Meditação para o Dia 19 de Maio
1. “Tudo é vaidade”. Vaidade são as riquezas, as honras, os divertimentos. Vaidade em si, para nós, perante Deus e para a eternidade. Os bens da fortuna são limitados. A maior parte dos homens fica sem eles por toda a vida. Mas, ainda que tenham tudo quanto o mundo possa dar, este não sacia; antes, qual água do mar, aumenta a sede. O abismo de aspirações e desejos jamais será cheio, pois não tem fundo. O imoderado desejo de gozar prejudica, como veneno, a saúde da tua alma e causa nojo dos bens eternos que, de preferência a todos, deves aspirar.
2. É de pouca duração o que o mundo dá. Só pode dar por pouco tempo; e desse por toda a vida! Não é passageira tua vida como um sonho? O que são 50 e 100 anos no mar da eternidade? Hoje, talvez, riqueza, glória, saúde, amor e felicidade; amanhã, a última lágrima dos olhos a se fecharem. Só um bem sacia a sede: Deus.
“É inquieto o coração até que repouse no Senhor”
Se não achares repouso e felicidade, sem fim e sem medida, em Deus, que será de ti? Nasceste para coisas sublimes. O mundo, que jamais poderá encher o vácuo do coração, não é digno de ti.
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(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 154)