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Author page: Gabriel

A Virgem santa: humilde e confiante, como virgem e mãe

Maria é bem-aventurada, como lhe diz sua parenta Isabel, não apenas porque Deus a olhou, mas porque acreditou. A sua fé é o mais belo produto da bondade divina. Mas, foi necessário que a arte inefável do Espírito Santo pousasse sobre Ela, para que tanta grandeza de alma se unisse a tanta humildade no segredo do seu coração virginal. A humildade e a grandeza de alma de Maria são, como a sua virgindade e a sua fecundidade, semelhantes a duas estrelas que se iluminam mutuamente, porque em Maria a profundidade da humildade em nada prejudica a generosidade da alma, e reciprocamente. Julgando-se a si mesma de forma tão humilde, Maria nem por isso foi menos generosa na sua fé na promessa que lhe tinha sido feita pelo anjo.

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Uma consciência, um grito

Nascimento do Menino Jesus
Por Dom Henrique Soares da Costa A Igreja de Cristo está vivendo o santo Tempo do Advento, quatro semanas que nos preparam para o Natal do Senhor e nos recordam que Ele virá um Dia. No século XII, pregando aos seus monges neste tempo de Advento, São Bernardo de Claraval, falava em três vindas de Cristo: aquela na humildade de nossa humana condição, em Belém; aquela gloriosa, como Juiz, que aguardamos para o final dos tempos e mais uma: aquela vinda pequena e escondida, de cada dia. Isso mesmo: Ele vem vindo, vem vindo sempre: nas situações, nas pessoas, na Sua Palavra santa e, sobretudo, na Eucaristia. Sabemos reconhecê-Lo? Sabemos acolhê-Lo? Sabemos abrir-Lhe nosso coração e nossa vida?

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Vivendo na Caridade, vive-se em Deus

Santa Catarina de Sena e Jesus Cristo Querida irmã em Jesus. Eu, Catarina, serva dos servos de Jesus, escrevo-te no seu precioso sangue, desejosa que te alimentes do amor de Deus e que dele te nutras, como do seio de uma doce mãe. Ninguém, de fato, pode viver sem este leite! Quem possui o amor de Deus, nele encontra tanta alegria que cada amargura se transforma em doçura e cada grande peso se torna leve. E isto não nos deve surpreender porque, vivendo na caridade, vive-se em Deus:

“Deus é amor; quem permanece no amor habita em Deus e Deus habita nele”

Vivendo em Deus, por conseguinte, não se pode ter amargura alguma porque Deus é delícia, doçura e alegria infinita! É esta a razão pela qual os amigos de Deus são sempre felizes! Mesmo se doentes, necessitados, aflitos, atribulados, perseguidos, nós estamos alegres. Mesmo quando todas as línguas caluniosas nos metessem em má luz, não nos preocuparemos, mas nos alegraremos com tudo porque vivemos em Deus, nosso repouso, e saboreamos o leite do seu amor.

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A Vinda de Cristo à Alma. Como Preparar-se?

Nascimento de Cristo

"Eu sou a voz do que clama no deserto" (Jo 1, 23)

Exórdio: o Pregador, outro João Batista

Perguntaram a São João Batista quem era, e ele respondeu:
- "Eu não sou o Messias, nem Elias, nem aquele profeta a quem Deus se referiu ao falar com Moisés: Eu suscitarei um profeta como tu dentre os teus irmãos, e a quem recusar ouvir o que ele disser da minha parte, pedir-lhe-ei contas (cf. Jo 1, 20-21; Dt 18, 18-19). Não sou nenhum desses", disse São João. - "Se não és nenhum desses", disseram eles, "como ousaste impor um novo rito ao povo? Como é que batizas?" - "Não vos assusteis, porque o meu batismo apenas limpa com água a cabeça e o corpo; a sua função é somente fazer que os que dele se abeiram professem que são pecadores e necessitam de alguém que os limpe dos pecados. (Aquele batismo não era como o nosso, que transmite a graça). Mas no meio de vós está quem vós não conheceis e vos seria conveniente conhecer; esse limpa com água e com fogo, e introduz a mão nas almas, limpando-as de toda a sujidade, e eu sou tão diferente dEle que não sou digno de desatar a correia das suas sandálias; este é aquele que já profetizei e que vos preguei outras vezes, o qual há de vir depois de mim e era antes de mim. É tão superior a mim que eu não sou digno de desatar a correia das suas sandálias nem de servi-lo como escravo". - "Não sou quem pensais", disse João Batista. - "Então quem és?". E ele disse-lhes: - "Eu sou a voz do que clama no deserto, e este é o meu ofício, a minha honra, a minha dignidade e o meu ser. Eu não sou o Messias, mas a voz do Senhor que quer vir até vós: Endireitai os caminhos do Senhor" (cf. Jo 1, 23).
Pobre de mim e de outros como eu, que temos o ofício de São João Batista sem possuir a sua santidade. O sacerdote, o pregador, anjo - porque "anjo" significa mensageiro -, o pregador é mensageiro de Deus, e Deus fala por sua boca. Somos mensageiros de Deus, anfitriões do rei, mas não sei se é por não sabermos desempenhar este papel, ou por qualquer outro motivo, que os ouvintes nos olham com os meros olhos da carne e atentam apenas para a nossa aparência externa.

