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Tag: pecado

Cólera

Cólera, Tesouros de Cornélio à Lápide

Tristes efeitos da ira, sobretudo para quem a ela se entrega

Com justiça, o homem colérico é comparado à abelha que, para vingar-se, infunde seu aguilhão no corpo daqueles que lhe perseguem, e perde-o com a vida. Como a abelha, o homem, levado pela ira, deixa ouvir um murmúrio ameaçador; para vingar-se e para ferir, fere-se a si mesmo e, muitas vezes, mancha a sua alma com um pecado mortal: porque assim diz o Real Profeta: Rodearam-me como enxame de irritadas abelhas: Circundederunt me sicut apes (Sl 117, 12). Os pensamentos do homem que se encoleriza, diz São Jerônimo, parecem-se ao parto da víbora: causam sua morte (Ex Philon.). A ira é a obscuridade, a turbação, o tumulto e a tempestade do espírito, sobre o qual passa como água negra e agitada. Pela cólera, diz São Gregório, perde-se de tal maneira a sabedoria que já não se sabe como deve-se agir, nem tampouco o que se deve fazer; porque extingue toda a luz da inteligência quando turba a alma com um violento choque: Per iram sapientia perditur, ut quid quoque ordine agendum sit, omnio nesciat; quia nimirum intelligentiae lucem subtrahit, cum mentempermovendo confundit (Lib. V. Moral.).

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Cegueira Espiritual

Cegueira Espiritual, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é a cegueira espiritual

A cegueira espiritual nada mais vem a ser do que certa estupidez, um embrutecimento do espírito que impede de ver e degustar as coisas divinas. A cegueira espiritual pertence particularmente à inteligência, e é um endurecimento da vontade. Uma e outra coisa são pecados, a pena do pecado e um princípio de pecado. A cegueira espiritual, que afasta somente a Deus, porque Ele é a verdadeira luz, segundo diz Sano Agostinho, é um pecado pelo qual se deixa de crer em Deus; é a pena do pecado, porque castiga o coração orgulhoso, atraindo para si, com justiça, o ódio de Deus; é um princípio de pecado, quando o coração, enganado pela paixão, leva a cometer o mal[1]. Assim, os judeus, cegos pelo erro e pelo endurecimento do coração, perseguiram a Jesus Cristo, e deram-Lhe a morte.

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Caída e recaída

Caída e recaída, Tesouros de Cornélio à Lápide

Desgraça da queda no pecado

Podemos nos equivocar facilmente, dada a nossa debilidade humana, porém é uma coisa diabólica perseverar no erro: Humanum est errare, diabolicum perseverare (Episto.). Ordinariamente, uma vida fervorosa, depois de uma queda, é mais agradável a Deus que a inocência vivida com a tibieza e a torpe segurança, diz São Gregório: Pelrunque gratior est Deo amore ardens post culpam vita, quam securitate torpens innocentia (Pastor.). Porém, do mesmo modo que a tibieza, a queda é deplorável. Como foi, diz Isaías, que a cidade fiel se converteu em uma rameira? A justiça habitava em seu recinto; agora, não é mais que um albergue de homicidas: Quomodo facta est meretrix civitas fidelis? Justitia habitavit in ea, nunc autem homicidae (Is 1, 21). Tua prata se converteu em escória: Argentum tuum versum est in scoriam (Is 1, 22).

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Blasfêmia

Blasfêmia, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é a blasfêmia e sua atrocidade

A blasfêmia é uma palavra injuriosa feita a Deus, à Sagrada Virgem, aos Santos, ou às coisas santas. Não profaneis o nome do vosso Deus: Nec pollues nomem Dei tui (Lv 18, 21). Seja castigado com a pena de morte o blasfemo do nome do Senhor: Qui blasphemaverit nomem Domini, morte moriatur (Lv 24, 16). Sabeis, diz Isaías, de quem blasfemastes, e contra quem levantastes a voz? Contra o Santo de Israel: Quem blasphemasti, et super quem exaltasti vocem? Ad Sanctum Israel (Is 32, 23). Aqueles que blasfemam de Jesus Cristo que reina no céu não são menos pecadores que aqueles que O crucificaram na terra, diz Santo Agostinho[1].

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Avareza

Avareza, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é avareza?

As riquezas, diz Santo Ambrósio, chamam-se assim porque dividem ou rasgam a alma: Dives dicta sunt, eo quod dividant, distrahantque mentem (Serm. V). A palavra avaro significa ávido de ouro, diz Santo Isidoro: Avarus, quasi auri avidus (Lib. X, Origine). Ser avaro, diz Santo Agostinho, não é somente amar o dinheiro, senão perseguir algo com imoderado ardor. Quem quer que deseje mais do que necessita, é avarento[1].

