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Author page: Gabriel

Quarto Mistério Glorioso: A Assunção de Maria

Assunção de Maria

Breviário Romano — IV — Dia Oitavo — Lectio IV — De sermone Sancti Joannis Damacenis

Uma antiga tradição conta que no tempo do bem-aventurado “sono” de Maria, os apóstolos todos espalhados pelo mundo para trabalhar em prol da salvação das almas, foram transportados num instante a Jerusalém. Estando perto da Bem-aventurada Virgem, apareceu-lhes uma visão, e cantos celestes ressoaram a seus ouvidos. E em breve os apóstolos viram o Salvador, acompanhado de seus anjos, que vinha receber a alma de sua divina Mãe. Durante três dias estes mesmos cantos se fizeram ouvir em Getsêmani, onde seu corpo fora depositado. Ao cabo de três dias os cantos cessaram. Entretanto, o apóstolo Tomé não pudera assistir à morte de Maria e receber-lhe a última bênção, chegando três dias depois do bem-aventurado falecimento. Penetrado de dor por ter sido privado desta ventura, suplicou aos demais apóstolos para que abrissem o túmulo de Maria, a fim de poder contemplá-la ainda uma última vez. Abriram-no; mas, ó prodígio, o sepulcro estava vazio; não acharam mais nada, senão o lençol que servira para sepultá-la e exalava inebriante perfume. Admirados, à vista de tamanho prodígio, os apóstolos tornaram a fechar o sepulcro, convencidos de que o Verbo Divino, que quisera incarnar-se no seio imaculado de Maria, não permitira que esse seio virginal fosse sujeito a corrupção, mas o ressuscitara e o transportara para o céu, antes da ressurreição geral.

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Zelo pela Glória de Deus

Meditação para a Vigésima Terça-feira depois de Pentecostes. Zelo pela Glória de Deus

Meditação para a Vigésima Terça-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Meditaremos sobre o sexto efeito do amor de Deus, que é o zelo pela sua gloria e veremos: 1.º A obrigação deste zelo; 2.° Os seus caracteres. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De impedirmos por todos os meios, que estiverem ao nosso alcance, principalmente com os nossos bons exemplos e conselhos, a ofensa de Deus, os males da religião e da Igreja; 2.° De contribuirmos para as boas obras, quanto for possível, com a nossa pessoa e o nosso dinheiro. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de Santo Inácio:

"Para maior glória de Deus" - Ad maiorem Dei gloriam

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Terceiro Mistério Glorioso: A Descida do Espírito

A Descida do Espírito Santo

Atos dos Apóstolos: 2, 1-11
Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente ouviu- se, vindo do céu, um ruído, semelhante a um vento impetuoso, que encheu toda a casa onde estavam assentados. Então apareceram-lhes línguas de fogo que se dividiram umas das outras e posaram sobre cada um deles, ficando ao mesmo tempo cheios do Espírito Santo e começando a falar várias línguas, como o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Ora, havia em Jerusalém judeus e homens religiosos de todas as nações que existem na terra. Logo que este ruído foi ouvido, correram muitas pessoas em multidão ao lugar e ficaram admiradas, porque cada uma os ouvia falar na sua própria língua. E as pessoas estavam de tal modo fora de si e maravilhadas que diziam: Porventura estes que nos falam não são galileus? Como é, pois, que os ouvimos falar a cada um de nós na língua do nosso país natal? Partos, Medos, Elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia, da Capadócia, do Egito, dos confins da Líbia, vizinha de Cirene, até os romanos de passagem e também judeus e os prosélitos, os de Creta e da Arábia: ouvimos os Apóstolos, nas nossas próprias línguas, encarecer as grandezas de Deus.

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Práticas do exercício da Presença de Deus

Meditação para a Vigésima Segunda-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Meditaremos sobre três práticas da presença de Deus, que são: 1.° Comprazermo-nos nesta divina presença; 2.° Obrarmos sempre com o fim de agradar a Deus; 3.° Falarmos a Deus com frequentes orações jaculatórias. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De sermos fieis a estas três práticas; 2.° De desviarmos muitas vezes o nosso pensamento das criaturas para o elevar a Deus. O nosso ramalhete espiritual será a palavra da Santíssima Virgem:

"O meu Espírito se alegrou por extremo em Deus meu salvador" - Exultavit spiritus meus in Deo salutari meo (Lc 1, 47)

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Segundo Mistério Glorioso: A Ascensão

