

“Ó minha Mãe, não Vos sinto ao meu lado para amparar-me!” – “Oh! Meu filho, responde Maria, não é meu costume abandonar, em tal hora, os meus servos fiéis. Quem todos os dias repetiu na “Ave-Maria”: Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte, poderá morrer sem a proteção da Mãe de Deus?”
“Meu querido Guido, eu te virei buscar logo. Será num sábado. Arrebatar-te-ei dos braços de tua mamãe para te levar direitinho ao Céu”
“Ao receber Jesus-Hóstia, meu Divino Amor – escreve ela – senti-me atraída para o sofrimento, achando-lhe encantos que me arrebatavam, a despeito de não ter ainda claro e perfeito conhecimento deles. Tive também outro ardente desejo: o de amar unicamente a Deus e só Nele achar alegria. Enquanto me entretinha em dar ação de graças, ia repetindo amiudadas vezes: Ó meu Jesus, doçura inefável, convertei-me em amarguras todas as consolações da terra” (1)
A Igreja também, na sua liturgia, convida-nos a saudar a cruz:“Viva a cruz isolada, nua, e viva o sofrimento!”
Sim, neste mundo, no exílio em que vivemos, se quisermos salvar a nossa alma, só teremos um meio de que lançar mão: o madeiro da Cruz."Ó Cruz, ave, spes unica!" - “Ó cruz, eu te saúdo, minha única esperança!”
"Minha filha – disse Jesus, – terás de receber, necessariamente, uma destas coroas e depois a outra. Se quiseres receber nesta vida a coroa de espinhos, eu te reservarei a outra, a de flores, para a vida eterna. Se ao contrário, quiseres agora a de flores, eu te reservarei a de espinhos para depois de tua morte”. Respondeu a santa: “Senhor, de há muito renunciei minha vontade, mas se quereis minha resposta, digo-Vos que, acima de tudo, quero viver toda a minha vida com a Vossa Paixão e achar minha consolação em sofrer por Vós" (1)
E, quando sentires alguma mudança maior em ti, toma nas mãos a fórmula da protestação e, proferindo-a de todo o coração, com profunda humildade e abnegação, nisso obterás grande alívio. Faze profissão manifesta não de ser devoto ou devota, mas de querer sê-lo, e não te envergonhes das ações comuns e necessárias que nos conduzem ao amor a Deus. Confessa resolutamente que procuras fazer a meditação, que preferes morrer antes do que cometer um pecado mortal, que queres frequentar os sacramentos e seguir os conselhos do teu diretor espiritual, o qual, porém, por diversas razões, é melhor que não se nomeie.Não, meu Deus, eu nunca me esquecerei de tua lei, porque nela foi que vivificaste minha alma
Para nós, o dia perdido é o que passamos sem sofrer.“Perdi o meu dia”
“A cruz – diz a Autora dos Avisos Espirituais – preserva os nossos dias da esterilidade”