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Tag: amor próprio

Desprendimento

Capítulo 7. Desprendimento - Livro Rumo à Felicidade, de Fulton Sheen PARECE banal e insípida a vida para muita gente. Admiram-se por que não progridem ou se desenvolvem, por que não se aperfeiçoam ou aprendem. Julgam ter caído em marasmo e gostariam de saber como sair dele. É simples a resposta a este problema, embora a sua aplicação não seja fácil. É de desprendimento que tais homens e tais mulheres precisam. O desprendimento é uma questão de quebrar todos os laços que nos prendem à terra, permitindo assim que a nossa alma voe livre para Deus. Somos como balões. E podemos estar presos à terra tanto por cabos de aço, como por débeis fios de teias de aranha; mas, se não são cortados, nunca estaremos livres da prisão das bagatelas, que, cá em baixo, nos prendem e escravizam.

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O Eu e a Lei Moral

Capítulo 6. O Eu e a Lei Moral - Livro Rumo à Felicidade, de Fulton Sheen CONCORDAM, universalmente, os grandes psicólogos de todos os tempos, que a origem de toda a infelicidade está no amor próprio ou no egoísmo. O egoísmo é a rejeição do duplo mandamento do amor de Deus e do próximo, e a adoção da própria pessoa como padrão de toda a verdade e moralidade. Os que vivem enclausurados dentro do próprio eu, passam por três fases, a primeira das quais é a complacência desordenada com os seus próprios apetites. Quando o eu se torna absoluto, todas as outras pessoas, acontecimentos e coisas passam a ser meios de lhe dar prazer. Sem olhar a conveniências, o eu, na juventude, deseja satisfazer a sensualidade; na idade adulta, ambiciona o poder; e, na velhice, muitas vezes cambia-se em avareza e em amor de «segurança». Os que negam a imortalidade da alma, substituem-na, quase sempre, pela imortalidade dos meios de subsistência. A renúncia às delícias provindas de Deus termina sempre na rendição aos sentidos.

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Contentamento

Capítulo 1. Contentamento - Livro Rumo à Felicidade, de Fulton Sheen O CONTENTAMENTO não é uma virtude inata. É adquirido com grande decisão e diligência no domínio dos desejos desordenados; por isso, é uma arte que tem poucos discípulos. Porque há milhões de almas descontentes no mundo atual, poderá ser-lhes proveitoso analisar as quatro principais causas de descontentamento, e sugerir os meios de contentamento. A principal causa de descontentamento é o egoísmo, ou amor-próprio, que coloca o eu acima de tudo, como o centro do mundo, ao derredor do qual toda a gente deve girar. A segunda causa de descontentamento é a inveja, que nos faz considerar as riquezas e os talentos alheios, como se nos tivessem sido roubados. A terceira causa é a cobiça, ou o desejo desordenado de ter mais, para compensar o vazio do nosso coração. A quarta causa de descontentamento é o ciúme, que, umas vezes, é ocasionado pela melancolia e tristeza e, outras, pelo ódio àqueles que possuem o que para nós cobiçamos.

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Exame do Estado da Alma para Consigo Mesma

Parte V Capítulo V

1. Que amor tens para contigo mesma? Não te amas demasiadamente com amor mundano? Se é assim, desejarás ficar muito tempo no mundo e terás cuidado de estabelecer-te aí; mas, se é para o céu que te amas, terás grande desejo de deixar esta terra; ao menos te conformarás facilmente a deixá-la, quando for a vontade de Deus. 2. É bem regrado este amor para contigo mesma? O amor desregrado é, pois, a nossa própria ruína. Ora, o amor regrado quer que amemos mais a alma que o corpo, que tenhamos mais cuidado de adquirir virtudes do que tudo o mais e que estimemos mais a glória eterna do que as honras mundanas e passageiras. Um coração regrado diz muitas vezes a si mesmo:

Que dirão os anjos, se penso nisto- ou naquilo?

E não dirá:

Que dirão os homens?