Ascensão do Senhor

Atos dos Apóstolos 1, 1-11
Já vos narrei no meu primeiro livro, ó Teófilo, todas as coisas que Jesus fez e ensinou até ao dia em que, após ter dado as suas ordens pelo Espírito Santo aos Apóstolos que Ele escolhera, subiu aos céus. A estes também Ele, depois da sua paixão, se apresentou vivo com muitas e infalíveis provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes das coisas do reino de Deus. Em uma vez, comendo com eles à mesa, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai, “que ouvistes (disse Ele) da minha boca; pois João batizou na água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, passados não muitos dias. Então aqueles que estavam reunidos, perguntaram, dizendo: “Senhor, será nessa ocasião que restaurareis o reino de Israel?” Ele respondeu: “Não é dado a vós conhecerdes nem os tempos nem os momentos que o Pai fixou com a sua autoridade; mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e vos tornareis meus testemunhos em Jerusalém, em toda a Judeia, na Samaria e até aos confins do mundo”. Havendo dito estas palavras, elevou-se ao alto na presença deles, envolvendo-o uma nuvem, que o escondeu a seus olhos. E, como eles contemplassem atentamente o céu, para onde Jesus se elevava, eis que apareceram ao pé deles dois homens, vestidos de branco, que lhes disseram: Homens da Galileia, porque estais espantados a olhar para o céu? Este Jesus, que se elevou ao céu no meio de vós, de lá virá da mesma maneira que o vistes elevar-se ao céu.

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O momento da Graça

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João 4, 48-

Ora havia em Cafarnaúm um funcionário real que tinha o filho doente. 47Quando ouviu dizer que Jesus vinha da Judeia para a Galileia, foi ter com Ele e pediu-lhe que descesse até lá para lhe curar o filho, que estava a morrer. 48Então Jesus disse-lhe: «Se não virdes sinais extraordinários e prodígios, não acreditais.» 49Respondeu-lhe o funcionário real: «Senhor, desce até lá, antes que o meu filho morra.» 50Disse-lhe Jesus: «Vai, que o teu filho está salvo.» O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe disse e pôs-se a caminho. 51Enquanto ia descendo, os criados vieram ao seu encontro, dizendo: «O teu filho está salvo.» 52Perguntou-lhes, então, a que horas ele se tinha sentido melhor. Responderam: «A febre deixou-o há pouco, depois do meio-dia.» 53O pai viu, então, que tinha sido exatamente àquela hora que Jesus lhe dissera: «O teu filho está salvo». E acreditou ele e todos os da sua casa.

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Primeiro Mistério Glorioso: A Ressurreição

A Ressurreição de Jesus

Evangelho de São Mateus 28, 1-8; São Marcos 16, 1-8; São Lucas 24, 1-8; São João 20, 1-10.
Na noite de sábado, quando já raiava o primeiro dia da semana, Maria Madalena, Maria Mãe de Tiago e Salomé, compraram perfumes para vir embalsamar a Jesus. No primeiro dia da semana, partindo muito cedinho, estando ainda escuro, chegaram elas ao sepulcro, ao levantar do sol, trazendo os perfumes que tinham preparado. E diziam entre si: quem nos há de afastar a pedra da entrada do sepulcro? Porque era muito grande. Eis que houve um grande terremoto; um Anjo do Senhor desceu do céu, e aproximando-se rolou a pedra e sentou-se sobre ela. O seu aspecto era o de um relâmpago e as suas vestes como a neve. De medo dele assustaram-se os guardas e ficaram como mortos. Maria viu a pedra afastada do sepulcro e foi correndo ter com Simão Pedro e com o outro discípulo que Jesus amava e lhes disse: — Tiraram o senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram. As outras mulheres viram também a pedra afastada do sepulcro, e entrando não encontraram o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que estando elas consternadas por esse motivo, eis que se apresentaram junto delas dois homens vestidos de roupas, deslumbrantes. E como elas se atemorizassem e baixassem os olhos para o chão lhes disseram eles: Não temais, porque sei que procurais a Jesus que foi crucificado. Porque procurais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui, mas ressuscitou como tinha dito. Recordai-vos do que vos disse Ele quando estava ainda na Galileia! É preciso que o Filho do Homem seja entregue nas mãos dos pecadores que seja crucificado e que ressuscite ao terceiro dia. Vinde ver o lugar onde foi posto o Senhor, e ide prontamente dizer aos seus discípulos e a Pedro que Ele ressuscitou e vai adiante de vós para a Galileia; aí o vereis, como ele vos disse.

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Ainda sobre as vantagens do exercício da Presença de Deus

Meditação para o Décimo Nono Sábado depois de Pentecostes

SUMARIO

Continuaremos a meditar sobre as vantagens do exercício da presença de Deus, e veremos: 1.° Que é a força do cristão; 2.° Que é a sua alegria. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De fazermos, consistir a nossa felicidade em estar na presença de Deus aplicando-nos nela sem contenção de espírito, mas com a expansão de um coração que se delicia em Deus e se regozija de tão augusta companhia; 2.° De reprimirmos a dissipação dos nossos sentidos e a vagueação do nosso pensamento. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de Davi:

"Eu me lembrei de Deus, e nele achei a minha alegria" - Memor fui Dei et delectatus sum (Sl 76, 4)

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Quinto Mistério Doloroso: Jesus na Cruz

