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Author page: Gabriel

Continuação da explicação da Oração Dominical

Panem nostrum quotidianum da nobis hodie — “O pão nosso de cada dia nos dai hoje” (Lc 11, 3)

Sumário. O divino Redentor, depois de nos ter feito cumprir as obrigações de bons filhos para com nosso Pai celestial, pela petição do que se refere à sua glória, faz-nos em seguida pedir as graças que dizem respeito a nós mesmos. Quer que peçamos ao Senhor, que nos dê cada dia o sustento do corpo e da alma, força para não sucumbirmos às tentações, e nos livre de toda a sorte de males. Ó sublimidade da Oração Dominical! Rezemo-la frequente e devotamente.

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Da Oração Dominical

Sic ergo vos orabitis : Pater noster, qui es in coelis, sanctificetur nomen tuum — “Assim, pois, é que haveis de orar: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome” (Mt 6, 9)

Sumário. Nós somos tão ignorantes e curtos de juízo, que nem sabemos quais as graças que devemos pedir a Deus para nossa salvação. Jesus Cristo, vendo a nossa insuficiência, compôs a súplica que havemos de dirigir a nosso Pai celestial. Rezemos, pois, com frequência a oração sublime qual é o Pai nosso,e, como bons filhos, peçamos principalmente ao Senhor, que faça seu nome conhecido em toda a parte, que reine em nós pela sua graça e nos faça cumprir perfeitamente a sua santíssima vontade.

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Da vida oculta de Jesus no Santíssimo Sacramento

Vere tu es Deus absconditus, Deus Israel Salvator —“Vós sois em verdade um Deus oculto, Deus de Israel, Salvador” (Is 45, 15)

Sumário. Encarnando-se, o Verbo divino ocultou sua divindade, e manifestou-se como homem na terra; mas morando entre nós na Eucaristia, esconde também a sua humanidade, e só deixa ver as aparências de pão, para mostrar o amor que tem aos homens. E, todavia, os homens se atrevem a ultrajá-lo, exatamente porque se ocultou assim! Se amamos deveras a Jesus, desagravemo-lo com as nossas homenagens, e esforcemo-nos por imitá-lo, ocultando à vista dos homens a nossa própria pessoa e as nossas ações.

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Jesus nasce Menino

Invenietis infantem pannis involutum, et positum in praesepio — “Achareis um menino envolto em panos e colocado numa manjedoura” (Lc 2, 12)

Sumário. A pequenez das crianças é um grande atrativo de amor, por causa da inocência. Mas atrativo muito mais poderoso nos deve ser a pequenez do Menino Jesus, que, sendo Deus imenso, se fez pequeno para atrair com mais força os nossos corações. Ah! Como será possível contemplar com fé um Deus feito Menino, chorando e gemendo numa gruta, sobre um pouco de palha, e não amá-lo e não convidar todos a seu amor, como fazia São Francisco de Assis? Amemus puerum de Bethlehem —“Amemos o Menino de Belém”.

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Meios para se Preparar para a Morte

Quodcumque facere potest manus tua, instanter operare; quia nec opus nec ratio... erunt apud inferos quo tu properas — “Obra com presteza tudo quanto pode fazer a tua mão; porque, na sepultura, para onde te encaminhas, não haverá obra nem razão” (Ecl 9, 10)

Sumário. Meu irmão, já que é certo que deves morrer, coloca-te aos pés de Jesus crucificado, e prepara as contas para esse grande dia. Quanto ao passado, sendo preciso, faze uma boa confissão geral. Quanto ao futuro, emprega os meios apropriados para te sustentar na graça de Deus. Estes meios são: a missa todos os dias, a meditação das verdades eternas, o exame de consciência todas as noites, a frequência dos sacramentos e sobretudo alguma devoção especial a Maria Santíssima. Fazendo assim, terás um certo penhor da tua predestinação.

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Do grande Meio para Vencer as Tentações

Vigilate et orate, ut non intretis in tentationem — “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mc 14, 38)

Sumário. Meu irmão, começaste a servir a Deus, mas não penses que tenham acabado as tentações. Agora, mais do que nunca, deves preparar-te para o combate, porque o mundo, o demônio e a carne, mais do que nunca, se aprestarão para te combater, a fim de te fazer perder o que ganhaste. A arma principal que deves empregar para alcançar a vitória, deve ser um perpétuo recurso a Deus pela santa oração; e lembra-te sempre desta grande máxima: Quem reza, certamente se salva; quem não reza, certamente se condena.

