Sumário. A solidão do coração consiste em só a Deus consagrarmos o nosso amor. Vê-se, portanto, que para esta solidão não se precisa de desertos nem de grutas. Os que por obrigação têm de tratar com o mundo, desde que tenham o coração livre de apegos terrestres, podem gozá-la no meio das ruas e das praças. Numa palavra, nenhuma das ocupações que têm por fim o cumprimento da vontade divina impede a solidão do coração. Devemos, por isso, elevar muitas vezes o nosso espírito a Deus, para o que serve o uso frequente das orações jaculatórias.Ecce elongavi fugiens, et mansi in solitudine - “Eis que me afastei fugindo e permaneci na solidão” (Sl 54, 8)
Reflexão do Evangelho de São Lucas 12, 32-48
Por Dom Henrique Soares da Costa
Quando o Evangelho não nos é exigente? Quando a Palavra de Deus não nos questiona? A Escritura diz que:“a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do qualquer espada de dois gumes; penetra até dividir alma e espírito, junturas e medulas. Ele julga as disposições e intenções do coração” (Hb 4,12)A cada Domingo, fazemos experiência dessa exigência viva e eficaz da Palavra do Senhor em nossa vida. É o caso também deste hoje. Comecemos com a advertência consoladora e carinhosa do Senhor Jesus:
"Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar-vos o Reino”.Tão atual e necessária esta palavra!