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Tag: vida dos santos

Eleição e vocação de São João

Capítulo 2: Eleição e vocação de São João

I

Havia um ano que João Batista pregava, anunciando a magnificência mais que humana d’Aquele «que estava entre os homens, mas que os homens ainda não conheciam». Quanto a Ele, reconhecera-O antes à margem do Jordão, e dava disso testemunho dizendo:

“Eu vi o Espírito Santo descer do céu em forma de pomba, e pairar sobre Ele. Eu o vi, e dei testemunho de que este é o Filho de Deus" (Jo 1, 32-34)

O filho de Zebedeu ainda não O tinha visto, mas tudo o que ouvia dizer desse Mestre sobre-humano incitava cada vez mais o desejo de conhecê-lO e despertava-lhe os primeiros ardores daquela caridade que ia tornar-se inseparável de seu nome. A escola de João Batista era para seu discípulo uma escola de doutrina superior e toda celestial, e ao mesmo tempo o noviciado de uma vida santamente contrita. Seguindo o exemplo do Mestre, dedicou-se ao nazaritismo, instituto de perfeição em que os Judeus se consagravam mais particularmente a Deus, fazendo voto de abster-se de qualquer licor fermentado e de deixar crescer intacta a cabeleira (Nm 6, 1-21). É de crer que recebera também o batismo do Precursor. Porém este rito exterior era apenas o sinal da pureza espiritual, e da renovação moral que o grande Profeta exigia, como preparação ao batismo d’AqueIe que devia batizar com o fogo e o Espírito. O discípulo bem o compreendera; preparara nele os caminhos do Senhor, e tornara retas suas veredas: o Senhor podia vir. Jesus Cristo, Filho de Deus, veio à Judeia nas margens do Jordão no 15° ano do reinado de Tibério, o 30° da era vulgar, e, segundo o cálculo de sábios cronologistas, no começo da primavera.

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O começo da vida de São João

Capítulo 1: O começo da vida de São João

I

A algumas léguas distante da aldeia de Nazaré, sobre um montículo que domina o lago de Tiberíades, o viajante avista grandes massas e ruínas paralelas à costa. Vários blocos de lava e pedra bruta denotam por sua disposição o recinto de uma antiga cidade. Dois destroços mais notáveis surgem desses escombros. Um, é o de um edifício de pequenas dimensões, situado perto da praia, e que apresenta esculturas, colunas e pilastras mais antigas que os muros. O outro, é um monumento de grande extensão, do qual só restam duas muralhas prestes a cair, porém ornada de belos fragmentos, de capitéis coríntios, de frisas mutiladas estendidas confusamente na relva que as oculta. O local dessas belas ruínas é desolado e morto. O lago banha tristemente as pedras amontoadas ou esparsas sobre a margem. Somente duas magníficas colunas de sienito (1) perfeitamente conservadas e unidas, erguem-se para o céu, como para marcar, por um emblema majestoso, o berço dos dois irmãos que foram indivisivelmente unidos na fé e no apostolado de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Que somos em comparação dos Santos?

Meditação para a Undécima Segunda-feira depois de Pentecostes. Sétima razão de sermos Humildes: Que somos em comparação dos Santos?

Meditação para a Undécima Segunda-feira depois de Pentecostes

Sétima razão de sermos Humildes

SUMARIO

Meditaremos sobre a sétima razão de sermos humildes, que é perguntarmos muitas vezes a nós mesmos: Que sou eu em comparação dos santos? E para compreendermos esta razão, consideraremos: 1.° Que para nos avaliarmos com exatidão, devemos tomar para pontos de comparação as virtudes dos santos; 2.° Que esta comparação é profundamente humilhante para nós. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De perguntarmos a nós mesmos:

Como faria um santo esta oração, esta obra; como empregaria este dia?

2.° De nos humilharmos cada dia, dizendo conosco:

Ó! Quão longe estou do que foram os santos!

O nosso ramalhete espiritual será a palavra de Davi:

"Eu me farei mais humilde do que me tenho feito" - Vilior fiam plus quam factus sum (2Rs 6, 22)

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Festa de São João Batista

Panegírico de São João Batista

Meditação para o dia 24 de junho, Panegírico de São João Batista

SUMARIO

Meditaremos sobre o zelo de São João Batista: 1.° Pela sua santificação; 2.° Pela santificação dos outros. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De não amarmos o mundo, e de lhe preferirmos a vida da família ou os encantos do lar doméstico; 2.° De procurarmos, como São João, progredir nas virtudes, principalmente na humildade e mortificação; 3.º De movermos ao bem todos os que nos cercam, com os nossos exemplos e conselhos. O nosso ramilhete espiritual será o elogio que Nosso Senhor fez de São João:

"Era uma alampada que ardia e alumiava" - Erat lucerna ardens et lucens (Jo 5, 35)

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Panegírico de Santo André, Apóstolo

Panegírico de Santo André, Apóstolo

Santo André, irmão de São Pedro, era como este um pescador do lago de Betsaida, e foi discípulo de São João Batista. São Pedro e ele foram os primeiros a quem Jesus Cristo chamou para seus apóstolos. Sofreu o martírio em Patras, na Achaia, onde tinha ido pregar o Evangelho. Segundo os Atos do seu martírio, o procônsul de Achaia mandou-o prender a uma cruz em forma de X (crux decussata), e a esta forma particular se deu depois o nome de cruz de Santo André.

Pregado nas Carmelitas do Faubourg Saint-Jacques, no dia 30 de novembro de 1668.

SUMÁRIO

O Exórdio, a Proposição e a Divisão. — (Não existem, porque talvez Bossuet os tivesse escrito num papel solto que porventura se perdeu). 1.º Ponto. — As circunstâncias da vocação dos Apóstolos provam a divindade do cristianismo; pois, com serem fracos, rudes e ignorantes, com ser difícil o intento a realizar e pouco eficazes os meios humanos, foram bem sucedidos na sua empresa. 2.º Ponto. — A pesca milagrosa simboliza a historia da Igreja. Para adquirirem maior liberdade, o cisma e a heresia rompem às vezes as redes da Igreja; porque no povo de Deus, como na rede dos Apóstolos, há um excesso que embaraça e compromete o bom êxito da pesca, na própria ocasião em que ela parece ser mais feliz. 3.º Ponto. — A exemplo de Santo André e dos Apóstolos, devem os cristãos ser submissos, crédulos e generosos. Os sacrifícios que fazem pela fé em breve são indenizados; pois o sacrifício dos Apóstolos e o dos mártires, animando as virtudes cristãs, asseguravam a glória e as vitória da Igreja. Peroração. — Para termos uma vida cristã é preciso combater incessantemente os impulsos do coração.

Venite post me, et faciam vos fieri piscatores hominum Vinde, após de mim, e eu vos farei pescadores de homens (Mc 4, 19)

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Festa de São José, Esposo da Virgem Maria

Pretiosa in conspectu Domini mors sanctorum eius - “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte de seus santos” (Sl 115, 15)

Sumário. Representemo-nos na casa de Nazaré para assistir à morte do Santo Patriarca. É opinião bem fundada que São José morreu por puro amor a Deus; porque teve a sorte ditosa de ser assistido por Jesus e Maria, que, com as palavras de vida eterna, que lhe dirigiam alternadamente naquelas extremas, inflamavam-lhe o amor. Se desejamos morrer devotos do grande Santo, imitemos-lhe as virtudes, particularmente o seu amor a Jesus e Maria.

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