Por Dom Henrique Soares da Costa
“Todos ficavam admirados com o Seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas”
Caríssimos, hoje a Palavra a nós proclamada mostra o Senhor ensinando. O Evangelho nos dá conta de que Seu ensinamento causava admiração. E por quê? Porque Jesus não é um simples mestre, um mero rabi... Vós escutastes na primeira leitura o que Moisés prometera – ou melhor, o que Deus mesmo prometera pela boca de Moisés: “O Senhor teu Deus fará surgir para ti, da tua nação e do meio de teus irmãos, um profeta como eu: a ele deverás escutar!” Eis! Moisés, o grande líder e libertador de Israel, aquele através do qual Deus falava ao Seu povo e lhe dera a Lei, anuncia que Deus suscitará um profeta como ele. E os judeus esperavam esse profeta. Chegaram mesmo a perguntar a João Batista:
“És o Profeta?” (Jo 1,21), isto é,
“És o Profeta prometido por Moisés?”. Pois bem, caríssimos:
esse Profeta, esse que é o Novo Moisés, esse que é a própria Palavra de Deus chegou: é Jesus, nosso Senhor! Como Moisés, Ele foi perseguido ainda pequeno por um rei que queria matar as criancinhas;
como Moisés, Ele teve que fugir do tirano cruel,
como Moisés, sobre o Monte – não o Sinai, mas o das Bem-aventuranças – Ele deu a Lei da Vida ao Seu povo;
como Moisés, num lugar deserto, deu ao povo de comer, não mais o maná que perece, mas aquele pão que dura para a Vida eterna.
Jesus é o verdadeiro Moisés; e mais que Moisés, “
porque a Lei foi dada por meio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1,17).
Jesus é a plenitude da Lei de Moisés,
Jesus não é somente um profeta, mas é o próprio Deus, Senhor dos profetas, Senhor de Moisés!
Moisés deu testemunho Dele no Tabor e cairia de joelhos a Seus pés se O encontrasse.
Jesus, caríssimos, é a própria Palavra do Pai feita carne, feita gente, habitando entre nós!