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Author page: Gabriel

Que o corpo de Cristo e a Sagrada Escritura são sumamente necessários à alma fiel Voz do discípulo

Livro IV. DEVOTA EXORTAÇÃO PARA A SAGRADA COMUNHÃO

Capítulo XI

Voz do discípulo 1. Ó dulcíssimo Senhor Jesus, quão grande é a doçura de uma alma devota que toma parte no vosso banquete, no qual outro manjar não há que se lhe ofereça, senão vós mesmo, seu único amado, suprema aspiração de todos os desejos de seu coração! Também a mim seria doce derramar em vossa presença lágrimas do mais terno amor e com a piedosa Madalena banhar os vossos pés com meu pranto; mas onde está essa devoção, onde essa copiosa efusão de santas lágrimas? Por certo, na vossa presença e na dos santos anjos, meu coração devia inteiramente ficar abrasado e chorar de alegria, pois vos tenho verdadeiramente presente no Sacramento, embora oculto sob estranhas espécies.

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Que não se deve deixar por leve motivo a sagrada comunhão

Livro IV. DEVOTA EXORTAÇÃO PARA A SAGRADA COMUNHÃO

Capítulo X

Voz do Amado 1. A miúdo deves recorrer à fonte da graça e divina misericórdia, à fonte de bondade e de toda pureza, para que possas ser curado de tuas paixões e vícios, e merecer ficar mais forte e vigilante contra todas as tentações e enganos do demônio. Sabendo o inimigo qual é o fruto e o eficacíssimo remédio que se encerra na santa comunhão, procura por todos os modos e em qualquer ocasião impedir e afastar dela, quanto pode, as almas fiéis e piedosas. 2. Pois a muitos sucede que, quando tratam de preparar-se para a santa comunhão, sofrem as piores sugestões de Satanás. Esse espírito maligno (como está escrito no livro de Jó 1,6) mete-se entre os filhos de Deus, para, com sua costumada malícia, perturbá-los ou torná-los demasiadamente tímidos e escrupulosos, a fim de lhes diminuir a devoção ou com suas investidas arrancar-lhes a fé, para que deixem de todo a comunhão ou só se lhe aproximem com tibieza. Mas não se há de fazer caso algum das suas manhas e sugestões, por mais torpes e horríveis que sejam; ao contrário, todas essas fantasias se hão de rechaçar sobre a sua cabeça. Desprezo e irrisão merece esse malvado, e por causa de suas investidas ou inquietações não se há de deixar a comunhão.

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Que devemos com tudo quanto é nosso oferecer-nos a Deus, e orar por todos

Livro IV. DEVOTA EXORTAÇÃO PARA A SAGRADA COMUNHÃO

Capítulo IX

Voz do discípulo 1. Senhor, vosso é tudo quanto existe no céu e na terra. Desejo oferecer-me a vós em oblação voluntária e ser vosso para sempre. Senhor, na simplicidade do meu coração me ofereço hoje a vós por servo perpétuo em obséquio e eterno sacrifício de louvor. Recebei-me com este santo sacrifício de vosso precioso corpo, que vos ofereço hoje na presença dos anjos, que a ele invisivelmente assistem, a fim de que sirva para minha salvação e de todo o povo. 2. Senhor, ofereço-vos sobre vosso altar de propiciação todos os meus pecados e delitos que tenho cometido em vossa presença e de vossos santos anjos, desde o dia em que pela primeira vez pequei até à hora presente, para que os consumais e queimeis no fogo de vossa caridade, também apagueis todas as manchas de meus pecados e purifiqueis minha consciência de toda a culpa e me restituais a vossa graça, que perdi pelo pecado, perdoando-me tudo plenamente e admitindo-me na vossa misericórdia ao ósculo da paz.

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Da oblação de Cristo na cruz e da própria resignação

Livro IV. DEVOTA EXORTAÇÃO PARA A SAGRADA COMUNHÃO

Capítulo VIII

Voz do Amado 1. Assim como eu a mim mesmo ofereci espontaneamente ao Pai eterno, com os braços estendidos e o corpo nu, de modo que nada restasse em mim que não fosse oferecido em sacrifício de reconciliação divina: assim também deves tu de coração oferecer-te voluntariamente a mim todos os dias na Santa Missa, em oblação pura e santa, com todas as tuas potências e afetos. Que outra coisa exijo de ti senão que te entregues inteiramente a mim? De tudo que me deres fora de ti, não faço caso; porque não busco teus dons, mas a ti mesmo.

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Do exame da própria consciência e propósito de emenda

Livro IV. DEVOTA EXORTAÇÃO PARA A SAGRADA COMUNHÃO

Capítulo VII

A Voz do Amado 1. Antes de tudo cumpre ao sacerdote de Deus, para celebrar, administrar e receber este Sacramento, que se aproxime com grandíssima humildade de coração e profundo respeito, com viva fé e piedosa intenção de honrar a Deus. Examina diligentemente a tua consciência, procura limpá-la e purificá-la, quanto puderes, com sincera contrição e humilde confissão, de sorte que nada tenhas ou saibas que te pese na consciência, que te cause remorsos e te estorve o livre acesso. Detesta todos os teus pecados em geral, e lamenta mais em particular as faltas cotidianas. E, se o tempo o permite, confessa a Deus, no recôndito de teu coração, toda a miséria de tuas paixões.

