Por Dom Henrique Soares da Costa
Todos estamos a caminho, saibamos ou não, para o Horeb, para a Pátria, para a Cidade de Deus – encontrar o Senhor, viver na luz da Sua Face bendita, é o destino de todo ser humano que vem a este mundo.
Estar a caminho – chamamos a isto de vida.
Viver é caminhar, é peregrinar pelos tempos deste mundo.
E tanta vez não se vê direito onde o caminho vai dar, tanta vez bate a solidão, a tristeza, a tremenda e apavorante falta de um sentido…
Afinal, nesse caminho chamado vida há dia e há noite, há frio e há calor, há riso e há pranto…
Vem, por vez, a vontade de parar, de dizer “basta, largo tudo; não sou melhor que ninguém”.
Foi assim que Elias profeta se sentiu no seu caminho para o Horeb, para o Senhor (Cf. 1Rs 19,1-8). Fugindo de Jezabel, cansado, amedrontado, desiludido… parecia eu:
“Agora basta, Senhor! Podes tirar-me a vida!”
E o Senhor me toca – a mim, a você, a Elias – aponta-me um pão que não é daqui, e ordena:
“Come e levanta-te e anda até o monte de Deus!”
Que pão tão forte é esse, que faz andar quarenta dias e quarenta noites, quarenta luzes e quarenta trevas, quarenta calores e quarenta frios, sem desanimar, sem desfalecer, até que se chegue ao Monte Santo?
É Cristo o pão, é Cristo o sustento, é Cristo o alimento –
“Eu sou o pão da vida. Quem comer desse pão viverá eternamente!”
Senhor Jesus, pão dado em comunhão, mas primeiramente imolado como sacrifício agradável a Deus, alimenta nossa pobre vida!
Sem Ti, não teremos força;
sem Ti, desfaleceremos;
sem Ti, a dúvida, a tristeza, o desânimo invadirão nossa vida e nos tirarão o sentido de existir.
Alimenta-nos de Vida, ó Tu, que vens de Deus para nos encher de felicidade, vida e plenitude eterna.
A Ti a glória! Amém.