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Author page: Gabriel

O milagre do surdo-mudo e os espiritualmente mudos

Jesus e o surdo-mudo

11º Domingo depois de Pentecostes

Adducunt ei surdum et mutum, et deprecabantur eum, ut imponat illi manum - “Trazem-lhe um surdo-mudo, e lhe rogaram que pusesse a mão sobre ele” (Mc 7, 32)

Sumário. Os espiritualmente mudos não são somente aqueles cristãos que calam os pecados na confissão, mas também os que não se recomendam a Deus, não descobrem todo o seu interior ao Diretor, deixam de corrigir seus súditos, ou descuidam de comunicar ao Superior as desordens ocultas da comunidade. Examinemos a nossa consciência e, se descobrirmos em nós alguma destas mudezes, roguemos ao Senhor queira renovar em nosso espírito o milagre feito a favor do mudo do Evangelho.

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Maria Santíssima, modelo de humildade

Virgem Maria, modelo de Humildade

Respexit humilitatem ancillae suae; ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes - “(Deus) pôs os olhos na baixeza da sua escrava; eis que desde agora me chamarão bem-aventurada todas as gerações” (Lc 1, 48)

Sumário. Assim como Maria Santíssima foi a primeira e mais perfeita discípula de Jesus Cristo em todas as virtudes, assim o foi também na virtude da humildade. A Santíssima Virgem tinha sempre o conceito mais baixo de si mesma, ocultava os seus dons celestes e suportava com resignação todas as humilhações e desprezos. Que motivo de pejo para nós, que nos gloriamos de ser filhos de Maria e somos tão orgulhosos!... Ponderemos bem, que, a continuarmos assim, ficaremos sempre igualmente pobres de bens espirituais; porque a divina Mãe, imitando Jesus Cristo, resiste aos soberbos e comunica suas graças aos humildes.

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Das humilhações e desprezos que Jesus Cristo sofreu

Flagelação de Cristo, por Caravaggio
Flagelação de Cristo, por Caravaggio

Vidimus eum... despectum et novissimum virorum - “Vimo-lo... feito um objeto de desprezo e o último dos homens” (Is 53, 3)

Sumário. Quem pudera jamais imaginar que, tendo o Filho de Deus vindo à terra a fazer-se homem por amor dos homens, viesse a ser tratado por eles com tamanhos insultos e injúrias, como se fosse o último e o mais vil de todos? No entanto, assim aconteceu. Jesus foi traído por Judas, negado por Pedro, abandonado por seus discípulos, tratado de louco, açoitado qual escravo, e, afinal, proposto ao homicida Barrabás, foi condenado a morrer crucificado. Ah! Se este exemplo de Jesus Cristo não cura o nosso orgulho, não há remédio que o possa curar.

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Sobre a Rixa, mencionada por São Paulo

Rixa Por Pe. José Eduardo Quando enumera as “obras da carne”, São Paulo menciona a “rixa” (ἔρις, eris, em grego), cujo significado original pode ser entendido como “contenda, debate, luta, discussão, divergência” (Strong), “partidos e divisões”, “fações, porfias” e “rivalidades” (Vinev). De fato, parece-me mesmo que a melhor palavra para traduzir termo tão denso seja a pequenina expressão “rixa”.

Qual a importância disso?

Um de nossos problemas é imaginar que o que se opõe à ação do Espírito sejam apenas as ações diretas do maligno, quando o Apóstolo é contundente:

“os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros” (Gl 5,17)

Em outras palavras, a carnalidade é um obstáculo real à livre ação da graça divina, é um empecilho para que Deus aja desimpedidamente nas almas, é um estorvo e, justamente por isso, é o grande canal para a atuação do inimigo, pois este precisa atuar mediante agentes.

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A Missa é um sacrifício de agradecimento proporcionado à divina beneficência

Papa Francisco celebrando a Santa Missa

Quid retribuam Domino, pro omnibus quae retribuit mihi? Calicem salutaris accipiano, et nomen Domini invocabo - “Que darei ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor” (Sl 115, 12-13)

Sumário. A santa missa foi instituída particularmente para agradecer a Deus os benefícios que nos tem feito. Quando celebramos, e, também de certo modo, quando assistimos ao sacrifício divino, podemos dizer com verdade: Senhor, as vossas misericórdias são imensas; mas eis que vo-las retribuo por meio de uma oferenda que vale tanto como vossos dons, e infinitamente mais. Portanto, se és sacerdote, não deixes um dia de celebrar a missa com a devida preparação e ação de graças; se és simples leigo, procura ao menos assistir à missa, ainda à custa de algum proveito temporal.

