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Author page: Gabriel

Porque Jesus quis nascer criança

Parvulus enim natus est nobis, et filius datus est nobis - “Nasceu-nos uma criança; foi-nos dado um filho” (Is 6, 9)

Sumário. São vários os motivos pelos quais Jesus quis nascer criança. Primeiro, quis desta forma mostrar-nos a sua propensão e facilidade em dar-nos os seus bens. Quis, em segundo lugar, afastar de nós todo o temor ao vermo-Lo reduzido, por assim dizer, a um estado de impotência para nos castigar pelos nossos pecados. Mas sobretudo Jesus nasceu como criança para se fazer amar por nós, não somente de apreço, senão de ternura. Amemo-Lo, pois, de todo o coração, cheguemo-nos a Ele, e peçamos-Lhe toda a sorte de bens.

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Circuncisão do Senhor. Bons anos!

Meditação para Dia 01 de Janeiro

1. a) "Bons anos!" é o que hoje, provavelmente, te desejam. Mas, por mais que to desejem, o Ano Bom pode vir a revelar-se mau, e não te aproveitará, se ao fim do mesmo não fores mais virtuoso e mais rico em méritos para o céu. Amas hoje mais a Deus, e estás lhe servindo melhor, do que há um ano? Até quando tardarás? Por que deixas para amanhã o que podes fazer hoje? O tempo voa... Mãos à obra! Faze com que o novo ano ainda te dê prazer, quando todo este mundo já não existir mais... b) Teu Salvador derramou hoje seu primeiro sangue, oferecendo-o por ti, para satisfazer por tuas culpas. Será justamente Ele, a quem pagarás com ingratidão?...

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Festa do Santíssimo Nome de Jesus

In nomine Iesu omne genu flectatur, coelestium, terrestrium et infernorum – “Ao nome de Jesus dobre-se todo o joelho no céu, na terra e nos infernos”

Domingo entre a Circuncisão e a Epifania

Vocatum est nomen eius Jesus, quod vocatum est ab Angelo, priusquam in utero conciperetur - “Foi-lhe posto o nome de Jesus, como o havia chamado o Anjo, antes de concebido” (Lc 2, 21)

Sumário. O divino Nome de Jesus é comparado pelo Espírito Santo com azeite, porque, assim como o azeite dá luz, alimenta e cura, assim o Nome de Jesus é luz para o espírito, alimento para o coração, medicina para a alma. Felizes de nós se formos sempre devotos deste grande Nome, e, juntamente com os de Maria e José, o tivermos frequentes vezes nos lábios, especialmente no tempo das tentações! Quem jamais se perdeu tendo invocado estes santíssimos Nomes na tentação?

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A Circuncisão de Jesus e o Sacramento do Batismo

Consummati sunt dies octo, ut circuncideretur Puer - “Foram cumpridos os oito dias para ser circuncidado o Menino” (Lc 2, 21)

Sumário. A cerimônia da circuncisão era figura do sacramento do batismo. Podemos, por tanto, imaginar que Jesus Cristo, quando foi circuncidado, pensou em cada um de nós, e que oferecendo a seu divino Pai as primícias do seu sangue, desde então nos mereceu a graça de sermos regenerados pelo batismo. Oh, que dom inestimável é o do santo batismo! Como, porém, temos respondido a tamanho favor? Temos, por ventura, manchado a vestimenta branca da inocência?

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo VII

Nono Concílio Ecumênico

O nono Concílio Ecumênico foi celebrado também em Roma, na Igreja de São João de Latrão; por isso chamou-se Lateranense. Convocou-o Calixto II no ano 1123 e intervieram nele mais de 300 bispos e mais de 600 abades, sob a presidência do mesmo pontífice. O fim principal deste concílio era restabelecer a paz e concórdia entre o sacerdócio e o império, perturbada pelas chamadas investiduras. Os imperadores da Alemanha pretendiam imiscuir-se nos assuntos religiosos, especialmente na eleição dos bispos e abades, e na adjudicação da dignidade episcopal ou abacial, o que se chamava investir. Acontecia frequentemente que, pela usurpação destes direitos, elegiam-se pessoas indignas e às vezes indigníssimas por sua ignorância e péssima conduta, com grande escândalo dos fieis. Os Papas tinham levantado várias vezes a voz contra estes abusos, porém em vão, pois os mesmos imperadores tomaram as armas e passaram a cometer violências contra eles. O Papa Calixto, cheio de zelo e valor, querendo a todo custo remediar tamanho mal, depois de ter trazido Henrique V a melhores sentimentos, reuniu o dito concílio.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo V

