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Tag: virtudes

A Humildade nas Ações Exteriores

Parte III Capítulo IV

O profeta Eliseu mandou uma pobre viúva pedir emprestados aos vizinhos todos os vasos que pudesse e lhe disse que o pouco azeite ainda restante havia de correr tanto até enche-los todos. Isto nos mostra que Deus quer corações que estejam bem vazios, para os encher de Sua graça pela unção do Seu espírito; e é de nossa própria glória, Filotéia, que os devemos esvaziar. Diz-se que um certo passarinho, por nome tataranho, tem uma virtude secreta, no seu grito e nos seus olhos, de afugentar as aves de rapina e crê-se ser esta a razão da simpatia que as pombas lhe dedicam. Assim nós também podemos dizer que a humildade é o terror de Satanás, o rei do orgulho, que ela conserva em nós a presença do Espírito Santo e de Seus dons e que por isso foi tão apreciada dos santos e santas e tão querida dos Corações de Jesus e de sua Mãe.

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Continuação das Reflexões necessárias sobre a Escolha das Virtudes

Parte III Capítulo II

Diz muito opinadamente Santo Agostinho que muitos principiantes da devoção fazem coisas que julgando-se estritamente segundo as regras da perfeição, seriam censuráveis e que só se louvam neles como presságios e disposições, que são duma grande virtude. Aquele temor baixo e excessivo que produz escrúpulos fúteis na alma dos que saem do caminho do pecado, é considerado como uma virtude e presságio certo duma perfeita pureza de consciência no futuro; mas esse mesmo temor seria repreensível nos mais adiantados na perfeição, que se devem guiar pela caridade, a qual vai expulsando aos poucos o temor servil.

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A Escolha das Virtudes

Parte III Capítulo I

A rainha das abelhas nunca sai da colmeia, sem ser rodeada de todo o enxame de seu povinho, e a caridade nunca entra num coração senão como rainha, seguida de todas as outras virtudes, que aí introduz, dispõe em ordem, segundo a sua dignidade, e fá-las agir, regulando-lhes as funções mais ou menos como um capitão dirige e ordena os seus soldados; mas não as faz agir todas ao mesmo tempo nem do mesmo modo, nem a todo momento, nem em todos os lugares. O justo — diz David — será corno uma árvore plantada junto às correntes das águas, que a seu tempo dará o seu fruto, porque a caridade, animando o coração, o leva à prática de muitas boas obras, que são os frutos das virtudes, mas cada uma a seu tempo e em seu lugar. Esforça-te por compreender exatamente o provérbio da Escritura: A música, sendo em si tão agradável, é importuna no pranto.

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Terceira parte da Meditação: Os Afetos e as Resoluções

Parte II Capítulo VI

Por esta viva atenção de sua mente, a meditação excita na vontade inúmeras moções boas e santas, como o amor de Deus e ao próximo, o desejo da glória celeste, o zelo pela salvação das almas, o ardor para imitar a vida de Jesus Cristo, a compaixão, a admiração, a alegria e o temor de desagradar a Deus, o ódio ao pecado, o temor do juízo ou do inferno, a confusão dos pecados, o amor a penitência, a confiança na misericórdia de Deus e tantas outras em que te deves exercer e comover, quanto puderes, a tua alma. Se quiseres usar de algum livro, para te instruíres mais sobre este ponto, aconselho-te o primeiro tomo das “Meditações”, de D. André Capiglia, em cujo prefácio ele expõe a arte de exercitar-se nesta prática, ou então o Pe. Arias, que o faz ainda mais difusamente no seu “Tratado de Oração".

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Por que a Doença?

Meditação para o Dia 24 de Janeiro

Primeiro, porque Deus a permitiu, e tudo que Deus permite, estejamos bem certos disto, é para nosso bem. Depois, como a saúde, a doença é também um dom de Deus. Nosso Senhor nô-la dá para provar nossa virtude e corrigir-nos de nossos defeitos; para mostrar-nos a nossa fraqueza e os desabusar; para desapegar-nos do amor às coisas terrenas e dos prazeres sensuais; para amortecer o ardor impetuoso e diminuir as forças da carne, nosso grande inimigo; para nos lembrar que estamos aqui no exílio e que o Céu é a nossa verdadeira pátria; para dar-nos, enfim, todas as vantagens que se recolhem dessa provação, quando se aceita com gratidão, como um favor especial (1).

