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Author page: Gabriel

Confia e Espera!

Meditação para o Dia 13 de Dezembro

Lucie-Christine é o pseudônimo que oculta o nome de uma grande mística contemporânea, que viveu em Paris e nos deixou, em seus escritos, luzes maravilhosas sobre a Bondade Infinita de Nosso Senhor. Ela escreveu em um diário íntimo, publicado pelo Pe. Poulain, S.J., esta nota breve e tão sugestiva:

“25 de agosto de 1882 – Bondade de Jesus sentida na Comunhão. – Morremos sem ter conhecido a bondade de Nosso Senhor, mesmo com estas inefáveis comunicações”

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Sermão sobre o Amor pelos Prazeres

Sermão sobre o Amor pelos Prazeres

Sermão para o 3º Domingo da Quaresma

SUMÁRIO

Exordio. — A história do Filho pródigo é um quadro da vida humana e uma perfeita imagem das graças da penitência.

Proposição e divisão.1.° Os prazeres são mananciais de dores; 2.° As dores são mananciais de prazeres.

1.º Ponto. Como sucedeu com o pródigo, os cristãos que se entregam aos prazeres caem, pelo próprio excesso desses prazeres, num abismo de dores; e o corpo e a alma desses infelizes são vítimas de perniciosos efeitos; são como que escravos de si mesmos.

2.º Ponto. A semelhança do pródigo, podem por meio da dor, estar na posse tranquila duma perfeita alegria. As tristezas da Penitência são salutares, e são fecundas em consolações e alegrias.

Peroração. O homem desprendido dos prazeres não achará a morte inexorável, nem cruel.

Homo quidam habuit duos filios, et dixit adolescentior ex illis patri: Pater, da mihi portionem substantiœ quœ me contingit.

Um homem tinha dois filhos, e o mais novo disse um dia ao pai: Meu pai, dê-me a parte da herança que me cabe.

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Glória de Deus pela Encarnação

Meditação para a Quarta-feira da 2ª Semana do Advento. Glória de Deus pela Encarnação

Meditação para Quarta-feira da 2ª Semana do Advento

Sumário

Meditaremos hoje a glória que traz a Deus o mistério da Encarnação. A glória de Deus consiste na manifestação exterior das suas infinitas perfeições: ora nós veremos que a Encarnação faz sobressair admiravelmente: 1.° O poder de Deus, unido a uma justiça e bondade infinitas; 2.° A misericórdia de Deus, unida a uma justiça e santidade infinitas. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De pedir muitas vezes a Deus um conhecimento sempre maior das Suas perfeições, para O amar sempre mais; 2.° De honrar as perfeições divinas com frequentes atos de amor acompanhados de uma profunda devoção, principalmente no lugar santo e na oração. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de São João:

"O verbo se fez carne ... e nós vimos a sua glória" - Verbum caro factum est... et vidimus gloriam ejus (Jo 1, 14)

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Confiança-Barômetro

Meditação para o Dia 12 de Dezembro

“Nossa confiança – diz o Pe. Paulo de Jaeguer, S.J. – é, infelizmente, como um barômetro: abaixa com a chuva e sobe com o tempo bom" (1)

Sentimos na oração, na santa comunhão, um fervor delicioso, um recolhimento doce, lágrimas de ternura: sobe nossa confiança. Depois, vêm logo, muitas vezes, uma aridez torturante, fadiga, distrações na oração, provações, etc. Que frieza! Julgamo-nos tíbios e indiferentes. A tempestade, a chuva, a borrasca, as trevas. Nossa confiança desce e desce muito.

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Decreto eterno quanto ao modo da Encarnação

Meditação para a Terça-feira da 2ª Semana do Advento. Decreto eterno quanto ao modo da Encarnação

Meditação para Terça-feira da 2ª Semana do Advento

Sumário

Era já em Deus uma bondade infinita ter, desde toda a eternidade, decretado salvar-nos, e salvar-nos pela Encarnação; mas eis que agora se oferece às nossas meditações outro prodígio. Porque meio salvará o Verbo Encarnado o homem? A Santíssima Trindade decide em seus conselhos, que será: 1.° Pela humilhação; 2.° Pelo sofrimento; 3.° Pela morte. — Depois de ter meditado estes profundos mistérios, tomaremos a resolução: 1.° De aceitar de bom grado todas as humilhações e frustradas esperanças do amor próprio, que nos sobrevierem; 2.° De submetermo-nos a todas as cruzes e provas da Providência; 3.° De oferecermo-nos a Deus como vítimas dignas da morte em virtude do pecado - Stipendia peccati mors (Rm 6, 23). O nosso ramalhete espiritual será a palavra do Apóstolo:

"Fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho" - Cum inimici essemus, reconciliati sumus Deo per mortem Fili ejus (Rm 5, 10)

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No Jardim da Misericórdia

Meditação para o Dia 11 de Dezembro

“Quando tivermos deixado esta terra de exílio – escreve piedoso autor – e nossos olhos se entreabrirem aos esplendores e encantos do além, tudo nos será revelado. Como nos havemos de felicitar então pela nossa confiança obstinada em Nosso Senhor! Como nos alegraremos por ter tido uma confiança tão imensa como a nossa imensa miséria”

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Decreto eterno quanto à Encarnação

Meditação para a Segunda-feira da 2ª Semana do Advento. Decreto eterno quanto à Encarnação

