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Tag: aridez

Agonias do Getsêmani

Meditação para o Dia 20 de Julho

“Quando Jesus está presente – diz o autor da Imitação – tudo é doce e nada parece difícil”

A alma sente-se corajosa no sofrimento, é capaz de sofrer até o martírio pelo seu Amado. Tudo é fácil e doce no caminho da vida espiritual. É o paraíso! Mas Jesus quer os seus eleitos no Calvário e raras vezes no Tabor. Retira-se, afasta-se, depois das consolações do amor sensível. E que desolação para uma pobre alma!

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Frisante exemplo para esclarecimento da matéria

Parte IV Capítulo XV

Para tornar mais evidente o que deixamos dito, vou narrar aqui um belíssimo passo da vida de São Bernardo assim como o li num autor tão sábio quão judicioso.
“É coisa comum, diz ele, a todos aqueles que começam a servir a Deus e que não tem ainda experiência das vicissitudes da vida espiritual, perderem logo todo o ânimo e caírem numa grande pusilanimidade, porque lhes faltam o gosto da devoção sensível e as iluminações agradáveis pelas quais corriam nas vias do Senhor”
E eis aqui a razão apresentada por aqueles que tem grande experiência na direção das almas. O homem não pode viver por muito tempo sem algum prazer ou desta terra ou do céu.

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Securas e Esterilidades Espirituais

Parte IV Capítulo XIV

Esse tempo tão belo e agradável não durará muito, Filotéia; perderás tanto, às vezes, o gosto e o sentimento da devoção, que tua alma se parecerá com uma terra deserta e estéril, onde não verás nem um caminho, nem uma vereda para ir a Deus e onde as águas salutares da graça não correrão mais para a regar no tempo da seca, o que a tornará árida e desolará completamente. Ah! Bem digna de compaixão é a alma neste estado, sobretudo se o mal é violento; porque então ela se nutre de lágrimas, como David, dia e noite, enquanto o inimigo lhe diz por escárnio, para a levar ao desespero:

Ah! Miserável, onde está teu Deus? Por que caminho o poderás achar? Quem te poderá dar jamais as alegrias da graça?

Que farás, nesse tempo, Filotéia? Vai à fonte do mal. Muitas vezes essas esterilidades e securas se originam de nós mesmos.

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As Noites

Meditação para o Dia 27 de Março

Para a contemplação, exige Deus uma grande pureza de coração, um desapego total das criaturas e de nós mesmos. Ora, até as almas adiantadas na perfeição estão sujeitas a imperfeições e sentem renascer, embora atenuadas, as misérias dos vícios capitais. A fim de preparar essas almas fiéis e generosas ao mais alto grau de contemplação, Deus lhes envia provas, chamadas passivas, porque é Ele quem as produz, não tendo a alma senão que as aceitar pacientemente. Ninguém descreve melhor essas provações do que São João da Cruz, na sua “Noite Obscura”.

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Fantasmas do Crepúsculo

Meditação para o Dia 22 de Março

Há um sofrimento reservado às almas interiores, aos amigos de Jesus: o da secura ou aridez, que se costuma chamar desolação. Jesus, na conversão das almas para o Seu Amor, enche o coração fiel de consolações sensíveis. É uma doçura rezar, meditar, estar bem junto do Sacrário. As comunhões são tão doces! Estaríamos horas inteiras nas doçuras de uma meditação, de uma visita ao Santíssimo, de um terço aos pés de Nossa Senhora! É o Tabor! Faríamos o nosso tabernáculo ao pé do Sacrário e lá permaneceríamos uma eternidade. Para nos desapegar das doçuras terrenas, enche-nos Nosso Senhor das doçuras do Céu.

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O Pão sem Açúcar e o Açúcar sem Pão

Meditação para o Dia 24 de Fevereiro

Muita gente procura mais, na devoção, as consolações de Deus do que o Deus das consolações – diz o autor da “Imitação”. Como as crianças que não procuram um alimento substancial, contentando-se com as guloseimas, confeitos e doces, querem certas almas um fervor sensível, as doçuras da oração. Se Deus lhes retira as consolações, queixam-se, abatem-se e murmuram. E não é raro que cheguem até a deixar os exercícios de piedade.

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Que Dias Sombrios!

Meditação para o Dia 14 de Janeiro

Há certos dias em que tudo parece estar conjurado contra nós, fazendo-nos sofrer. Desde cedo, os espinhos! Esquecimentos, desprezos, indiferença dos amigos, repreensões imerecidas, contratempos, dores físicas, mal-estar, cansaço! Ai, Jesus, que tédio, que dia triste e sombrio! Nessas ocasiões precisamos ter coragem e abraçar a cruz com generosidade. Não queremos penitências. Horrorizam-nos os cilícios, disciplinas e jejuns. Haverá jejum mais difícil do que se impõe à língua, quando ela quer queixar-se e até blasfemar?

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Das Securas Espirituais

São João da Cruz
São João da Cruz

Posuit me desolatam, toto die moerore confectam - “Pôs-me em desolação, afogada em tristeza todo o dia” (Lm 1, 13)

Sumário. O Senhor prova os que o amam com securas e tentações. Quando, pois, te achares em tal provação, não percas a coragem, mas entrega-te com abandono inteiro à misericórdia divina. Faze continuamente atos de humildade e resignação, confessando que mereces ser tratado assim e ainda pior. Não omitas sobretudo nenhuma das tuas boas obras e orações, muito embora as faças sem gosto e contra vontade. Virá o tempo em que serás bem pago por tudo.

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