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Devemos ter um Espírito Justo e Razoável

Parte III Capítulo XXXVI

Raro é achar homens verdadeiramente razoáveis, porque só somos homens pela razão e o amor-próprio a perturba muitas vezes e insensivelmente nos leva a praticar injustiças que, por menores que sejam, não deixam de ser muito perigosas. Assemelham-se as raposinhas de que se fala nos Cânticos, das quais não se faz caso por serem muito pequenas, e, por isso, elas causam grande dano a vinha, em vista de sua quantidade. Reflete um pouco e julga se os pontos que vou mencionar não são verdadeiras injustiças. Nós costumamos acusar o próximo pelas menores faltas por ele cometidas c a nós mesmos nos escusamos de outras muito grandes. Queremos vender muito caro e comprar o mais barato possível. Queremos que se faça injustiça a outros e que se façam graças a nós. Queremos que interpretem as nossas palavras benevolamente e com o que nos dizem somos suscetíveis em excesso. Queremos que o vizinho nos ceda a sua propriedade e não é mais justo que a conserve, se o quiser? Agastamo-nos com ele se não no-la quer vender, e não tem ele muito mais razão de se zangar conosco, por o estarmos incomodando?

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O Meu Carrasco

Meditação para o Dia 10 de Março

O meu carrasco de cada momento, tirano que não me dá sossego, é meu amor-próprio. Não somos felizes, porque não somos livres. Andamos presos, acorrentados aos caprichos do nosso eu, despótico, cruel inimigo de Deus, inimigo de nossa salvação.

“A vontade própria – diz Santo Afonso – é a ruína das virtudes, a fonte de todos os males, a única porta do pecado e da imperfeição, arma favorita do tentador contra os religiosos, o carrasco de seus escravos, um inferno antecipado.”

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A Chuva de Ouro

Meditação para o Dia 07 de Fevereiro

Um lavrador, dizia o célebre jesuíta Pe. Baltazar Álvares, um lavrador plantou bela e extensa vinha. Um temporal com granizo devastou-lhe as plantações. Que prejuízo, dir-se-á, que desgraça! Porém... Oh milagre! Os granizos eram de ouro e de pedras preciosas. Colheu-os todos o lavrador com lucro incomparável em relação ao prejuízo sofrido com a devastação do vinhedo. Pois bem! São de ouro os desprezos, sofrimentos, adversidades e aflições que caem, como granizo, sobre uma alma verdadeiramente paciente.

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As Ovelhas do Bom Pastor

Meditação para o Dia 20 de Novembro

1. a) "Eu sou o bom Pastor". Três inimigos ameaçam as ovelhas de Jesus: o lobo, isto é, o demônio, que as quer devorar; o mercenário, isto é, o mundo, que as engana; e o ladrão, isto é, o egoísmo prejudicial. Deverás desanimar em face de tantos inimigos? Ó, não! Jesus permite que eles venham, para te dar ocasião de conhecê-los, vencê-los e assim ganhar louros eternos. b) "Conheço as minhas ovelhas... e dou minha vida por elas". Que consolo! Em todo sofrimento poderás dizer:

"Jesus me conhece. Ele não me desamparará! Quanto me deve amar, se por mim nasceu, viveu, sofreu e morreu!"

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Profetas Falsos

Meditação para o Dia 18 de Outubro

1. a) "Guardai-vos dos falsos profetas". Há profetas falsos dentro e fora de ti. São em ti a concupiscência, o amor próprio e as más inclinações que te aconselham e te levam a procurar a felicidade onde ela não existe. Fora de ti são todas as pessoas que, por palavras ou exemplos, te afastarem do bom caminho. Guarda-te delas! b) "Vêm a vós com a capa de ovelhas e por dentro são lobos rapaces". O mau apresenta-se sob a capa de bom. Facilmente serás enganado, se não te guiares por máximas certas dadas por Cristo, teu Senhor.

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Faltas de Caridade

Meditação para o Dia 18 de Julho

1. As faltas de caridade tem frequentemente sua base no orgulho e na excessiva apreciação do próprio eu. São favorecidas por verdadeira ou suposta superioridade corporal ou espiritual, pela inveja e pelo espírito moderno. A falta de caridade facilmente leva a se igualar aos superiores, desprezando os inferiores. Faz esquecer que o próximo representa a pessoa de Jesus Cristo, que o salvou e que o instituiu herdeiro do céu. Acaso ignoras isto? Amas a teu próximo como a ti mesmo? Sempre? A todos?

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