Meditação para o Dia 16 de Maio
1. A eternidade das penas do inferno é tão terrível, que Jesus muitas vezes repetiu esta verdade, para cortar qualquer dúvida. O encarcerado, o doente, o mutilado espera, se não por outro alívio, ao menos pela morte, como libertadora. O condenado jamais morrerá. Sua vida sem fim é…
Meditação para o Dia 15 de Maio
1. Há um inferno, e ele é profundo e terrível, acima de toda descrição. A razão e a fé nos falam de sua existência e de sua natureza. Onde, se não houvesse inferno, acharia o mal a sua punição? Seria Deus só misericordioso, sem ser também justo? Nele todas as divinas perfeições são iguais. Jesus, o bom, o manso, o compassivo, não menos de 15 vezes fala no Santo Evangelho do fogo infernal, fogo criado pela justiça ofendida, fogo abrasador que arde fora e dentro do corpo. Não há que fugir a esta verdade. Quem poderá suportar este castigo do pecado?Meditação para o Dia 13 de Maio
1. Na cruz está agonizante, entre indizíveis tormentos, o Mártir divino. É teu Salvador, pois nasceu, viveu, ensinou, padeceu e morreu para te salvar. Outro, a não ser Ele, isto é, Deus, não podia apagar as manchas feias do pecado e curar as chagas terríveis que ele causou. A ofensa ao Infinito reclamava uma reparação infinita. O pecado é, pois, a causa da morte de Deus Filho. Em seus ombros carregou os pecados de todo o mundo, de todos os países, de todas os tempos. Talvez tivesse sentido os teus como muitos pesados e dolorosos. Os judeus eram os instrumentos culpados da justiça divina, mas tu e os demais pecadores a verdadeira causa. Vê quanto custou a Deus tua libertação!Meditação para o Dia 12 de Maio
1. a) Por um só pecado terrivelmente foram castigados os prediletos de Deus, os anjos e os primeiros homens. Será, pois, uma bagatela ofender a Deus? Onde é grande o castigo, maior deve ter sido a culpa, porque Deus, mesmo castigando, ainda é bondoso. b) Não estará mais de um condenado no inferno devido a um único pecado mortal, o primeiro de toda a vida? Não estarão lá os que menos do que tu pecaram? O que sofrem? Por quanto tempo?É realmente para assustar-se, pensar em seus sofrimentos eternos. deus é um retribuidor longânimo, mas infalível.Meditação para o Dia 11 de Maio
1. A leviandade ousa dizer:"Já muitas vezes pequei, e que mal me aconteceu?"Calar-se-ia, se olhasse para certos fatos. Espíritos puros, poderosos, sábios e belos tinham sido criados por Deus. Alguns rebelaram-se e logo despovoou-se o céu. Lúcifer e os que o tinham seguido caíram do céu como um relâmpago. Santo Deus! Quanta transformação! Um único pecado fez de anjos, demônios; de espíritos belos, monstros de hediondez; de felizes, desesperados; de amigos do Altíssimo, condenados! Assim puniu Deus, que, entretanto, é todo amor! O que deve ser o pecado!
Meditação para o Dia 10 de Maio
1. a) Para fugir sempre do pecado, é preciso conhecê-lo em toda a sua repugnância. Amas o que é belo: o pecado, sob todos os pontos de vista, é o mais feio que se pode imaginar. Amas o que é grande e nobre: o pecado degrada até ao último grau, quebrando o selo da divina filiação. b) O pecado rouba os maiores bens. Foste bom, talvez mesmo santo, cheio de méritos. Um pecado... e tudo perdido! Perdida mesmo a possibilidade de ganhar, neste estado, méritos para o céu. O pecado rouba ainda mias: a paz, envenena tua vida pelos remorsos da consciência e sujeita-te ao duro jugo do demônio.Meditação para o Dia 09 de Maio
1. Há só uma verdadeira desgraça: o pecado. Tudo mais é menos grave. Pecando, preferes tua vontade à de Deus e rompes com Ele. Mas quem é Deus, a quem ousas ofender? É o Senhor que te criou, que é tão grande e santo, diante de quem se ajoelham todos os que estão no céu, na terra e debaixo da terra. E quem és tu? Uma criatura ricamente adornada e distinguida, mas sempre criatura... mortal, pobre e fraca, dependente de mil coisas.Capítulo XXV
O mínimo tormento sofrido por nosso Salvador era seguramente mais que suficiente para satisfazer à justiça de Deus, e apagar os pecados do mundo: mas o amor que nos tinha não se pôde contentar com isso. Afim de expiar os nossos crimes e até para nos provar a grandeza da sua ternura para conosco, o nosso Redentor quis ser, na frase de Isaías, vulneratus e attribus, isto é, coberto de chagas desde os pés até à cabeça, de tal sorte que o seu adorável corpo não oferecia parte alguma sã. Assim Isaías o compara a um leproso: Et dos putavimus eum quasi leprosum, et percussum a Deo et humilhatum (Is 53, 4). Quando com os olhos da fé se considera Jesus todo coberto de chagas, quando se contempla o seu corpo horrivelmente rasgado e a cair em pedaços ensanguentados, é fácil compreender quão grande é o amor deste divino Salvador por nós. Ó homem, exclama Santo Agostinho, reconhece quanto vales, aprende que reconhecimento não deves ao teu Deus; aprende qual é a tua dignidade pelo que lhe custou a resgatar-te: vê agora quão infame seria ultraja-lo ainda com teus pecados; sabe pôr um freio às tuas paixões e um termo ás tuas desordens.Ipse autem vulneratus est propter iniquitates nostras, attritus est propter scelera nostra - "Foi coberto de chagas por causa de nossas iniquidades; foi dilacerado para expiar os nossos crimes" (Is 53, 5)
Capítulo XXIV
Foi seguido o suplício da flagelação de um outro, ou sugerido pela raiva dos judeus, ou inventado pela brutalidade dos soldados. Os soldados do governador levam Jesus ao pretório, e ai, estando reunida toda a corte em volta dele, despem-lhe Os vestidos, lançam-lhe sobre os ombros um manto de escarlate, a imitar a púrpura real, por cetro põem- lhe na mão uma cana, por coroa cobrem-lhe a cabeça de entrelaçados espinhos; e como se estes espinhos não entrassem bem por uma carne já toda aberta pelos açoites, agarram da cana que tinha “e ferindo-o no rosto, enterram com todas as suas forças esta cruel coroa”. Ó espinhos, ó criaturas! Que fazeis? Porque atormentais assim o vosso Criador? Mas não é aos espinhos que devo dirigir estas exprobrações. Iniquidades dos homens, sois vós quem penetrastes a cabeça do Redentor; sim, meu doce Jesus, sou eu que por pensamentos e desejos culpáveis formei vossa coroa de espinhos; agora detesto-os, aborreço-os mais que todo outro mal, mais que a mesma morte. Ó espinhos consagrados pelo sangue do filho de Deus! A vós me volvo contrito e humilhado; penetrai a minha alma, e fazei que ela seja sempre penetrada de dor de haver ofendido um Deus tão bom. Meu amável Redentor, pois que tanto sofreis por mim, desprendei-me das criaturas e de mim mesmo, afim de com verdade poder* dizer que não pertença mais a mim, mas que só a vós, só inteiramente a vós pertenço.Et placlentes coronam de spinis, posuerunt supet caput ejus - "Depois tecendo uma coroa de espinhos lh'a puseram na cabeça" (Mt 27, 29)