acham mais provável que Belém tenha sido a cidade natal de São José, pois Belém foi a cidade de Davi. A mãe de José era Estha. Não devemos estranhar a pobreza de José. Escolhido para ser o pai putativo do Messias, convinha que compartilhasse a vida pobre deste. Nada sabemos a respeito da infância de São José e nem tão pouco da vida que levou até o casamento com Maria Santíssima. Os santos Evangelhos não nos dizem coisa alguma
a seu respeito, limitam-se, apenas, a afirmar que José era justo, o que quer dizer: José era cumpridor da lei, homem santo.
Que a virtude e santidade de São José foram extraordinárias, vemos pela grande e importante missão que Deus lhe confiara. Segundo a doutrina de Santo Tomás de Aquino, Deus confere as graças e privilegias à medida da dignidade e da elevação do estado, a que destinou o individuo. Pode imaginar-se dignidade maior que a de São José, que pelos desígnios de Deus devia ser esposo de Maria Santíssima e pai nutrício de seu divino Filho?
Parece fora de dúvida que os desposórios de Maria Santíssima com São José obedeceram a um plano extraordinário da Divina Providência. Maria Santíssima consentindo no enlace com o santo descendente de Davi não podia ter outra coisa em mira, senão uma garantia para o futuro, uma defesa de sua virtude e uma satisfação perante a sociedade, visto que no antigo Testamento não era conhecida e muito menos considerada a vida celibatária. Celebrando o contrato de matrimônio com seu santo parente, Maria Santíssima certamente o fez com a garantia absoluta da sua pureza virginal, que por inspiração divina votara a Deus.
Os «irmãos» de Jesus Cristo que os Evangelhos como tais apresentam, eram filhos de Maria Alphéa, irmã da mãe de Jesus. São Jerônimo afirma que São José conservou em toda a vida a sua virgindade. Ninguém pode estranhar o titulo de «irmão de Jesus», visto que os livros bíblicos empregam muitas vezes a palavra «irmãos» por «parente» . Abraão disse a Lot: «Não haja contenda entre nós, pois somos «irmãos». E Abraão não era irmão, mas tio de Lot.
Realizou-se a grandiosa obra da Encarnação do Verbo Unigênito de Deus. O arcanjo São Gabriel saudou a Maria e comunicou-lhe o grande mistério que nela se havia de realizar. Maria pronunciou o fiat consentindo na maternidade que se operaria nela pelo Espírito Santo e deixou a São José em completa ignorância. Com seu consentimento dirigiu se à casa de Santa Isabel, onde se demorou três meses e, de volta para sua casa, seu estado causou no espírito de São José as mais graves preocupações e cruéis dúvidas. A virtude e santidade de sua esposa estavam acima de qualquer suspeita, não lhe permitindo explicação menos favorável. De outro lado via-se diante duma realidade que lhe torturava a alma. Nesta perplexidade invencível resolveu abandonar a esposa. Quando já tinha providenciado tudo para sua partida, apareceu-lhe, em sonho, um anjo do Senhor e disse-lhe:
«José, Filho de Davi, não temas admitir Maria, tua Esposa, porque o que nela se operou é obra do Espírito Santo»
Foram assim de vez dissipadas as negras nuvens do espírito de José. É mais fácil imaginar do que descrever a alegria que lhe foi na alma, sabendo do grande mistério que se operava em Maria. Com quanto respeito, com quanta atenção não teria ele tratado aquela que pela fé sabia ser o tabernáculo vivo do Messias. A época do nascimento de Jesus coincidiu com a publicação dum decreto do imperador Augusto, exigindo que todos os súditos romanos se alistassem na cidade de sua origem. Foi necessária esta determinação imperial para que se cumprissem as profecias do antigo Testamento, que indicavam Belém como cidade onde havia de nascer o Messias. José e Maria, sendo da família de Davi, em obediência ao decreto, fizeram a jornada para sua cidade. O Messias, prestes a aparecer, chegou no que era seu e os seus não o receberam. Fecharam-se-lhe todas as portas e seus pobres pais outro abrigo não acharam a não ser uma estrebaria fora da cidade. Provação duríssima para um coração tão extremoso como era o de São José. Sua tristeza foi largamente recompensada, dando lugar a uma alegria incomparável, quando, naquela noite do desterro, Maria Santíssima deu à luz o Filho de Deus. Com que transportes de alegria não teria comtemplado o divino Infante, com que satisfação não o teria tomado em seus braços e coberto de ternos beijos!
Esta alegria foi aumentada ainda pelas circunstâncias extraordinárias que acompanharam o grande acontecimento: a aparição dos anjos nos campos de Belém e seu celestial canto, que, igual, o mundo jamais ouvira desde sua existência; o comparecimento dos pobres pastores no estábulo; mais tarde a chegada dos reis Magos do Oriente. Todos estes fatos, cada qual mais extraordinário, despertaram em São José novos motivos não só de alegria como também de grande admiração. Pela primeira vez surgiu-lhe no espírito, bem nítida, a sublime missão que Deus na sua bondade lhe tinha reservado, a missão de Pai nutrício de seu Filho Unigênito. Este conhecimento, se bem que o tenha confundido, de certo encheu sua alma de paz indescritível.