Meditação para Segunda-feira da 2ª Semana do Advento

Sumário

Para melhor apreciar o mistério da Encarnação, objeto da devoção deste santo tempo, meditaremos hoje quanto amor e quanta bondade encerra o eterno decreto: 1.° De remir o homem depois do seu pecado; 2.° De remi-lo pela Encarnação. — Tomaremos a resolução: 1.° De evitar com grande cuidado todo o pecado, ainda que venial, que não pode ser expiado senão pela Encarnação; 2.° De não desprezar qualquer meio de salvação, por mais penoso que possa ser, pois que para a salvação um Deus se fez homem. O nosso ramalhete espiritual será a palavra do Evangelho:

"Amou tanto o mundo, que lhe deu o seu Filho unigênito para o salvar" - Sic Deus dilexit mundum, ut fiilium suum unigenitum daret (Jo 3, 16)

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O Trabalho do Divino Artista

Meditação para o Dia 10 de Dezembro

O pintor, ao começar a sua obra, traça riscos na tela e faz borrões azuis, amarelos, verdes etc. Quem não entende e jamais viu como se executam as obras-primas, sorri, talvez incrédulo e sem perceber o que deseja o artista. Mas uns minutos e o borrão azul é um céu, o verde, uma campina, o amarelo, um canteiro de rosas. O quadro maravilhoso aí está, chamando a atenção e a provocar as críticas e exclamações mais lisonjeiras de todos. A obra maravilhosa do Artista Divino, a que Ele executa nas almas, é também assim.

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Sermão da Providência

Sermão da Providência

Quarta-feira ou Sexta-feira da 2a Semana da Quaresma

Ms.t. XIII, 176. — Déforis, V, 242. —Lachat, IX, 151. — Gandar 134, - Gazier, 223. Bossuet pregou dois sermões da providência, o primeiro, em Dijon, com a assistência do duque d’Epernon, em 1656, e o outro seis anos depois, com a assistência de Luiz XIV.

Pregado no Louvre, com a assistência de Luiz XIV (no dia 8 ou 10 de março de 1662)

SUMÁRIO

Exordio. — Como  as muralhas de Samaria apenas serviram para fortificar a cidade santa que os samaritanos odiavam, recaem no ímpio as objeções deste contra a Providência.

Proposição e divisão.1.° Um conselho eterno e imutável oculta-se em todos os acontecimentos que o tempo parece desdobrar com uma tão estranha incerteza; 2.° a fé na Providência dá-nos luz suficiente para não nos admirarmos de coisa alguma, e força bastante para nada temermos.

1.º Ponto. Apesar da desordem que existe na humanidade, não pode ser o homem a única criatura em que se não fixa o olhar da Providência. O mundo é um quadro que deve ser convenientemente examinado, e os desígnios de Deus devem referir-se pela norma da eternidade.

2.º Ponto. — Como Deus tem em pouco apreço os favores temporais, devem os grandes homens parecer-nos desvalorizados. E como a causa primeira, sob o patrocínio da qual nos mantemos, encerra numa mesma ordem as causas inferiores, não devemos nós, portanto, temer estas.

Peroração. — Como no dia final nos é inútil a abundância em que tivermos vivido, se não santificarmos as nossas riquezas, sejamos em todo o tempo humildes e caritativos.

Filii, recordare quia recepisti bona in vita tua, Lazarus similiter mala; nunc autem hic consolatur, tu vero cruciaris

Filho lembra-te de que recebeste, bens em tua vida, e Lazaro apenas recebeu males; por isso ele agora é consolado, e tu atormentado (Lc 16, 25)

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Segunda preparação para o Natal

Meditação para o 2º Domingo do Advento. Segunda preparação para o Natal

Meditação para o 2º Domingo do Advento

Evangelho segundo São Mateus 11, 2

Naquele tempo, como João, estando no cárcere, tivesse ouvido falar das obras de Cristo, mandou dous dos seus discípulos para lhe dizer: És tu o que hás de vir, ou devemos esperar outro? Jesus respondeu-lhes: Ide contar a João o que vistes e ouvistes. Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressurgem, o Evangelho prega-se aos pobres; e bem-aventurado aquele que não se escandalizar por amor de mim. E logo que eles se foram, começou Jesus a falar de João ao povo, dizendo-lhe: Que fostes ver ao deserto? Acaso uma cana agitada pelo vento? Mas que fostes ver? Porventura um homem vestido de roupas delicadas? Os que vestem roupas delicadas habitam os palácios dos reis. Mas que fostes ver? Um profeta? Sim, eu vos digo, que ele é um profeta, ainda mais que profeta; porque dele está escrito: Eis aí envio eu o meu anjo diante de ti, que te preparará o caminho.

Sumário

Vimos na primeira preparação para o Natal, que consiste em purificar a alma para a tornar própria para receber o Verbo Encarnado. Meditaremos hoje como, depois de a ter purificado, é preciso adorná-la e embelezá-la; e veremos que este adorno se compõe: 1.° De santos afetos para com o mistério da Encarnação; 2.° Dos atos da vida cristã especialmente próprios do santo tempo do Advento. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De nos conservar-nos nesse espírito habitual de contemplação, que facilita os piedosos afetos para com Deus; 2.° De praticar os atos de virtude que nos sugerir o Espírito de Deus. O nosso ramalhete espiritual será hoje, como ontem, a palavra de Isaías:

"Preparai o caminho do Senhor" - Parate viam Domini (Is 40, 3)

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