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Tag: paixão de cristo

O pecado renova a Paixão de Jesus Cristo

Paixão de Cristo

Rursum crucifigentes sibimet ipsis Filium Dei, et ostentui habentes - “Eles outra vez crucificam o Filho de Deus para si próprios e o expõem à ignomínia” (Hb 6, 6)

Sumário. Quem comete o pecado, contraria todos os desígnios amorosos de Jesus Cristo, inutiliza para si os frutos da Redenção, e, como diz São Paulo, pisa o Filho de Deus aos pés, despreza e profana seu sangue e renova a sua paixão e morte. Portanto, especialmente neste tempo de carnaval o Senhor é cada dia crucificado milhares de vezes. Imagina que são tantos os Calvários quantos são os antros do pecado. Ai, meu pobre Senhor!

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Da gratidão para com as dores de Maria Santíssima

Nossa Senhora das Dores

Honora patrem tuum: et gemitus matris tuae ne obliviscaris - “Honra a teu pai e não te esqueças dos gemidos de tua mãe” (Ecle 7, 29)

Sumário. Posto que a morte de Jesus Cristo fosse suficiente para remir uma infinidade de mundos, quis todavia a Santíssima Virgem, pelo amor que nos tem, cooperar para a nossa salvação, preferindo sofrer toda espécie de dores a ver nossas almas sem redenção e na antiga perdição. É nosso dever respondermos a tamanho amor da Rainha dos Mártires, ao menos pela compaixão de suas dores e pela imitação de seus exemplos.

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Coração de Jesus, aflito pelo pecado de escândalo

Coração de Jesus, aflito pelo pecado de escândalo

Videte ne contemnatis unum ex his pusillis - “Vede, que não desprezeis um só destes pequeninos” (Mt 18, 10)

Sumário. O Filho de Deus baixou do céu à terra por amor das almas, levou durante trinta e três anos uma vida de privações, e de trabalhos, e afinal chegou a derramar por elas o seu preciosíssimo sangue. Julgai, por estas razões, quão amargo é o desgosto que os escandalosos causam a Jesus Cristo; por Lhe roubarem e mesmo matarem tantas filhas tão diletas. Para não amargurarmos mais esse Coração amabilíssimo, guardemo-nos de dar mau exemplo ao nosso próximo, ainda que seja em coisas leves.

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Comemoração da agonia e oração de Jesus no Horto

Agonia e oração de Jesus no Horto

Et factus in agonia prolixius orabat - “E, posto em agonia, orava (Jesus) com maior instância” (Lc 22, 43)

Sumário. Imaginemos ver a Jesus, que, pela previsão dos tormentos e ignomínias que o esperavam, e muito mais da ingratidão com que os homens lhe haviam de pagar, cai em agonia no Horto e sua sangue; mas nem assim deixa de rogar a seu eterno Pai. É este o exemplo que devemos seguir, quando nos achamos em aflição e desolação. Unamos então as nossas penas às de Jesus; mas não deixemos de orar e de repetir com Ele: Pai, seja feita a vossa vontade.

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Deus morre para satisfazer pelo pecado

Meditação para o Dia 13 de Maio

1. Na cruz está agonizante, entre indizíveis tormentos, o Mártir divino. É teu Salvador, pois nasceu, viveu, ensinou, padeceu e morreu para te salvar. Outro, a não ser Ele, isto é, Deus, não podia apagar as manchas feias do pecado e curar as chagas terríveis que ele causou. A ofensa ao Infinito reclamava uma reparação infinita. O pecado é, pois, a causa da morte de Deus Filho. Em seus ombros carregou os pecados de todo o mundo, de todos os países, de todas os tempos. Talvez tivesse sentido os teus como muitos pesados e dolorosos. Os judeus eram os instrumentos culpados da justiça divina, mas tu e os demais pecadores a verdadeira causa. Vê quanto custou a Deus tua libertação!

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Aleluia! Jesus vive!

Meditação para o Domingo da Ressurreição

1. "Na verdade, que o Senhor ressuscitou". Segue a alegria ao pranto. Trinta e três anos de vida penosa, de trabalhos e sacrifícios sem número, precederam à ressurreição de Jesus. Num instante agora fecharam-se as chagas do corpo desfigurado, brilhando este em formosura sobrenatural. Cessou a dor para sempre e o antigo sofrimento só serve para maior glória de Jesus. Sofre, pois, com teu Salvador, e serás, como Ele, glorificado rica e eternamente. O que são os gozos da terra, comparados aos infinitos do céu?