Passados quarenta dias, José em companhia do Menino Deus e Maria Santíssima se dirigiu a Jerusalém em obediência à lei que exigia a apresentação do filho no templo. Sua alma sentiu-se profundamente comovida pela recepção que tiveram do velho sacerdote Simeão. Este, sem antes ter visto a criança, conheceu nela o Filho de Deus e, no transporte de satisfação que invadiu sua alma, desejou morrer.
Pouco tempo depois São José recebeu de Deus a ordem de fugir com sua família para o Egito, para assim salvar a vida da criança, seriamente ameaçada pelo rei Herodes. Sem demora se pôs a caminho e ficou no Egito até segunda ordem. Esta veio, quando os perseguidores de Jesus tinham morrido, e José voltou para sua terra. Por cautela, porém, não ficou em Belém, mas estabeleceu-se em Nazaré. Conforme o costume na terra dos judeus, José ia anualmente por ocasião da Páscoa a Jerusalém para oferecer a Deus no templo os sacrifícios prescritos pela lei. Quando o Menino Jesus tinha doze anos, foi pela primeira vez com seus pais a Jerusalém. No dia da partida Jesus ficou no templo, sem que os pais o soubessem. Resultou daí grande aflição para as duas santas pessoas, que, com a maior ânsia, procuraram seu filho durante três dias, ora nas casas dos parentes, ora entre os grupos elos romeiros já de volta, até que o acharam no Templo sentado no meio dos sacerdotes e escribas. Jesus desceu com seus pais a Nazaré e ficou-lhes sujeito.
É tudo quando sabemos de São José, e o que os santos Evangelhos dele nos relatam. Sendo a Sagrada Família legalmente constituída, José era considerado pai de Jesus e Jesus filho do carpinteiro. Não devemos pôr em duvida que José tenha trabalhado com toda dedicação para ganhar o sustento das pessoas confiadas ao seu cuidado. Da mesma forma é certo que Jesus cumpriu para com ele as obrigações de filho, prestando-lhe obediência, respeito e amor do modo mais perfeito.
Ignora-se quando São José morreu. Há razões que fazem supor que seu desenlace se tenha dado antes da vida pública de Jesus Cristo. Certamente não se achava mais entre os vivos quando seu Filho morreu na cruz, do contrário não se explicaria porque Jesus recomendou sua Mãe a São João Evangelista, não tendo para isto razão, estando ainda vivo São José.
Que morte santa terá tido o Pai nutrício de Jesus! Que felicidade morrer nos braços do próprio Jesus Cristo, tendo à cabeceira a Mãe de Deus! Mortal algum teve igual ventura. A Igreja com muita razão invoca São José como padroeiro dos moribundos e os cristãos a ele se dirigem com confiança para alcançar a graça de uma boa morte.
Não existem relíquias de São José nem tão pouco algo do lugar onde foi sepultado seu corpo. Homens ilustrados e versados nas ciências teológicas houve e há que defendem a opinião que São José em atenção a sua alta posição e sua grande santidade já goza de corpo e alma da glória de Deus no céu, em companhia de Jesus seu Filho e Maria sua santíssima Esposa.
Grande deve ser a nossa confiança na intercessão de São José. Sua dignidade, sua amizade intima com Jesus e Maria, seu lugar: proeminente no plano da Redenção são outros tantos títulos que garantem sua influência e poder junto ao trono de Deus. Não há pessoa, não há classe que não possa, que não deva a ele se dirigir. A grande Santa Tereza, a propagandista da devoção a São José chegou a dizer:
Não me lembro de me ter dirigido a São José, sem que tivesse obtido tudo que pedia.
A devoção a São José na Igreja Católica é antiquíssima.
A Igreja do Oriente celebra sua festa desde o século nono no domingo depois elo Natal; os Coptos a comemoram no dia 20 de Julho.
Os Carmelitas o introduziram na Igreja ocidental.
Os Franciscanos em 1399 já festejaram a comemoração do santo Patriarca.
Xisto IV inseriu-a no breviário e no missal; Gregório XV generalizou-a em toda a Igreja.
Clemente XI compôs o oficio com os hinos para o dia 19 de Março e colocou as missões da China sob a proteção de São José.
Pio IX introduziu em 1847 a festa do patrocínio de São José e em 1871 declarou-o Padroeiro da Igreja Católica, Leão XIII e Benedito XV recomendaram aos fiéis
a devoção a São José, de um modo particular, chegando este último Papa a inserir no missal um prefácio próprio.