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Ódio ao Pecado

Meditação para a Décima Quinta Quinta-feira depois de Pentecostes. Ódio ao Pecado

Meditação para a Décima Quinta Quinta-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Meditaremos sobre o ódio ao pecado, que é o primeiro efeito da penitência, e veremos: 1.° Os motivos de odiar o pecado em geral; 2.° Os motivos de odiar o mesmo pecado venial. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De nunca cometermos de propósito nenhum pecado venial; 2.° De vigiarmos principalmente sobre certos pecados, em que caímos mais vezes, como os pecados de língua. O nosso ramalhete espiritual será a palavra do patriarca José:

"Como poderei eu pecar contra o meu Deus?" - Quomodo possum... peccare in Deum meum? (Gn 39, 9)

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Sobre a Vaidade

Meditação para a Décima Quarta Quinta-feira depois de Pentecostes. Sobre a Vaidade

Meditação para a Décima Quarta Quinta-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Meditaremos sobre outro vício oposto à humildade, que é a vaidade; e veremos: 1.° O que é a vaidade; 2.° Como se vem a ser vaidoso. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De nunca falarmos de nós, nem de tudo o que tenderia a granjear-nos a estima e o louvor; 2.° De termos só em vista Deus, o seu agrado, ou à sua glória, em todas as nossas obras, pensamentos, e palavras. O nosso ramalhete espiritual será a palavra do Apóstolo a Timóteo:

"A Deus só honra e glória" - Soli Deo honor et gloria (1Tm 1, 17)

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Sobre a Soberba

Meditação para a Décima Quarta Quarta-feira depois de Pentecostes. Sobre a Soberba

Meditação para a Décima Quarta Quarta-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Meditaremos sobre o vício mais oposto à humildade, que é a soberba; e veremos: 1.° O que é a soberba; 2.° Como nos deixamos dominar pela soberba. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De vigiarmos bem o nosso interior, para nos guardarmos das sugestões da soberba, da estima própria e do desejo de ser estimados; 2.° De detestarmos a soberba, e de procurarmos todos os dias corrigir-nos dela. O nosso ramalhete espiritual será o conselho de Tobias a seu filho:

"Nunca permitais que a soberba domine nos vossos pensamentos ou nas vossas palavras, porque nela teve princípio toda a perdição" - Superbiam nunquam in tuo sensu aut in tua verbo dominari permittas: in ipsa enim initium sumpsit omnis perditio (Tb 4, 14)

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Quinta razão de sermos Humildes: Peccavimus

Meditação para a Décima Sexta-feira depois de Pentecostes. Quinta razão de sermos Humildes: Peccavimus

Meditação para a Décima Sexta-feira depois do Pentecostes

SUMARIO

Meditaremos sobre uma quinta razão de sermos humildes, que é, que somos pecadores - Peccavimus: 1.° Temos pecado; 2.° Somos capazes de pecar ainda. — Tomaremos depois a resolução: 1.º De ante estas considerações, louvarmos, admirarmos e amarmos a bondade de Deus, que se digna amar uma criatura tão miserável como nós; 2.º De nós confundirmos e humilharmos a cada tentação de soberba que nos acometer, porque cabe mal a vaidade em quem é tão miserável. O nosso ramalhete espiritual será a palavra do santo rei Davi:

"O meu pecado está sempre diante de mim" - Peccatum meum contra me est semper (Sl 50, 5)

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A Cruz, Ciência do Cristão

Meditação para a Quinta-feira da Paixão. A Cruz, Ciência do Cristão

Meditação para a Quinta-feira da Paixão

SUMARIO

Consideraremos a cruz como um sagrado púlpito, onde Jesus Cristo nos ensina: 1.° A conhecermos Deus; 2.° A conhecermo-nos a nós mesmos. — Tomaremos depois a resolução: 1.º De conservarmos em nós um grande respeito para com Deus e Suas infinitas perfeições, e de lh'O manifestarmos com a nossa profunda devoção na oração e no lugar santo; 2.º De aborrecermos todo o pecado, e de tomarmos a peito a salvação da nossa alma. O nosso ramalhete espiritual será a oração de Santo Agostinho:

"Senhor, conheça-Vos eu para Vos amar; conheça-me eu para me odiar" - Domine, noverim te, noverim me: noverim te ut amem te; noverim me ut oderim me

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