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Pena de dano que os réprobos sofrem no inferno

Vazio, abandono

Derelinquam eum, et abscondam faciem meam ab eo... invenient eum omnia mala - “Eu o deixarei, e esconderei dele meu rosto... todos os males virão sobre ele” (Dt 31, 17)

Sumário. Não são as trevas, a infecção, os gritos, o fogo, que constituem o inferno; o que faz o inferno é a dor de ter perdido a Deus e de não O poder amar. Aparta-te (dirá o Juiz à alma na sentença final), aparta-te de mim; não te quero mais ver. Tu não mais serás minha, nem eu serei nunca mais teu. Ó separação amarga!... Quem sabe, meu irmão, se esta pena tão terrível não nos está reservada também? Fascinados como estamos pelos bens terrestres, não a compreendemos agora, mas experimenta-la-íamos, se um dia tivéssemos a desgraça de nos perder.

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A alma culpada diante do Juiz Divino

Jesus Cristo, Pantokrator

Omnes nos manifestari oportet ante tribunal Christi - “Todos nós devemos manifestar-nos diante do tribunal de Cristo” (2 Cor 5, 10)

Sumário. Têm-se visto criminosos banhados em suor frio, na presença de um juiz terrestre. Que maior terror não deve sentir o pecador diante do tribunal de Jesus Cristo? Ó céus! Verá acima de si o Juiz irritado, por baixo o inferno aberto, a um lado os pecados que o acusam, ao outro os demônios armados para o seu suplício. O Bem-aventurado Juvenal Ancina, impressionado por esta grande verdade, resolveu deixar o mundo e fez-se religioso. Meu irmão, o que farás? Continuarás a viver em teu estado de tibieza?

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Quem reza se salva, quem não reza é ateu

Por Dom Henrique Soares da Costa Esta palavra não tem apelação. É verdade. Ponto e basta! Cada um de nós tem a tendência maligna, pecado original de todos os pecados, de nos julgar o centro de tudo: tudo vemos, pensamos, julgamos e analisamos a partir de nós. Até mesmo de Deus temos uma opinião: como Ele deveria fazer, como deveria governar o mundo e a nossa vida... Nós, ainda que inconscientemente, nos julgamos deuses! Só a oração nos cura dessa distorção, dessa loucura! A oração mexe com todo o nosso ser; continuada, insistente, persistente, vai impregnando de Deus a nossa vida. E, assim, vamos, inconscientemente, tomando consciência de que Deus é Deus, é Alguém, é presente na nossa vida, é o Santo, o Tudo.

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Malícia do Pecado Mortal

Que faz aquele que comete pecado mortal? Injuria a Deus
Que faz aquele que comete pecado mortal? Injuria a Deus

Tetendit enim adversus Deum manum suam, et contra omnipotentem roboratus est - “Estendeu a sua mão contra Deus e se fez forte contra o Todo Poderoso” (Jó 15, 25)

Sumário. Para nos induzir ao pecado, o demônio nos deixa ver o pecado somente à metade, mostrando-nos o deleite que nos traz e não o mal que encerra. Consideremos, porém, que esta malícia, pela injúria que faz a Deus, é tão grande que, se todos os homens e anjos se oferecessem a morrerem ou mesmo a aniquilarem-se, não poderiam satisfazer por um só pecado. Um verme da terra revolta-se contra a Majestade infinita. Ah, Senhor! Pelo amor de Jesus Cristo, iluminai-me para compreender a malícia do pecado.

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O Fariseu e o Publicano

O Fariseu e o Publicano

10º Domingo depois de Pentecostes

Duo homines ascenderunt in templum, ut orarent: unus pharisaeus et alter publicanus - “Subiram dois homens ao templo a fazer oração; um fariseu e outro publicano” (Lc 18, 10)

Sumário. Da parábola do Evangelho de hoje bem se conclui que, se a virtude de humildade nos é necessária sempre em toda parte, ela nos é mais indispensável ainda na oração; e especialmente quando vamos à igreja, que é casa de oração. Quem não é humilde, não espere ser atendido, pois que o Senhor protesta que "o que se exalta, será humilhado". Lancemos um olhar sobre nós mesmos e, reprovando a altivez do fariseu, procuremos imitar sempre o procedimento tão humilde do publicano.

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