Meditação para a Undécima Quarta-feira depois de Pentecostes
Nona razão de sermos Humildes
SUMARIO
Meditaremos sobre uma outra razão de sermos humildes: é o amor que Deus tem às almas humildes. 1.° Comprovaremos este amor; 2.° Estudaremos os seus admiráveis efeitos. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De não nos desculparmos, quando nos repreenderem e nada nos obrigar a desculparmo-nos; 2.º De consentirmos em passar por um homem inepto, sem inteligência, sem memória. O nosso ramalhete espiritual será a palavra do Salmista:"Deus olha para os humildes" - Deus humulia... respicit (Sl 112, 5)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 5, 20-24
20Porque Eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu.» 21«Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo. 22Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o tribunal; quem lhe chamar ‘imbecil’ será réu diante do Conselho; e quem lhe chamar ‘louco’ será réu da Geena do fogo. 23Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta.
Meditação para a Terça-feira da 4ª Semana depois da Epifania
SUMARIO
Terminaremos as nossas visitas ao berço do Verbo Encarnado, que nos ensinará a simplicidade cristã. Veremos: 1.° O que é simplicidade cristã; 2.º Qual é a excelência desta virtude. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De termos horror a toda a dissimulação, a toda a dobrez e mentira; 2.° De tendermos para Deus unicamente em todas as coisas sem outro intuito senão o de Lhe agradar. O nosso ramalhete espiritual será a máxima do Espírito Santo:"Aquele que anda em simplicidade, anda afoitamente" - Qui ambulat simpliciter, ambulat confidenter (Pr 10, 9)
Capítulo XLIV
Deus ama-nos: não o podemos duvidar depois de tudo o que ele fez por nós. Ama-nos com a mais viva ternura e como se fôramos necessários à sua felicidade: ama-nos, apesar das nossas ingratidões, apesar das nossas misérias; ama-nos e quer de nós ser amado.Nos ergo diligamus Deum, quoniam Deus prior dilexit nos - "Amemos pois a Deus, porque Deus nos amou primeiro" (1Jo 4, 19)
Mas não contente com nos incitar a ama-lo pela multidão de seus benefícios, não contente com atrair-nos ao seu amor pelas mais doces expressões, Ele nos ordena expressamente:“Meu filho, diz ele a cada homem em particular, meu filho, tu a quem eu criei, a quem eu remi, a quem eu acumulei de benefícios, dá-me o teu coração; uma só coisa te peço: que me ames”
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças”