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Tag: vida cristã

Céu

Céu, Tesouros de Cornélio à Lápide A palavra Paraíso vem da expressão hebraica PARDES Ó PARA, que quer dizer Jardim dos Mirtos. Deste vocábulo, os latinos tomaram Paradisus (Paraíso). Há três Céus: o céu atmosférico, o céu em que efetuam suas evoluções os astros, e o Céu dos bem-aventurados, onde a descoberto habita a Divindade.

O Céu é a obra prima de Deus

Santo Tomás pergunta se poderia Deus fazer coisas maiores, mais perfeitas do que todas aquelas que fez, e este Santo Doutor responde afirmativamente; porém, excetua sem embargo três realidades: Jesus Cristo, a Virgem Maria e a bem- aventurança dos eleitos. A humanidade de Jesus Cristo deve se achar excetuada, diz-nos Santo Tomás, porque está unida a Deus de uma maneira hipostática; também a bem-aventurada Virgem Maria, porque é Mãe de Deus; e a bem- aventurança criada, porque é o gozo de Deus. A humanidade de Jesus Cristo, a Virgem Maria e a bem-aventurança, ou o Céu, tomam do Bem infinito, que é Deus, certa perfeição infinita. Logo, nada pode Deus fazer melhor, assim como nada pode, tampouco, existir melhor que Deus (S. Th. I, q. 2; a. 6).

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Caída e recaída

Caída e recaída, Tesouros de Cornélio à Lápide

Desgraça da queda no pecado

Podemos nos equivocar facilmente, dada a nossa debilidade humana, porém é uma coisa diabólica perseverar no erro: Humanum est errare, diabolicum perseverare (Episto.). Ordinariamente, uma vida fervorosa, depois de uma queda, é mais agradável a Deus que a inocência vivida com a tibieza e a torpe segurança, diz São Gregório: Pelrunque gratior est Deo amore ardens post culpam vita, quam securitate torpens innocentia (Pastor.). Porém, do mesmo modo que a tibieza, a queda é deplorável. Como foi, diz Isaías, que a cidade fiel se converteu em uma rameira? A justiça habitava em seu recinto; agora, não é mais que um albergue de homicidas: Quomodo facta est meretrix civitas fidelis? Justitia habitavit in ea, nunc autem homicidae (Is 1, 21). Tua prata se converteu em escória: Argentum tuum versum est in scoriam (Is 1, 22).

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Provocação dos maus

Provocação dos maus, Tesouros de Cornélio à Lápide

Em todos os tempos, são os maus que zombam dos bons

Durante os cem anos que Noé empregou em construir a Arca, ele não deixava de advertir aos homens que fizessem penitência, que haveria um dilúvio universal; e os homens corrompidos ridicularizavam-no e zombavam dele. Ló avisou aos Sodomitas que haveria um dilúvio de fogo e puseram-no em ridículo. Os profetas falam em nome do Senhor, mandam em nome do Senhor, e os ímpios o tomam como um motivo de zombaria. Tendo chegado Jesus à casa do chefe da Sinagoga, e vendo aos tocadores de flauta e a multidão que se agitava tumultuosamente, disse-lhes: Retirai-vos, porque a jovem não morreu, senão que dorme. E riam-se Dele: Et deridebant eum (Mt 9, 23-24).

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Boa e Má Consciência

Boa e Má Consciência, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é uma boa consciência?

Um boa consciência, diz Hugo de São Vítor, é aquela que sendo doce para todo o mundo, não fere a ninguém, usa castamente da amizade, é paciente para os inimigos, benfeitora para todos, e faz tanto bem quanto lhe é possível. Uma boa consciência é aquela à qual Deus não imputa pecados, porque os evita; nem imputa- lhe os pecados dos demais, porque não os aprova; nem os da negligência, porque falou e agiu quando era necessário; nem os do orgulho, porque permaneceu na humildade e na unidade (Lib. III de Anim., c. IX). A boa consciência é aquela que é reta, que obedece às leis de Deus e às da Igreja, e que se vale das luzes da razão para esclarecer-se. A boa consciência é a que vigia para não cair, e imediatamente levanta-se de suas quedas. A boa consciência é o homem inteiro, porque o homem não é nada, ou melhor, ele é um flagelo, um monstro, quando não tem uma boa consciência. A boa consciência é a imagem de Deus na terra.

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Bom exemplo

Necessidade do bom exemplo

Ensina-se com autoridade, quando se prega com o exemplo, diz São Gregório; porque não se tem confiança naquele cujos atos contradizem sua linguagem[1]. Pastores, pais de família, amor, magistrados, professores, superiores, se ensinais aos demais e não vos reformais a vós mesmos, que força terão as vossas lições: Qui alium doces, teipsum non doces (Rm 2, 21). Falar bem e viver mal, diz São Próspero, que é senão condenar-se com a própria língua? Bene docere, et male vivere, quid aliud est; quam se sua você damnare (In Sentent.). Escutai a São Bernardo: Uma alta posição, diz, e uma alma abjeta..., o primeiro posto e uma vida indigna, uma língua eloquente e mãos ociosas, muitas palavras e nenhum fruto, um rosto grave e uma ação ligeira, uma grande autoridade e um espírito inconstante, um rosto severo e uma língua frívola, são coisas verdadeiramente monstruosas[2].

