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Tag: sofrimento

O pobre Jesus

Meditação para Dia 28 de Março

1. a) "Então lhe cuspiram na face". A quem? A seu Criador e Salvador. Incrível atrevimento das criaturas! Incompreensível humildade de Jesus! Fizeste-lhe o mesmo, ao manchares tua alma com o pecado, pois tua alma é sua imagem. Arrepende-te. Faze mais: sofrendo injúrias, imita a mansidão de teu Salvador. b) "Deram-lhe bofetadas no rosto, dizendo: 'Adivinha, Cristo. Quem é que te bateu?'". Os insanos julgaram não ser conhecidos por Deus. Ele os conheceu, como te conhece a ti, tuas obras boas e más. E tu, pecado, sabias tudo isto!

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Do silêncio de Jesus no meio dos desprezos, das afrontas e dos sofrimentos

Capítulo XXVIII

Et quasi agnus coram tondente se obmutescet, et non aperiet os sum - "Semelhantemente a um cordeiro que se conserva mudo diante do tosqueador, não abrirá a sua boca." (Is 53, 7)

Já falíamos do silencio de Jesus no meio dos seus sofrimentos; mas é tão tocante ver este inocente Cordeiro opondo ao furor dos seus inimigos uma doçura e uma paciência tão incomparáveis, que mais uma vez imos deter-nos alguns instantes em considerar este espetáculo. Comecemos pelo ver em casa de Caifás: na presença deste pontífice é acusado de inúmeros crimes; mas ele guarda silencio: Jesus autem tacebat. Em casa de Herodes enchem-no de desprezos; ele sofre tudo sem dizer uma só palavra. Fazem-no sofrer uma cruel flagelação: não reclama contra a injustiça deste castigo. Os algozes em seu furor excedem muito o numero dos golpes prescritos pela lei: ele não se queixa.

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Jesus, condenado à morte, leva a sua cruz ao Calvário

Capítulo XXVI

Et bajulans sibi crucem, exivi in eum qui dicitur Calvariae locum - "E tomando a sua cruz, caminhou para o lugar chamado Calvário" (Jo 19, 17)

Depois da flagelação de nosso Senhor, vendo-o Pilatos reduzido a um estado tão digno de compaixão, julgou apaziguaria os seus inimigos com lh’o mostrar somente. Conduziu-o pois a uma espécie de balcão, e mostrando-os aos judeus, lhes disse:

“Eis o homem!”

O povo emudeceu, e começava talvez a ganhar a compaixão, mas os príncipes dos sacerdotes e seus ministros bradaram, ao vê-lo:

“Crucifica-o, crucifica-o!”

Pilatos caído da sua esperança diz-lhe agrément:

“Pois bem! Tomai-o vós mesmos e crucificai-o; eu não acho nele causa para o condenar”

Os judeus lhe responderam:

“Nós temos uma lei e segundo esta lei deve morrer porque se fez Filho de Deus. .. Demais, se o não condenas à morte, não és amigo de Cesar”

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É por amor nosso e por causa do pecado que Jesus foi coberto de chagas

Jesus Cristo Chagado

Capítulo XXV

Ipse autem vulneratus est propter iniquitates nostras, attritus est propter scelera nostra - "Foi coberto de chagas por causa de nossas iniquidades; foi dilacerado para expiar os nossos crimes" (Is 53, 5)

O mínimo tormento sofrido por nosso Salvador era seguramente mais que suficiente para satisfazer à justiça de Deus, e apagar os pecados do mundo: mas o amor que nos tinha não se pôde contentar com isso. Afim de expiar os nossos crimes e até para nos provar a grandeza da sua ternura para conosco, o nosso Redentor quis ser, na frase de Isaías, vulneratus e attribus, isto é, coberto de chagas desde os pés até à cabeça, de tal sorte que o seu adorável corpo não oferecia parte alguma sã. Assim Isaías o compara a um leproso: Et dos putavimus eum quasi leprosum, et percussum a Deo et humilhatum (Is 53, 4). Quando com os olhos da fé se considera Jesus todo coberto de chagas, quando se contempla o seu corpo horrivelmente rasgado e a cair em pedaços ensanguentados, é fácil compreender quão grande é o amor deste divino Salvador por nós. Ó homem, exclama Santo Agostinho, reconhece quanto vales, aprende que reconhecimento não deves ao teu Deus; aprende qual é a tua dignidade pelo que lhe custou a resgatar-te: vê agora quão infame seria ultraja-lo ainda com teus pecados; sabe pôr um freio às tuas paixões e um termo ás tuas desordens.

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Cristo entregue por um apóstolo!

Meditação para Dia 18 de Março

1. a) "Levantai-vos! Vamos. Eis aí vem chegando o que me há de entregar". Que mudança! Aflito antes até à morte, Jesus enfrenta agora seus inimigos, cheio de grandeza e força. É esta a consequência da contínua oração. Deus não elimina do gênero humano o sofrimento, mas lhe dá a força para suportá-lo. Serás pusilânime, se não rezares. b) Que se terá passado na alma de Jesus, ao ser preso! Deus, preso por suas criaturas! O inocente, pelos culpados! Cristo, por ti!...

