Meditação para a Décima Sexta Quarta-feira depois de Pentecostes
SUMARIO
Meditaremos sobre a mortificação de gênio, e veremos: 1.° As tristes consequências do gênio não mortificado ou do mau gênio; 2.° As vantagens do gênio mortificado ou do bom gênio; 3.° Os meios de corrigir o nosso gênio. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De pedirmos muitas vezes a Deus a reforma do nosso gênio; 2.° De nunca falarmos, obrarmos ou tomarmos uma decisão, quando estivermos de mau humor, mas de tomarmos tempo para refletir antes de obrar, ou de falar. O nosso ramalhete espiritual será o conselho do Espírito Santo:
"Não façais todas aquelas coisas, que quereis" - Non quaecumque vultis, ilia faciatis (Gl 5, 1)
Meditação para a Décima Sexta Terça-feira depois de Pentecostes
SUMARIO
Continuaremos esta semana as nossas meditações sobre a mortificação, e veremos que devemos mortificar a nossa vontade: 1.° No que ela quer; 2.° No que ela deseja. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De aproveitarmos, agradecidos, todas as ocasiões que a Providência nos oferecer de contrariar a nossa vontade e os nossos desejos, a fim de os acostumar a ceder sempre ao dever; 2.º De termos hoje uma vida bem regulada, sem nada conceder ao capricho. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de Nosso Senhor:
"Pai, não se faça a minha vontade, senão a vossa" - Pater... non mea voluntas, sed tua fiat (Lc 32, 42)
Meditação para a Décima Sexta Segunda-feira depois de Pentecostes
SUMARIO
O primeiro objeto sobre que devemos praticar a mortificação, são as nossas paixões. Veremos: 1.° A necessidade de as mortificar; 2.° A necessidade de mortificar principalmente a paixão dominante. — Tomaremos a resolução: 1.° De aproveitarmos com alegria todas as ocasiões, que se ofereceram durante o dia, de mortificar-nos; 2.º De nos examinarmos cada dia acerca da paixão dominante. O nosso ramalhete espiritual será a palavra da Imitação:
"A medida dos vossos progressos será a medida das violências que a vós mesmos fizerdes" - Tantum proficies quantum tibi ipsi vim intuleris (1 Imitação 25, 11)
Meditação para o Décimo Quinta Sábado depois de Pentecostes
SUMARIO
Depois de termos meditado sobre a penitência, meditaremos sobre a mortificação, que é a sua consequência, e consideraremos: 1.° O preceito; 2.° A prática. — Tomaremos a resolução: 1.° De combater em nós a paixão do gozo, o amor das nossas comodidades, e de nada fazermos por motivos tão pouco dignos de um discípulo de Jesus Crucificado; 2.° De sacrificarmos hoje a Nosso Senhor alguma coisa que nos agrade, ou alguma repugnância que sobrevier no cumprimento dos nossos deveres. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de Nosso Senhor:
"Se alguém quer vir após de mim, negue-se a si mesmo" - Si quis vuit venire post me, abneget semetipsum (Mt 16, 24)
Meditação para a Décima Quinta Terça-feira depois de Pentecostes
SUMARIO
Consideraremos na nossa oração: 1.º A excelência da virtude da penitência; 2.° As vantagens que os verdadeiros penitentes tiram das suas quedas. — Tomaremos a resolução: 1.° De examinarmos, depois de cada obra, os defeitos que tem, e de os repararmos fazendo melhor a obra seguinte; 2.° De aceitarmos de boamente e por penitência todas as tribulações que sobrevierem durante o dia. O nosso ramalhete espiritual será a palavra do Evangelho:
Meditação para a Décima Quinta Segunda-feira depois de Pentecostes
SUMARIO
Depois de termos feito consistir na humildade cristã a base de todas as virtudes, assentaremos sobre esta base os primeiros elementos do edifício, que são a penitência e a mortificação, a que os santos chamam virtudes próprias da vida purgativa, porque tem por fim purificar a alma dos vícios passados e das más tendências futuras. Veremos portanto: 1.º A necessidade da penitência; 2.° A sua urgência. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De oferecermos todas as nossas obras a Deus em expiação e penitência das nossas culpas passadas; 2.° De aceitarmos de bom grado com o mesmo intuito todos os trabalhos e desgostos que nos sobrevierem durante o dia. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de Nosso Senhor:
"Se não fizerdes penitência, todos perecereis" - Si paenitentiam non egeritis, omnes similiter peribitis (Lc 13, 5)
Breve introdução sobre a Mortificação e o Apóstolo Patrono
Nunca percas de vista esta bela sentença de Santa Teresa:
"Quem julga que Deus admite à sua amizade pessoas que amam a comodidade, engana-se redondamente"