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Festa de São Mateus, Apóstolo

Vidit hominem sedentem in telonio, Matthaeum nomine, et ait illi: Sequere me — “Jesus viu sentado no telônio um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me” (Mt 9, 9)

Sumário. Consideremos como este santo respondeu admiravelmente ao convite divino; pois, mal o convidou Jesus Cristo para o seguir, logo se levantou do telônio e o foi seguindo. E quantas dificuldades teve que vencer! Somos nós igualmente solícitos em obedecer ao convite de Deus? Há quanto tempo nos convida ele para sairmos da nossa tibieza, e lhe resistimos obstinadamente? Ah! Cuidemos que a nossa demora não nos leve finalmente a um sofrimento longo no purgatório, e quiçá, à perdição eterna, como sucedeu a tantos outros.

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Expõem-se as objeções que se costumam apresentar contra esta doutrina

Capítulo 8. Expõem-se as objeções que se costumam apresentar contra esta doutrina - Bálsamo Espiritual

I A prática dos Conselhos Evangélicos não é necessária para a Perfeição Cristã

Não obstante o que se disse alma devota, talvez penseis que para possuir a perfeição, a santidade perfeita, se exige muito mais; primeiro que tudo perguntais que valia dou aos Conselhos Evangélicos, que não mencionei, e que hão de ter o primeiro lugar quando se trata da perfeição. Se os julgais indispensáveis, estais enganada. Primeiro, como diz Santo Tomás, só é preciso para a santidade à obediência aos mandamentos (ver Sum. Teol. 2-2 que. 184 a. 3) tão grande autoridade deveria bastar-vos, porém quero convencer-vos com razões evidentes. Os Conselhos Evangélicos são três, Pobreza, Obediência, Castidade perfeita. Porém se fosse verdade que a prática destes conselhos fosse necessária para se obter a santidade, talvez que só os frades e freiras pudessem aspirar a tal glória. Dela seriam excluídos os casados e todos que não sujeitam a mãos alheias a vontade própria, nem vivem de esmolas. Neste caso não seria verdade que Deus quer que todos sejam Santos, como em vários lugares afirma a Sagrada Escritura, pois não quer que todos os homens pratiquem os Conselhos. A ordem de sua Providência quer que uns observem a continência, outros se casem, sejam ricos, pobres, não desaprova o Senhor que algumas pessoas se governem a si, aprecia, porém os que se submetem à obediência sacrificando a vontade própria. No entanto, quer que todos se tornem Santos. É, pois, um erro verdadeiro pensar que os Conselhos Evangélicos são necessários para a santidade.

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A Misericórdia de Deus e as Ilusões do Pecador

Ne dixeris: Peccavi, et quid mihi accidit triste? Altissimus enim est patiens redditor — “Não digas: Pequei, e que mal me veio daí porque o Altíssimo, ainda que sofrido, é justiceiro” (Eclo 5, 4)

Sumário. Eis aí uma ilusão comum aos pecadores, a qual fez e ainda faz com que muitos se condenem. Os miseráveis dizem: Deus é misericordioso, e assim como no passado tem sido tão indulgente para conosco, sê-lo-á também no futuro. Consideremos, porém, que o Senhor não é só misericordioso, mas também justo. Por isso, quando estiver cheia a medida dos pecados que ele quer perdoar, faz descer os mais formidáveis castigos. Ah! Quantos daqueles que sempre adiavam a sua conversão, confiados na bondade divina, estão agora queimando no inferno!

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Deus deve ser o nosso único fim

Meus cibus est, ut faciam voluntatem eius qui misit me, ut perficiam opus eius — “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou, para consumar a sua obra” (Jo 4, 34)

Sumário. Pobre da alma que conserva apego a qualquer bem terrestre com desagrado de Deus! Ela nunca terá paz na vida presente, com grande risco de nem na outra a conseguir. Bem-aventurado, ao contrário, aquele que só busca ao Senhor e pelo amor dele renuncia a todas as coisas! Alcançará a verdadeira liberdade dos filhos de Deus, e mesmo cá na terra terá um antegosto dos bens que lhe estão preparados no céu. Procuremos, pois, em todas as nossas ações, não ter outra coisa em mira, senão o agrado do Senhor, e digamos muitas vezes: Meu Jesus, só a Vós quero, e nada mais.

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