Por Dom Henrique Soares da Costa Um católico verdadeiro procura compreender cada vez mais e melhor a fé à qual aderiu, procura colocar em diálogo a fé da Igreja com as situações sempre mutáveis do mundo, mas jamais adultera a fé recebida uma vez por todas. A doutrina da fé é viva e dinâmica por obra do Espírito Santo: desenvolve-se, amadurece, explicita-se, mas nunca se nega a si mesma ou se trai!
Além do mais, geração alguma de cristãos, pastores alguns, teólogos nenhuns, por competentes que sejam, podem colocar-se acima do que foi recebido pela Tradição oral e escrita (Sagradas Escrituras) da Igreja!
Por Pe. Ignace de La Potterie A Igreja celebrou há pouco com o Santo Natal o nascimento no tempo do Unigênito eterno Filho de Deus. Segundo uma teologia cada vez mais difusa, com a encarnação do Filho derivaria de maneira automática a atribuição imediata da filiação divina a cada homem. No sentido que todo homem, que o saiba ou não, que o aceite ou não, vive já radicalmente em Cristo. Segundo esta teologia, Cristo, ainda antes de ser o chefe da Igreja, é o chefe de toda a criação. Todo homem lhe pertence antes mesmo de ser alcançado e transformado pelo Seu Espírito. Esta concepção pretende encontrar um aval na afirmação de São Tomás de Aquino segundo o qual “considerando a generalidade dos homens, por todo o tempo do mundo, Cristo é o chefe de todos os homens, mas segundo graus diversos” (Summa theologiae III, 8,3) retomada da constituição pastoral Gaudium et spes do último Concílio:
“Com a encarnação o Filho de Deus uniu-Se de algum modo a todo homem” (22)