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O Amor de Deus e o Amor do Bem

Meditação para o Dia 02 de Março

Há sofrimentos inevitáveis aos que lutam no campo do apostolado: contradições, ciúmes, perseguições. Quem tem a pureza de intenção e trabalha com os olhos fitos em Deus, tudo vence e não se abate. O apóstolo imperfeito, de uma virtude medíocre, desanima.

“Há uma confusão – diz o Pe. Dosda (1) – entre o amor de Deus e o amor do bem. Sofreríamos menos, se compreendêssemos melhor essa distinção. Há circunstâncias em que precisamos deixar o bem que Deus não pede de nós, para nos apegar só a Ele e entregar-nos inteiramente à Sua Divina Providência. A procura do bem não é verdadeira caridade, quando se quer o bem com uma intenção má ou até mesmo quando se quer o bem pelo bem. A Divina caridade quer, sem dúvida, o bem, mas Ela o quer por Deus. Quantos desânimos, quanta inveja e ciúmes, quanta pequenez entre homens menos amigos de Nosso Senhor do que do bem! Seus esforços para o bem muitas vezes não adiantam e eles ficam desapontados. Vêm outros participar dos mesmos trabalhos que eles e ficam invejosos e ciumentos. Para realizar suas empresas, não receiam desacreditar ou contrariar outros operários da mesma obra, tão grande, a de Redenção. Amam-se a si próprios e querem mais o bem humano do que o bem Divino. Fazem que vão a Jesus Cristo e não fazem mais do que uma habilíssima e, muitas vezes, inconveniente volta sobre si mesmos. Ignoram a diferença que há entre um homem do bem e um homem de Deus. Quantas obras brilhantes na aparência são estéreis na realidade, porque o amor próprio, mais do que o amor Divino, presidiu a sua formação e direção! Eis aí porque sofrem e se afadigam e se aborrecem tantos que trabalham na seara do Senhor!”

Referências:
(1) Pe. Dosda – “L’ Union avec Dieu” – Cs. 111 e X. (A união com Deus).

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 71)