São Leão IX

São Leão, chamado antes Bruno, nasceu no ano 1002, de real família alsaciana. Fez tais progressos nas ciências, que na idade de vinte e quatro anos foi consagrado bispo de Toul. Para não perder um só momento de tempo, distribuía-o entre a oração, a leitura de bons livros, o estudo, a visita aos hospitais e a instru­ção aos pobres, método que seguiu toda sua vida. Tendo falecido o Papa Damaso II, foi eleito para substituí-lo sob o nome de Leão IX. Teve muito que trabalhar para combater a heresia de Berengário que negava a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia. São Leão, depois de tê-la condenado, foi em pessoa a Verceli para assistir a um concílio que esta cidade convocara. Condenou-se nele o herege e seus escritos, condenou-se também e foi lançado ao fogo um livro de João Scoto Erígenes, isto é, Holandês por estar cheio de erros contrários à fé. Depois de ter apaziguado estas turbulências, recebeu Leão uma carta do Patriarca de Constantinopla, chamado Miguel Cerulário, que acusava a Igreja romana porque celebrava a missa com pão ázimo, isto é, sem fermento: jejuava aos sábados, deixava o Alleluia desde a Septuagésima até a Páscoa.

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Ainda não falam e já proclamam Cristo

Dos Sermões de São Quodvultdeus, bispo (Sermo 2 de Symbolo: PL 40, 655)

Nasceu um pequenino que é o grande Rei. Os magos chegam de longe e vêm adorar, ainda deitado no presépio, aquele que reina no céu e na terra. Ao anunciarem os magos o nascimento de um Rei, Herodes se perturba e, para não perder o seu reino, quer matar o recém-nascido. No entanto, se tivesse acreditado nele, poderia reinar com segurança nesta terra e para sempre na outra vida. Por que temes, Herodes, ao ouvir que nasceu um Rei? Ele não veio para te destronar, mas para vencer o demônio. Como não compreendes isso, tu te perturbas e te enfureces; e, para que não escape o único menino que procuras, tens a crueldade de matar tantos outros.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo IV

Século Décimo

O décimo século da Igreja foi assinalado por muitos deploráveis acontecimentos, devidos à prepotência exercida em Roma pelo conde Adalberto e por suas filhas Marósia e Teodora. Estas duas ambiciosas mulheres intro­duziram no Pontificado, por meio da força, os de seu partido, sem Consideração alguma a sua vir­tude e doutrina. Por isso, muitas vezes, fizeram-­se eleições nas quais, homens de pouca ciência e de não muito bons costumes eram preferidos a ou­tros que por doutrina e santidade eram os únicos que mereciam ser eleitos. Deve-se por outra par­te notar, que muitas coisas que se referem aos papas desta época, têm sido exageradas por histo­riadores posteriores e pouco inclinados à Igreja. Um cuidadoso estudo da história deste século pôs em claro que a calúnia e a maldade levaram vá­rios escritores a falar mal de alguns Papas, que autores imparciais acharam dignos dos maiores elogios. Igualmente deve-se fazer sobressair a especial assistência que prestou Deus a sua Igreja, posto que neste século, não houvesse heresia ou cisma, contra o qual fosse necessário convocar um concilio universal.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo III

Carlos Magno

Entre os reis escolhidos pela Providência para beneficiar de um modo especial a humanidade e a Religião deve-se certamente contar Carlos Magno, filho de Pepino, rei de França. Tendo os Longobardos devastado a Itália, despojaram de seu patrimônio aos pontífices, fazendo-lhes vis insultos. Pelos fins do século oitavo, governando a Igreja São Leão III, chegaram as coisas a tal ponto, que dois miseráveis tiveram o atrevimento de atirar-se sobre o Papa, e fazer-lhe graves feridas. Carlos Magno tendo-se feito protetor da Igreja, dirigiu-se para a Itália à frente de poderoso exército; passou o monte Cenis, derrotou, a poucas milhas de Susa, ao rei Desidério, que queria impedir-lhe o passo, restabeleceu a observância das leis por onde passava, e chegou finalmente a Roma. Carlos Magno ignorava por certo a recepção esplêndida que aquela cidade estava-lhe preparando. Adiantaram-se para recebê-lo o Papa, os príncipes, os barões romanos e franceses e uma multidão imensa de povo. Era dia de Natal, e o Papa, enquanto celebrava a Missa, disse em voz alta:
"A Carlos piíssimo, augusto, coroado por Deus, grande e pacífico imperador, vida e vitória!"
Todos os presentes repetiram por três vezes em voz alta as mesmas palavras. Fora de si Carlos Magno por aquelas inesperadas aclamações, não sabia o que dizer nem fazer. Então o Pontífice o consagrou Rei e pôs-lhe na cabeça a coroa imperial. Ano 800.

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