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Dos admiráveis frutos colhidos pelos que comungam devotamente

Livro IV. DEVOTA EXORTAÇÃO PARA A SAGRADA COMUNHÃO

Capítulo IV

1. Senhor, meu Deus! Preveni vosso servo com as bênçãos de vossa doçura, para que mereça digna e devotamente chegar-me a vosso augusto Sacramento. Despertai meu coração para vós e tirai-me deste profundo entorpecimento. "Visitai-me com vossa graça salutar” (Sl 105,4), para que goze em espírito vossa doçura, que com abundância está oculta neste Sacramento, como em sua fonte. Iluminai também meus olhos para contemplar tão alto mistério, e fortalecei-me para crer nele com fé inabalável. Porque é obra vossa e não de poder humano, sagrada instituição vossa, não invenção dos homens. Ninguém, com efeito, se si mesmo é capaz de conceber e compreender este mistério, que transcende à própria inteligência dos anjos. Que, pois, poderei eu, pecador indigno, pó e cinza, investigar e compreender de tão alto e sagrado mistério? 2. Senhor, na simplicidade do meu coração, com firme e sincera fé, e obedecendo a vosso mandado, me aproximo de vós com esperança e reverência e creio verdadeiramente que estais presente aqui no Sacramento, Deus e homem. Pois quereis que vos receba e me uno convosco em caridade. Por isso imploro vossa clemência e vos suplico a graça particular de que todo me desfaleça em vós e me consuma em amor, sem mais cuidar de nenhuma outra consolação. Porque este altíssimo e diviníssimo Sacramento é a saúde da alma e do corpo, remédio de toda enfermidade espiritual; cura os vícios, reprime as paixões, vence ou enfraquece as tentações, comunica maior graça, corrobora a virtude nascente, confirma a fé, fortalece a esperança, inflama e dilata a caridade.

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Da utilidade da comunhão freqüente

Livro IV. DEVOTA EXORTAÇÃO PARA A SAGRADA COMUNHÃO

Capítulo III

Voz do discípulo 1. Eis que venho a vós, Senhor, para aproveitar-me de vossa munificência, e deliciar-me neste sagrado banquete, que vós, Deus meu, preparastes, na vossa ternura, para o pobre. Em vós se acha tudo o que posso e devo desejar; vós sois minha esperança, fortaleza honra e glória. Alegrai, pois, hoje, a alma de vosso servo, porque a vós, Senhor Jesus, levantei a minha alma. Desejo receber-vos agora com devoção e reverência; desejo hospedar-vos em casa, para que, com Zaqueu, mereça ser abençoado e contado entre os filhos de Abraão. Minha alma suspira por vosso corpo; meu coração deseja ser convosco unido. 2. Dai-vos a mim e estou satisfeito; porque sem vós nada me pode consolar. Sem vós não posso estar, e sem vossa visita não posso viver. Por isso muitas vezes devo achegar-me a vós e receber-vos para remédio de minha salvação, a fim de não desfalecer no caminho quando estiver privado deste alimento celestial. Assim vós mesmo o dissestes uma vez, misericordiosíssimo Jesus, quando pregáveis e curáveis diversas enfermidades: "Não os quero despedir em jejum, para que não desfaleçam no caminho"(Mt 15, 32). Fazei também do mesmo modo comigo, pois ficastes neste Sacramento para consolação dos fiéis. Vós sois a suave refeição da alma, e quem dignamente vos receber se tornará participante e herdeiro da glória eterna. A mim, que tantas vezes caio e peco, tão depressa afrouxo e desfaleço, mui necessário me é que, com a oração, confissão e comunhão freqüente, me renove, purifique e afervore, para não abandonar meus santos propósitos, abstendo-me da comunhão por mais tempo.

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Como neste Sacramento se mostra ao homem a grande bondade e caridade de Deus

Livro IV. DEVOTA EXORTAÇÃO PARA A SAGRADA COMUNHÃO

Capítulo II

A Voz do discípulo 1. Confiado, Senhor, na vossa bondade e grande misericórdia, a vós me chego, qual enfermo ao médico, faminto e sequioso à fonte da vida, indigente ao Rei do céu, servo ao Senhor, criatura ao Criador, desconsolado ao meu piedoso Consolador. Mas donde me vem a graça de virdes a mim? Quem sou eu, para que vós mesmos vos ofereçais a mim? Como ousa o pecador aparecer diante de vós? e vós, como vos dignais vir ao pecador? Conheceis vosso servo e sabeis que nenhum bem há nele para que lhe presteis esse benefício. Confesso, pois, minha vileza, reconheço vossa bondade, louvo vossa misericórdia e dou-vos graças por vossa excessiva caridade. Por vós mesmos fazeis isso, não por meus merecimentos, mas para que vossa bondade me seja mais manifesta, maior caridade me seja infundida e a caridade me seja mais perfeitamente recomendada. Pois que assim vos apraz e assim ordenastes, a mim também me agrada vossa condescendência, e oxalá não ponham estorvo meus pecados! 2. Ó dulcíssimo e benigníssimo Jesus! louvor vos devo pela participação do vosso sacratíssimo corpo, cuja existência ninguém pode explicar! Mas que hei de pensar nesta comunhão, chegando-me a meu Senhor, a quem não posso devidamente honrar, e todavia desejo receber com devoção? Que coisa melhor e mais salutar posso pensar, senão humilhar-me totalmente diante de vós e exaltar vossa infinita bondade para comigo? Eu vos louvo, Deus meu, e vos engrandeço para sempre. Desprezo-me e a vós me submeto no abismo de minha vileza.

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