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Ressurreição e Separação Finais

Meditação para o Dia 04 de Dezembro

1. No advento, princípio do ano eclesiástico, a Igreja lembra a seus filhos o dia das contas finais. Reduzida a terra a cinzas, a voz dos anjos fará ressoar as palavras que assustavam São Jerônimo no deserto:

“Levantai-vos, mortos; vinde ao juízo!”

Que alegria, então, para as almas justas, reunir-se com o seu corpo glorioso, impassível, imortal, ágil como os espíritos, brilhante como o sol. Que consolo saber que, enfim, será reconhecida sua inocência, sua virtude, por todo o mundo. Que horror, para as almas dos réprobos, unir-se com seu corpo estigmatizado pelo sinal das penas eternas! Que confusão ao se lembrarem que todos, amigos e inimigos, vão saber agora de sua vida escandalosa!

2. Não pode ser imaginada uma separação de consequências mais decisivas, do que a dos bons e dos maus no último juízo. Não são a idade, o sexo, o nascimento nobre, o saber ou a riqueza que aqui influem, mas unicamente a virtude e o pecado. Terrível momento que separará bons e maus, por maior e mais íntima que tenha sido a sua união na terra! Que desespero dos maus, ao verem-se perdidos sem a menor esperança! Que consolo dos justos, ao serem recompensados por tantos sacrifícios e privações! De que lado estarias, se o juízo se realizasse hoje?

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(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 353)