Meditação para o Dia 21 de Junho
1. “Ó! Quão formosa é a casta geração” riza São Luís de Gonzaga. A própria aparência do pecado o assustava; uma palavra pouco decente, proferida na infância, sem compreender-lhe o sentido, causou-lhe tão viva dor, que na primeira acusação sacramental caiu desfalecido, e que nunca, durante toda a vida, falava a este respeito, sem chorar amargamente. Cada semana se confessava com tão viva contrição, que julgavam muitas vezes que ia expirar. Sufocava os primeiros ímpetos. Tomava tanto a peito seus exercícios de piedade, que até com intensa febre não os omitia… Compara-te a ele, antes que o Eterno Juiz o faça!
2. Como preservativo contra o pecado e incentivo do amor a Deus, tudo em São Luís era mortificado. Não levantava os olhos para ver pessoas de outro sexo, ainda que parentes; macerava o corpo com goles e açoites; fazia outras penitências das mais rigorosas. Tinha tão profundo desprezo de si mesmo, que se considerava o pior dos homens. Buscava o insulto e a humilhação, como outros a honra e a glória. Oxalá tenhas por máxima a palavra de São Luís Gonzaga:
“Não se ama a Deus, quando não se tem um ardente e contínuo desejo de sofrer por seu amor”
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(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 187)