"Os que são de Cristo, crucificaram sua carne com seus vícios e concupiscência”, diz o Apóstolo (Gl 5, 24). Por isso considera como uma dádiva divina toda a ocasião de te mortificares e não deixes passar nenhuma sem te aproveitares dela. Reprime teus olhos e não os detenhas em coisas que satisfazem unicamente a curiosidade. Evita toda conversação em que se trata unicamente de novidades ou de outras coisas mundanas. Esforça-te sempre em mortificar o paladar: nunca comas e bebas unicamente para contentar tua sensualidade, mas só para sustentar teu corpo. Renuncia voluntariamente aos prazeres lícitos e dize generosamente, quando ouvires falar das alegrias do mundo:
“Meu Deus, só a Vós eu quero e nada mais”
Faze com fervor todas as mortificações externas que a obediência e as circunstâncias permitirem. Se não puderes mortificar teu corpo com instrumentos de penitência, pratica ao menos a paciência nas doenças, suporta alegremente toda incomodidade que consigo traz a mudança do calor e do frio; não te queixes quando te faltar alguma coisa, alegra-te antes quando te faltar até o necessário. Mas principalmente a mortificação interna é que deves praticar, reprimindo tuas paixões e nunca agindo por amor-próprio, por vaidade, por capricho, ou por outros motivos humanos, mas sempre com a única intenção de agradar a Deus. Por isso, enquanto, possível, deves te privar daquilo que mais te agradar e abraçar o que desagrada a teu amor-próprio. Por exemplo: quererias ver um objeto: renuncia a isso justamente por te sentires levado a contemplá-lo; sentes repugnância por um remédio amargo: toma-o justamente por ser amargo; repugna-te fazer benefícios a uma pessoa que se mostrou ingrata para contigo: faze-o justamente porque tua natureza se rebela contra isso. Quem quer pertencer a Deus, deve se violentar incessantemente e exclamar sem interrupção:
"Quero renunciar a tudo, contanto que agrade a Deus"
Em resumo, portanto: Pela mortificação interior nos aplicamos a domar as nossas paixões, principalmente a que mais predomina em nós. Não vencer uma paixão dominante é pôr-se em grande perigo de se perder. Pela mortificação exterior negamos aos sentidos as satisfações que desejam. É necessário, portanto, mortificar: 1. Os olhos, abstendo-nos de ver objetos perigosos. 2. A língua, fugindo das maledicências, palavras injuriosas ou impuras. 3. A boca, evitando todo o excesso no comer e beber, e praticando até algum jejum e abstinência. 4. O ouvido, negando-nos a dar ouvidos a discursos que ferem a modéstia ou a caridade. 5. O tato, usando de precaução quer conosco quer nas relações com outros. Sumário I. A sua natureza II. Da Mortificação Externa III. Da Mortificação Interna IV. A Mortificação e o Redentor V. A Prática da Mortificação VI. A Prática da Mortificação Externa VII. Orações para alcançar a Virtude do Mês
Meditação para a Nona Segunda-feira depois de Pentecostes
SUMARIO
Meditaremos sobre o espírito de humildade e de mortificação com que devemos fazer as nossas refeições. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De dizer com exatidão e piedade as orações para antes e depois da comida; 2.º De fazer todas as nossas refeições com este espírito de devoção, de humildade e de mortificação. O nosso ramalhete espiritual será a palavra do Apóstolo:
"Ou vós comis, ou bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus" - Sive manducatis, sive bibitis, sive aliud quid facitis, omnia in gloriam Dei facite (1Cor 10, 31)
Meditaremos: 1.° A santidade do tempo quaresmal; 2.° Os meios de santificar este tempo. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De resguardarmos melhor o nosso coração e os nossos sentidos do pecado e da distração; 2.° De tratarmos durante este tempo da reforma do defeito que mais nos importa corrigir. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de São Paulo:
"Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora os dias de salvação" - Ecce nunc tempus acceptabile, ecce nunc dies salutis (2Cor 6, 2)
Meditaremos: 1.° A lição de humildade que nos dá a Igreja com a cerimônia da Cinza; 2.° As razões porque a Igreja nos dá esta lição no princípio da Quaresma. — Tomaremos depois a resolução: 1.º De nos conservarmos toda a Quaresma com um espírito humilhado e contrito à vista do nosso nada e dos nossos pecados; 2.° De aceitarmos de boa vontade a penitência da Quaresma, como muito inferior ao que merecemos. O nosso ramalhete espiritual será a palavra da Igreja:
"Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás de tornar" - Memento, homo, quia puivis es et in pulverem reverteris (Gn 3, 19)