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Meditação para o III Domingo do Advento

Alegrai-vos, pois o Senhor vem! Por Dom Henrique Soares Este terceiro domingo do Advento tem um tema predominante: a alegria provocada pela vinda do Senhor. Por isso, a cor rosa, que pode ser usada como um roxo atenuado, melhor ainda: a mistura do roxo do Advento com o branco do Natal que se aproxima. Alegrai-vos (Gaudete!) – convida-nos a liturgia, inspirando-se nas palavras do Apóstolo:
“Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto!” (Fl 4,4s)
Mas, pensando bem: há motivos para alegria verdadeira, profunda, responsável? Ante as lutas e fardos da vida, podemos realmente alegrar-nos? Antes as feridas e machucaduras do nosso coração, é possível uma alegria duradoura e verdadeira? Ante as desacertos e desvios do mundo, é realmente possível este gáudio a que nos convida a Igreja, com as palavras de São Paulo? E, no entanto, o convite é insistente: Alegrai-vos!

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Maria Santíssima, modelo de Paciência

Maria, modelo de Paciência

Patientia vobis necessaria est: ut volutantem Dei facientes reportetis promissionem - “A paciência vos é necessária, a fim de que fazendo a vontade de Deus alcanceis a promessa” (Hb 10, 36)

Sumário. Deu-nos Deus a Santíssima Virgem como exemplar de todas as virtudes, mas especialmente da paciência. Semelhante à rosa, ela cresceu e viveu sempre entre os espinhos da tribulação. Se, portanto, quisermos ser filhos desta Mãe, força é que procuremos imitá-la, abraçando com resignação as cruzes; e não somente as que nos vierem diretamente de Deus, mas também as que vierem da parte dos homens, tais como sejam as perseguições e os despresos.

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Na Cruz acha-se a nossa Salvação

Na Cruz acha-se a nossa Salvação

Lignum vitae est his, qui apprehenderint eam; et qui tenuerit eam, beatus - “É árvore de vida para aqueles que lançarem mão dela; e é bem-aventurado quem a não largar” (Pv 3, 18)

Sumário. Se quisermos salvar-nos, é mister que nos resolvamos a carregar com paciência a cruz que Deus nos manda, e a morrer nela por amor de Jesus Cristo, assim como Ele morreu na cruz por nosso amor. É este também o meio para acharmos a paz nos sofrimentos. Quem recusa aceitar a cruz, de ordinário aumenta-lhe o peso; ao passo que quem a abraça e carrega com paciência, tira-lhe o peso e converte-a em consolação.

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Meditação sobre a Solenidade da Imaculada Conceição

Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora Por Dom Henrique Soares A Imaculada Conceição da Virgem Maria – é este o mistério que neste dia celebramos. Hoje, a Virgem foi concebida no ventre de Ana, sua mãe. Mas, que tem isso de mistério? É verdade que toda vida que brota é um mistério; é verdade que todo feto, desde o primeiro momento de sua existência, seja são ou defeituoso, é já uma vida humana e, portanto, um milagre de Deus, um sorriso de Deus, um presente de Deus – apesar dos monstros de hoje, dessa humanidade desalmada e sem Deus, desejarem tanto negar a dignidade da vida humana desde o seu primeiro momento... Sobre isto, basta pensar em alguns ministros do Supremo Tribunal Federal, que podem ter até alguma ciência, mas certamente, pouquíssima consciência, pelo menos consciência realmente humana – se é que outro tipo de consciência possa existir... Se é assim, se cada concepção neste mundo é um mistério, o que tem de extraordinário a concepção daquela que será a Mãe do Cristo-Deus?

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Jesus, Homem de dores desde o seio de sua Mãe

Sagrado Coração do Menino Jesus

Virum dolorum, et scientem infirmitatem - “O homem de dores e experimentado nos trabalhos” (Is 53, 3)

Sumário. O primeiro Adão gozou durante algum tempo as delícias do paraíso terreal; mas o segundo Adão, Jesus Cristo, não teve nem sequer um instante em sua vida que não fosse cheio de aflições e agonias, porquanto desde o berço afligiu-O a dolorosa previsão de todas as penas e ignomínias que deveria padecer, e particularmente a previsão da ingratidão de que os homens usariam para com Ele. Ó céus! Nós também temos contribuído para contristar esse amabilíssimo Coração.

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