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Conforto para novos sofrimentos

Meditação para Dia 16 de Março

1. a) "Então lhe apareceu um anjo do céu que o confortava". É este o fruto da oração de Jesus. Sê fiel a Deus na provação. No auge da dor, quando mais o precisares, Deus te consolará. b) Quanta humildade a de Jesus! Em sua infância e durante sua vida aceitou, como se deles precisasse, os serviços e os cuidados por parte dos homens; agora aceita a consolação dum anjo. Se o Criador se deixa consolar pela criatura, rejeitarás orgulhoso o conselho e o auxílio de teus semelhantes ou súditos? Fica sabendo que nesta vida ninguém é seu próprio condutor.

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Do ardente desejo que teve Jesus de sofrer por nós

Capítulo XVI

Baptismo habeo baptisari, et quomodo coarctor un perficiatur? - "Eu tenho de ser batizado num batismo de sangue, e quão grande não é a minha angustia até que ele se conclua?" (Lc 22, 50)

Desiderio desideravi hoc pascha manducare vobiscum - "Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão." (Lc 22, 15)

Que enérgicas expressões! Oh! Como eles pintam ao vivo o incompreensível desejo que Jesus tinha de sofrer e imolar-se por nós! Bem se deixa ver que saem da abundância do coração daquele que disse:

“Eu vim trazer fogo à terra e que quero eu, senão que ele se acenda?”

Ó filhos de Adão, compreendestes esta palavra do vosso Deus:

“Eu vim trazer à terra o fogo do meu amor e o meu mais ardente desejo é ve-lo atear-se no coração de todos os homens?”...

Ó meu Jesus, que tão grandes bens pois cuidáveis vós poder ganhar do amor das criaturas que para o obter assim quisestes morrer e tanto ansiastes esse desejo da vossa morte?

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Toda a vida do nosso Divino Salvador foi um martírio contínuo

Cristo, Homem das Dores (Carlo Dolci)

Capítulo XV

Viram dolorum - "Jesus foi um homem de dores" (Is 53, 3)

Sim, verdadeiramente Jesus foi um homem de dores; sua vida foi toda de sofrimentos interiores e exteriores; foi um martírio continuo, um martírio mil vezes mais cruel do que podemos imaginar. Que não teve ele de sofrer durante os nove meses que passou no casto seio de sua mãe? É certo que gozava de toda a sua razão e tinha o mais fino sentimento de todos os seus sofrimentos. Que horrorosa posição esta! Oh! sempre muito amor era preciso haver no coração deste bom Mestre, pois para no-lo testemunhar quis encerrar-se numa tão incomoda prisão! E em seu nascimento o que não sofreu? Ele a nascer num curral, ele exposto às injurias do tempo, ele a tremer de frio, ele a chorar. Por toda a parte o acompanham os sofrimentos, nem um instante o deixam. Se sai do presépio de Belém, é para derramar as primícias do seu sangue; mais tarde um pouco essa sua mesma pátria forçado se viu a deixar e fugir para terra estrangeira, afim de escapar ao furor de um rei ímpio e sanguinário. Por toda a sua vida terá que sofrer os incômodos da pobreza, e terminá-lo-á sim, terminará essa vida de angustias por uma cruel morte! Eis aqui pois, ó meu Jesus! o que por mim tendes sofrido; Ah! Bem justo é que por vosso amor também eu sofra alguma coisa. Fazei-me a graça, eu vos suplico, de sequer ao menos suportar com paciência e resignação as penas desta vida corruptível.

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Santa resignação

Meditação para Dia 14 de Março

1. Se Jesus tantas vezes, com santa impaciência, tinha predito e aguardado sua paixão, por que exclama agora no horto das Oliveiras:
"Pai meu, se é possível, passe de mim este cálice?"
É porque tinha assumido toda a fragilidade da nossa natureza, que se assusta ante todo o sofrer. E que sofrimentos inauditos os que esperavam o Cordeiro Imaculado!... Mas Jesus acrescenta "se é possível", isto é, salvar o gênero humano sem tão grande sofrimento e terrível morte. Seu amor transluz de todas as palavras. Por mais que o assuste a paixão, prefere sofre-la a nos ver condenados para sempre. Tudo por nós! Tudo por ti!

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Jesus triste até à morte

Meditação para Dia 13 de Março

1. a) Por excesso de amor Jesus sujeitou-se a sofrer tristeza e aflição mortais no monte das Oliveiras. Via diante de si todas as fases de sua paixão e morte, da qual se horrorizava sua natureza humana. b) Mais ainda, oprimia-o o peso dos pecados cometidos desde Adão até ao fim do mundo; pecados de omissão, de pensamentos, de palavras e obras; pecados sem número. Viu também os teus. Sofreu excessiva dor, prevendo, na ingratidão humana, a causa do desaproveitamento dos frutos da sua paixão.

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