Meditação para o Dia 26 de Julho
1. Não é mal pequeno o pecado venial, isto é, a transgressão da lei divina em coisas pequenas, ou em maiores, sendo com a vontade um tanto repugnante. A gravidade duma ofensa depende principalmente da pessoa do ofendido. Frieza entre desconhecidos não é estranhada por ninguém; entre pais e filhos, ou esposos, porém muito. Deus não é mais para ti do que pai e mãe? Será atenuante tratar-se de coisas pequenas? Não! Se se tratasse da fama, da saúde, da fortuna, da vida, talvez houvesse atenuantes; ofendendo, porém, a Deus, por um nada, não as haverá, tornando-se a culpa muito mais repugnante. E tais ofensas não são feitas muitas vezes voluntariamente?
2. O pecado venial é um grande mal também para ti. Ele leva pouco a pouco ao pecado grave e a todas as suas horríveis consequências. Enfraquece a vida da alma; impede numerosas graças de Deus, que te fariam chegar a alto grau de perfeição; tornam aborrecidas a oração e as outras obras boas; dão forças às paixões, até que estas, como em Judas, dominem. E não há no outro mundo um lugar próprio, onde sofrem indizíveis dores, no meio de chamas horríveis, todos aqueles que morreram bem, mas que não fizeram a devida penitência, ou que deixaram a terra com pecados leves? Teme agora o purgatório, para evitá-lo no futuro.
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(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 222)
1 Comment
elio Batista Salça
Meditações sempre oportunas, sempre, sobretudo nas pequenas coisas (tropeços) que, ao exemplo do pecado venial, nos conduz aos tropeços maiores com todas as consequências.
Num mundo em que os meios de comunicação se esforça para eliminar o conceito de pecado, Frei Pedro “põe o dedo na ferida”.
Obrigado, caro Frei Pedro!
Elio