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Martírio de Alfinetadas

Meditação para o Dia 10 de Janeiro

As contrariedades e pequenos aborrecimentos de cada dia constituem o que Santa Teresinha chamava martírio de alfinetadas. Custam mais, às vezes, do que os grandes golpes. Ah! Mas são tão preciosas essas pequeninas cruzes! Nem sempre teremos ocasião de sofrer grandes provações e o martírio, mas teremos, todos os dias, a cada momento, os pequenos sacrifícios. Constantemente renovados, estes nos fornecerão quotidianamente muitas ocasiões para a prática das mais raras e sólidas virtudes, tais como a caridade, a paciência, a doçura, a humildade de coração, a benignidade, a renúncia ao nosso humor, etc. E essas pequenas virtudes quotidianas praticadas fielmente nos farão uma rica messe de graças e de méritos para a eternidade.

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Maria, oásis no Mundo Pervertido

Meditação para o Dia 11 de Dezembro

1. Já no Paraíso, Deus prometeu o redentor, mostrando assim a Sua misericórdia verdadeiramente infinita. Adiou, todavia, o cumprimento de Sua promessa, por muitos séculos, para que se tornasse bem visível a enorme miséria que resultou do pecado. Com poucas exceções, os homens todos se tinham afastado de seu Deus, adorando criaturas e entregando-se a indizíveis vícios. Por toda parte orgulho, egoísmo, impureza, crueldade. Quanto deves a Deus, que pela redenção transformou a terra de tal modo, que hoje é fácil salvar-te, desde que o queiras seriamente.

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Maria e José

Meditação para o Dia 10 de Dezembro

1. a) Conformando-se com a vontade de Deus, Maria Santíssima despojou-se com São José. Não receava por sua virgindade, que lhe era sobremodo cara; confiava tranquilamente na Onipotência divina, que de fato lha conservou. Aprende de tua Mãe a confiar, plenamente, em Deus, por maiores que sejam as tuas necessidades. b) Deus não quis que a pureza de Sua Mãe fosse exposta a alguma suspeita. Cuidas assim de tua boa reputação, e também do bom nome de teu próximo? Deus quis que o mistério da Encarnação, por algum tempo, fosse desconhecido pelo mundo. Escondes, do mesmo modo, o que talvez tens de bom e de louvável?

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As Portas de Belém

Menino Jesus reclinado em uma Manjedoura

Reclinou-O numa Manjedoura

Dos arredores de Belém, onde contemplávamos os pastores, vamos passar neste capítulo para a cidade, a cidadezinha onde Maria e José chegaram buscando pousada. Ao olhar para eles, procuraremos fazer uma meditação que seja, ao mesmo tempo, uma contemplação e um exame de consciência pessoal, como que um pequeno retiro espiritual de preparação para o Natal. Há uma coisa que vemos em todos os presépios: o lugar onde Jesus nasceu é desamparado, um pobre estábulo onde se recolhe o gado. Umas vezes, tem a aparência de uma gruta - assim deve ter sido na realidade - e outras, a de um telheiro ou galpão de adobe e tábuas, chão batido e palha. A tradição do presépio é fiel ao Evangelho (Lc 2, 1-7), pois nele se diz que Maria e José chegaram a Belém para se recensear, e

estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o numa manjedoura; porque não havia lugar para eles na estalagem.

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Verdadeira Virtude

Meditação para o Dia 08 de Outubro

1. "Eu vos digo que, se a vossa justiça não for maior e mais perfeita do que a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no reino dos céus". Jesus condena o proceder dos que aparentemente cumprem a lei, nutrindo, entretanto, no coração, aversões ilícitas, orgulho e outros vícios. Nada te valerá seres justo aos olhos dos homens, não o sendo também perante Deus. Não serve de desculpa o procedimento incorreto ou mau de outros, por mais numerosos que estes sejam. Jesus avisou a todos que é larga a estrada que leva ao inferno e estreita a que leva ao céu.

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