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Avareza

Avareza, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é avareza?

As riquezas, diz Santo Ambrósio, chamam-se assim porque dividem ou rasgam a alma: Dives dicta sunt, eo quod dividant, distrahantque mentem (Serm. V). A palavra avaro significa ávido de ouro, diz Santo Isidoro: Avarus, quasi auri avidus (Lib. X, Origine). Ser avaro, diz Santo Agostinho, não é somente amar o dinheiro, senão perseguir algo com imoderado ardor. Quem quer que deseje mais do que necessita, é avarento[1].

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Aflições

Aflições, Tesouros de Cornélio à Lápide

Excelências e vantagens das aflições

É muito melhor o sofrer por Jesus Cristo do que o ressuscitar mortos, diz São João Crisóstomo. Por meio deste, nós contraímos uma dívida com Deus. Por meio daquele, Jesus Cristo se converte em nosso devedor. Ó Maravilha! Jesus Cristo nos faz um obséquio, e por este obséquio ficará agradecido: Pati pro Christo, magis est quam suscitare mortos: hic enim debitor sum (Deo); illic autem debitorem habeo Christum. Ó rem admirandam! Et donat mihi, et super hoc, ipse debet mihi (Homil. IV in Epist. ad Philipp.). Santo Egídio, discípulo de São Francisco, dizia:

"Ainda que o Senhor fizesse cair pedras e rochas do céu, nenhum dano nos fariam se soubéssemos sofrer as aflições" (Ribaden, in ejus vita).

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Fugida para o Egito

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Dor de Maria Santíssima

A triste profecia do velho Simeão não tardou a começar a realizar-se. O Deus Menino, vindo ao mundo para redenção de todos os homens, principiou logo a ser o alvo das perseguições dos ímpios. Apenas a sagrada Família volta de Jerusalém, um anjo aparece em sonho a São José, e lhe manda que tome o Menino e sua mãe e fuja para o Egito, porque Herodes procuraria este divino infante para Lhe dar a morte. No mesmo momento o Santo Patriarca levanta-se, comunica à santíssima esposa a ordem do céu e dispõe-se para fugir. Que golpe para o coração de Maria! Deixar imediatamente a pátria, mudar de terra e, com o tenro Menino nos braços, partir para um país remoto! Fugir do meio do povo de Deus para uma gente supersticiosa; de um país onde se conserva a religião verdadeira, para uma região cheia de templos dos demônios! Ver o seu Menino apenas nascido, já perseguido de morte por aqueles a quem vem trazer a vida abundante de todas as graças! Que amargosa dor para tão sensível mãe! Compadeçamo-nos do terno coração de Maria, tão profundamente ferido; procuremos consolá-lo, fugindo de todo o pecado e exercitando-nos em todas as virtudes.

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Os desposórios de Maria Santíssima

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Conveniência de Maria Santíssima ter um esposo

Transportemo-nos hoje em espírito ao templo de Jerusalém para presenciarmos um espetáculo em que a Virgem Maria não se mostra menos admirável, nem nos oferece instruções menos úteis, do que na sua Apresentação. Entrava nos desígnios de Deus que esta Virgem incomparável, escolhida desde toda a eternidade para ser Mãe do divino Redentor dos homens, mostrasse em sua pessoa o modelo completo de todas as virtudes nas diferentes condições da vida. Foi, portanto, sábia disposições da Providência que Maria, havendo de conceber milagrosamente e dar à luz, sem quebra de sua integridade, o Verbo Encarnado, tivesse uma testemunha e guarda, fiel de sua pureza, e fosse ao mesmo tempo o pai putativo e aio do Homem-Deus. Admiremos os segredos da divina sabedoria! Quão perfeita e retamente ordenados são todos os seus planos! Como ela sabe dispor tudo com força e suavidade para o complemento dos Seus desígnios!

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A Predestinação da Santíssima Virgem

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Maria foi predestinada para a dignidade mais eminente

Tendo Deus resolvido desde toda a eternidade salvar o mundo pelo mistério inefável da Encarnação, dignou-se escolher a Maria, de preferência a todas as outras filhas de Adão, para ser mãe de seu Filho. Por esta escolha gloriosa foi ela destinada para a mais alta dignidade, que se pode imaginar. Tudo o que há de grande no céu e na terra é nada em comparação desta dignidade sublime. Maria será mãe do Verbo Encarnado, e nesta qualidade será Mãe dos cristãos, Rainha dos anjos, Mediadora de intercessão entre Deus e os homens. Rendamos mil ações de graças a Deus por tanto elevar a nossa amável Mãe, e por haver sido o seu amor para conosco quem o moveu a exaltá-la a tão eminente dignidade. Prostemo-nos ante o trono desta Augusta Rainha, e tributemos-lhe as profundas homenagens. devidas a tamanhas grandezas.

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