Sumário. Pode-se dizer que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus é um penhor e sinal de predestinação, porque este Coração é o coração mais amante, mais reconhecido, mais misericordioso, mais desejoso da nossa salvação. É um Coração divino, criado de propósito para nos amar e ser amado por nós. Se os corações que se amam, buscam unir-se para não se separarem mais, o Coração de Jesus deve desejar imensamente unir-se às almas de uma maneira inseparável no céu.Neque creatura alia poterit nos separare a caritate Dei - “Nenhuma criatura nos poderá separar do amor de Deus” (Rm 8, 39)
Sumário. De que serve inquietarmo-nos com as sentenças das escolas sobre a predestinação para a glória? Quem é verdadeiramente servo de Maria está certo de que está escrito no livro da vida e se salvará; porque de todos aqueles que perseveram na sua devoção a esta bem-aventurada Mãe, ninguém se perdeu. Só se condena aquele que não recorre a ela ou deixa de ser seu servo. Procuremos, portanto, entrar sempre mais e permanecer nesta arca da salvação; e cada vez que nos for possível, procuremos, por palavras e exemplos, fazer que outros também ali entrem.Qui me invenerit, inveniet vitam, et hauriet salutem a Domino - “Aquele que me achar, achará a vida, e haverá do Senhor a salvação” (Pv 8, 35)
Sumário. Para que os nossos obséquios agradem à Mãe de Deus e nos façam dignos de seu patrocínio, duas coisas são necessárias: primeiro, devemos tributá-los com coração puro ou ao menos com o desejo de nos emendarmos; segundo, devemos ser constantes. Ah, quantos dos que estão agora no inferno, teriam sido santos, se tivessem perseverado nos seus obséquios à Santa Virgem! Lancemos um olhar sobre nós mesmos. Com que coração oferecemos a Maria as nossas homenagens? Qual é a nossa perseverança em oferecê-las?Venerunt mihi omnia bona pariter cum illa - “Todos os bens me vieram juntamente com ela” (Sb 7, 11)
Sumário. São Joaquim e Santa Ana são as pessoas venturosas a quem, depois de Deus, Maria Santíssima é devedora de tudo quanto possui. Infiramos disso quanto lhe deve agradar o nosso amor e veneração para com eles. Se amas a divina Mãe, sê também devoto a seus santos pais. Agradece muitas vezes à Santíssima Trindade os dons, as graças e os privilégios que lhes concedeu, e invoca-os em tuas necessidades. Procura sobretudo imitar as suas virtudes, especialmente o amor que tinham a sua santíssima filha.Gloria filiorum patres eorum - “A glória dos filhos são seus pais” (Pv 17, 6)
Sumário. Desde o grande dia em que a Santíssima Virgem teve a felicidade e ao mesmo tempo a dor de assistir no Calvário à morte de Jesus Cristo, tornou-se protetora especial dos pobres moribundos. Quando a divina Mãe vê um seu devoto nestes extremos, ordena a São Miguel que o defenda contra os assaltos do demônio e ela mesma também vai assisti-lo e socorrê-lo. Avivemos, pois, a nossa devoção para com Maria, e, ainda que pecadores, esperemos que também nós havemos de gozar da sua proteção na hora de nossa morte. Oh! Que doce consolação morrer entre os braços de Maria!Non tanget illos tormentum mortis - “Não os tocará o tormento da morte” (Sb 3, 1)
Sumário. Se é verdade que todas as graças passam pelas mãos de Maria, também será certo que só por meio de Maria poderemos esperar e conseguir a graça suprema da perseverança final. Se nos quisermos salvar, sejamos devotos desta querida Mãe; recorramos a ela em todas as nossas necessidades; e quando os demônios nos vierem tentar, como os pintainhos ao ver no ar o milhafre, vamo-nos meter debaixo do seu manto. Mas ai de nós, se resfriarmos nesta devoção! Porquanto, assim como é impossível que se condene um verdadeiro devoto da Virgem, assim é igualmente impossível que se salve o que não for protegido por ela.Qui operantur in me non peccabunt - “Os que trabalham por mim não pecarão” (Eclo 24, 30)
Sumário. A causa única da aflição do Coração de Jesus é a perdição das almas que o ultrajam em vez de o amar: por conseguinte, a consolação que Ele requer, é que procuremos ganhar-Lhe as almas. Esforcemo-nos, pois, por consolar este Coração amabilíssimo; e se mais não pudermos fazer, roguemos-Lhe que envie à sua Igreja ministros zelosos. Roguemos-Lhe muitas vezes pelos pobres pecadores, em particular pelos que estão em agonia e têm de morrer hoje. Ensinemos tão salutar devoção também aos outros.Dominus Deus consolabitur in servis suis - “O Senhor Deus será consolado em seus servos” (2 Mc 7, 6)
O que é o Escapulário?
O escapulário consiste em dois pedaços de pano marrom, unidos entre si por um cordão. Um pedaço de pano traz a estampa de Nossa Senhora do Carmo e o outro a do Sagrado Coração de Jesus, ou o emblema da Ordem do Carmo. É uma miniatura do hábito carmelita; por isso mesmo, é uma veste.Porque o nome de Escapulário?
A palavra latina “scàpula” significa ombro. O objeto de devoção acabou ficando popularmente conhecido como “escapulário” porque é colocado sobre os ombros. O escapulário também é conhecido como “bentinho do Carmo”.Qual o significado do Escapulário?
Para os religiosos carmelitas, é símbolo de consagração religiosa na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Para os fiéis leigos, para o povo, é símbolo de devoção e afeto para com a mesma Senhora do Carmo. O escapulário é, em suma, um sinal externo de devoção mariana e de consagração pessoal à Santíssima Virgem Maria. É um sacramental, ou seja, um sinal sagrado, segundo o modelo dos sacramentos, por meio do qual se simbolizam efeitos espirituais obtidos pela intercessão da Igreja (cf. SC 60). O escapulário deve ser abençoado e colocado no fiel por um sacerdote, conforme o rito da imposição do escapulário.Sumário. Sendo Maria Santíssima medianeira de graça, o Senhor fê-la de certo modo onipotente; e decretou que todas as graças que são dispensadas aos homens passem pelas mãos da Virgem. Por outro lado, Maria é tão misericordiosa que basta invocá-la para ser atendido. Felizes, pois, de nós, se tivermos devoção verdadeira a esta boa Mãe, recorrermos sempre a ela em nossas necessidades e procurarmos que os outros também a amem! Que pecador se perdeu alguma vez tendo perseverado em recorrer a Maria?Beatus homo, qui audit me, et qui vigilat ad fores meas quotidie - “Bem-aventurado o homem que me ouve e que vela todos os dias à entrada da minha casa” (Pv 8, 34)