Meditação para 25 de Outubro: Quinto Mistério Doloroso: Jesus na Cruz Evangelho de São Mateus 27, 33-50; São Marcos 15, 23-37; São Lucas 23, 33-46; São João 19, 18-30
Chegando ao lugar chamado Gólgota que quer dizer Calvário, deram-lhe a beber vinho misturado com mirra e fel, mas tendo-o provado, não quis beber. E aí o crucificaram com os dois ladrões, um à direita, outro à esquerda e Jesus no meio. Assim se cumpriu a profecia: “o foi computado entre os iníquos”. Porém Jesus dizia: “Meu Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” Depois de o terem crucificado tomaram os soldados as suas vestes, dividindo-as em quatro partes, uma para cada soldado. Porém como a túnica era inconsútil de um só tecido de alto à baixo disseram eles entre si: — Não a rasguemos mas deitemos sortes para ver a quem a de tocar. A fim de que se cumprisse a Escritura que diz: — Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica. Assim, pois, fizeram os soldados, e, sentando-se puseram-se a guardá-lo. Era então a hora tercia. Ora, Pilatos tinha escrito e colocado no alto da cruz, acima da cabeça de Jesus uma inscrição que indicava o seu crime: — Jesus Nazareno, Rei dos Judeus. Muitos Judeus leram esta inscrição porque era perto da cidade o lugar onde Jesus foi crucificado e ela estava escrita em hebraico, em grego e em latim. Mas os pontífices dos Judeus disseram a Pilatos: “Não deveis escrever: Rei dos Judeus, mas o que ele disse: — Eu sou Rei dos Judeus”. Respondeu Pilatos: “O que escrevi, escrevi” Estava o povo olhando de pé e os que passavam blasfemavam dele sacudindo a cabeça: “Ó, tu que destróis o templo e o reedifica em três dias, salva-te a ti mesmo”. “Se és o filho de Deus, desce da cruz”. Também os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os fariseus zombavam dele dizendo: “Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo! Se é o Rei de Israel que desça agora da cruz e nós acreditaremos nEle! Confiou em Deus. Se, pois, Deus o ama que o livre agora porque disse: — Eu sou o Filho de Deus”. Também o insultavam os soldados que, aproximando-se, lhe ofereciam vinagre dizendo: “Se és o Rei dos Judeus, salva- te a ti!” E estes mesmos impropérios lhe dirigiam os ladrões que estavam crucificados com ele. Mas enquanto um dos ladrões blasfemava, dizendo: “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e nós, repreendeu-o o outro dizendo: — Tu não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Nós outros, sem dúvida, sofremos com justiça, porque recebemos o digno castigo de nossas obras, mas este nenhum mal fez. E dizia a Jesus: Senhor, lembrai-vos de mim quando chegardes ao vosso reino" Respondeu-lhe Jesus: “Em verdade te digo, que hoje estarás comigo no Paraíso” Era quase a hora sexta e as trevas cobriram toda a terra até a hora nona e escureceu o sol. De pé junto à cruz estavam a Mãe de Jesus, Maria, irmã de sua mãe, mulher de Cleofas e Maria Madalena. Vendo Jesus à sua Mãe e ao discípulo amado que ali estava, disse a sua Mãe: “Mulher, eis aí o teu filho”. Depois disse ao discípulo: “Eis ai a tua Mãe”. E desde aquele instante a tomou o discípulo em sua casa. Quase à hora nona clamou Jesus com grande brado dizendo: “Eli, Eli, lamma, sabactani”, isto é — Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste? Alguns que ali estavam e o tinham ouvido disseram: “Ele chama por Elias” Sabendo Jesus que tudo estava consumado para se cumprir a Escritura disse: “Eu tenho sede!” Ora, ali havia um vaso cheio de vinagre. Imediatamente correu um dos soldados a tomar uma esponja, embebendo-a em vinagre, e colocando-a na extremidade de uma cana lhe dava a beber. Mas os outros diziam: “Deixa, vejamos se Elias o vem livrar” Deixai-me, replicou o soldado, veremos então se Elias virá desce-lo da cruz. Tendo tomado o vinagre disse Jesus: “Tudo está consumado” Depois, lançando de novo um grande grito, disse: — Meu Pai, nas vossas mãos entrego o meu espírito. Dizendo isto, inclinou a cabeça e expirou.

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Vantagens do exercício da Presença de Deus

Meditação para a Décima Nona Sexta-feira depois de Pentecostes

SUMARIO

Consideraremos o exercício da presença de Deus debaixo do ponto de vista do nosso próprio interesse, e veremos que é: 1.° Um excelente meio de preservação do pecado; 2.° Um poderoso meio de santificação. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De nos lembrarmos as mais vezes possível, de dia e de noite, da santa presença de Deus; 2.° De evitarmos a vagueação da vista, as aberrações da imaginação, o desejo de saber tudo o que se passa, todas as coisas que obstam ao exercício da presença de Deus. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de Deus a Abraão:

"Anda em minha presença e serás perfeito" - Ambula coram me, et esto perfectus (Gn 17, 1)

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