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Maria sem seu Filho

Meditação para o Sábado de Aleluia

1. a) Que triste soledade a de Maria, ver-se sem seu Filho! E sem tal Filho! Que tristeza, para o mundo todo, estar sem seu Deus! Ser a causa de sua morte! b) Só há um, José de Arimatéia, que pede o corpo do Salvador, morto na cruz. Quão pequeno é o número dos amigos de Jesus! José, antes tinha receado mostrar-se discípulo de Cristo. O fruto da paixão dá-lhe agora a necessária coragem para a confissão franca de sua fé, sem medo, sem rodeios. E tu?...

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O Paraíso

Entrada do Céu

Capítulo XLVI

Oculus non vidit, nec auris audivit, nec in cor hominis ascendit quae praeparavit Deus iis qui diligunt illum - "O olho não viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais veio ao coração do homem o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1Cor 2, 9)

O paraíso! O paraíso!... Ah! Deus meu! Ao só pensar nesta bela mansão, minha alma se inunda de consolações, meu coração desfalece de alegria e de amor, e meus olhos se convertem em duas fontes de lágrimas. Ao pensar no paraíso compreendo que não há proporção entre as penas desta vida e a recompensa que na outra nos está preparada. Ao pensar no paraíso, os sofrimentos tornam-se-me delicias, as humilhações e desprezos revestem-se-me de encantos, e as mais pesadas cruzes me parecem fazer-se leves.

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Morte do Filho de Deus

Meditação para a Sexta-feira Santa

1. "Ó vós que passais pelo caminho, atendei e vede se há dor semelhante à minha dor". Contempla teu Jesus pregado na cruz e agonizante.

"Transpassaram minhas mãos e meus pés; contaram todos os meus ossos"

Seu corpo, da planta dos pés até à cabeça, é perfurada com espinhos. Sua alma sofre o maior desamparo espiritual. Cercam-no inimigos que o insultam e lhe amarguram até os últimos instantes da vida. Poderás jamais pagar a Jesus o que Ele por ti sofreu?

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Que doce e amável é o jugo do Senhor! Só levando-O podemos ser felizes

Pegue sua cruz e segue-me!

Capítulo XLV

Venite ad me, omnes qui laboratis et onerati estis, et ego reficiam vos. Tollite jugum meum super vos, et invenietis requiem animabus vestris, jugum enim meum suave est, et onus meum leve - "Vinde a mim todos que andais em trabalho e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e achareis descanso para as vossas almas, porque o meu jugo é suave, e o meu peso leve" (Mt 11, 28-30)

Os homens buscam naturalmente a felicidade; para a conquistarem sacrificam muitas vezes o repouso e a saúde, expõem até a vida aos maiores perigos; mas quantos a acham? Ai! Ainda se com todos os seus esforços alguns chegassem a consegui-la! Donde procede isto? É que eles a procuram onde ela não existe; querem ser felizes, mas procurar a felicidade onde ela reside não querem. Querem achá-la nas riquezas, nos prazeres dos sentidos, nas honras, na ciência; mas cedo ou tarde se convencem que tudo isto não lhes pode de modo algum contentar o coração. Vede este homem: toda a vida trabalhou por adquirir riquezas; no meio de tantos trabalhos, tantas fadigas, tantas vigílias um só pensamento o sustentava, o pensamento da felicidade. Agora que ele nada no seio da abundância, que vive no meio dos seus tesouros, que tudo parece sorrir-lhe, agora por certo é feliz. Ai! Reconhece que suas riquezas estão abaixo de si, e que não é para elas que foi feito; sente que, longe de lhe darem a felicidade, só lhe dão inquietações e cuidados; não lhe falta nada, e está devorado de desejos sempre renascentes; queria repouso, e ei-lo em incessante movimento por causa destas mesmas riquezas. Pobre infeliz! Tantas fadigas para adquirir seus tesouros, para agora só os possuir com temor, e os perder com dor!

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