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Tag: morte

Certeza da Morte

Ampulheta

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO IV

Statutum est hominibus semel mori - "Foi estabelecido aos homens morrer uma só vez" (Hb 9, 27)

PONTO I

A sentença de morte foi escrita para todo o gênero humano: é Homem, deves morrer. Dizia Santo Agostinho:
"Só a morte é certa; os demais bens e males nossos são incertos"
É incerto se o recém-nascido será rico ou pobre, se terá boa ou má saúde, se morrerá moço ou velho. Tudo isto é incerto, mas é indubitavelmente certo que deve morrer.

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Brevidade da vida

Nossa vida é muito breve, tal qual uma brisa que passa

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO III

Quae est vita vestra? Vapor est ad modicum - "Que é vossa vida? É vapor que aparece por um instante" (Tg 4, 14)

PONTO I

Que é nossa vida? Assemelha-se a um tênue vapor que o ar dispersa e desaparece completamente. Todos sabemos que temos de morrer. Muitos, porém, se iludem, imaginando a morte tão afastada que jamais houvesse de chegar. Jó, entretanto, nos adverte que a vida humana é brevíssima:
"O homem, vivendo breve tempo, brota como flor e murcha" (Jó 14, 1-2)

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Acusação da alma no juízo particular

suspiro

Quid faciam, cum surrexerit ad iudicandum Deus? Et cum quaesierit, quid respondebo illi? - “Que farei quando Deus se levantar para me julgar? E quando me perguntar, que lhe responderei?” (Jó 31, 14)

Sumário. Logo que o homem expira, assentar-se-á contra ele o juízo. Virão depois os acusadores, particularmente o demônio, que o tentou durante a vida e o Anjo da guarda, cujas inspirações desprezou. Jesus Cristo mesmo, que a tudo esteve presente, será, ao mesmo tempo, testemunha e juiz. Dize-me: que responderemos a tais acusadores se tivermos a desgraça de morrer em pecado?... E se a morte nos colhesse nesta noite, qual seria a nossa sentença?

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O corpo na tumba

tumulo

Subter te sternetur tinea, et operimentum tuum erunt vermes - “Debaixo de ti se estenderá por cama a polila, e a tua coberta serão os bichos” (Is 14, 11)

Sumário. Meu irmão, para ver melhor o que és, aproxima-te de um túmulo. Eis como daquele cadáver sai uma matéria infecta, na qual se gera uma multidão de vermes que se nutrem da carne. Caem as faces, os lábios, os cabelos. E finalmente, daquele corpo nutrido com tanta delicadeza, causa talvez de tantas ofensas do Senhor, não resta nada senão um esqueleto fétido, um punhado de pó. Quantos têm, à vista de um cadáver, deixado o mundo e entrado numa ordem religiosa!

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Tudo se acaba com a morte

A morte de Alexandre Magno
A morte de Alexandre Magno

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO II

Finis venit; venit finis - "O fim chega; chega o fim" (Ez 7, 6)

PONTO I

Os mundanos só consideram feliz a quem goza dos bens deste mundo: honras, prazeres e riquezas. Mas a morte acaba com toda esta ventura terrestre. "Que é vossa vida? É um vapor que aparece por um momento" (Tg 4, 15). Os vapores que a terra exala, quando sobrem ao ar, sob o efeito dos raios solares oferecem, às vezes, aspecto vistoso; mas quanto tempo dura essa aparência brilhante? Ao sopro do menor vento, tudo desaparece. Aquele poderoso do mudo, hoje tão acatado, tão temido e quase adorado, amanhã, quando estiver morto, será desprezado, olvidado e amaldiçoado.

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O dia da desilusão

Vela

Tire o maior proveito desta Meditação seguindo os passos para se fazer a Oração Mental proposta por Santo Afonso!

Dormierunt somnum suum, et nihil invenerunt omnes viri divitiarum in manibus suis - “Dormiram o seu sono e nada acharam nas suas mãos todos estes homens de riquezas” (Sl 75, 6)

Sumário. O dia da morte é chamado dia de desilusão, porque nesse dia de verdade, à luz da vela mortuária, se vêem as coisas deste mundo bem diferentes do que agora nos aparecem. Se, pois, quisermos avaliar bem as honras, as dignidades, os prazeres, as riquezas, imaginemos estar no leito de morte; contemplemos dali os bens deste mundo e digamos: No fim da vida não se fará caso de tudo isso, mas somente daquilo que nos acompanha para a eternidade: De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro?

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A morte despoja-nos de tudo

A morte despoja-nos de tudo

Tire o maior proveito desta Meditação seguindo os passos para se fazer a Oração Mental proposta por Santo Afonso!

Divitias, quas devoravit, evomet, et de ventre illius extrahet eas Deus - “Vomitará as riquezas que devorou, e Deus lh´as fará sair das entranhas” (Jó 20, 15)

Sumário. Os mundanos só consideram felizes os que podem gozar os bens deste mundo, os prazeres, as riquezas e as grandezas. Mas a morte põe fim a todos estes gozos terrestres, porque então tudo se há de deixar. Vê esse grande do mundo, cortejado hoje, temido e quase adorado; amanhã, quando estiver morto, será desprezado de todos, não se fará mais caso de suas ordens; será expulso de seu palácio e atirado a uma cova para apodrecer. Entretanto que será de sua alma?... Desgraçada, se vier a cair no inferno!

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O nada dos bens do mundo

po

Tire o maior proveito desta Meditação seguindo os passos para se fazer a Oração Mental proposta por Santo Afonso!

In manu eius statera dolosa, calumniam dilexit - “Na sua mão está uma balança enganosa; amou a calúnia” (Os 12, 7)

Sumário. É preciso pesar os bens na balança de Deus e não na do mundo enganador. Olhemos não somente os bens que possui tal Senhor, mas atentemos também no que leva consigo na morte. Perguntemos a todos esses ricos, sábios, príncipes e imperadores, que entraram na eternidade e estão queimando no inferno: Que vos restou das pompas, delícias e riquezas gozadas na terra? Todos respondem: “Nada! Os nossos gozos passaram qual sombra, e nada nos resta senão uma eterna desesperação.” Sirva a desgraça dos outros de exemplo para nós!

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Da morte

Vida, Morte e Tempo - Memento Mori (Philippe de Champaigne's Vanitas 1.671)
Vida, Morte e Tempo - Memento Mori (Philippe de Champaigne's Vanitas 1.671)

Tire o maior proveito desta Meditação seguindo os passos para se fazer a Oração Mental proposta por Santo Afonso!

Estole parati; quia qua nescitis hora Filius hominis venturus est - “Estai preparados; porque, não sabeis a hora em que o Filho do homem há de vir” (Mt 24, 44)

Sumário. A morte é certa, mas não se sabe quando virá. Quantas mortes são repentinas! Quantos à noite têm ido deitar-se sãos e pela manhã apareceram mortos! Não pensavam morrer assim, mas morreram; e se estavam em pecado, acham-se agora ardendo no inferno, onde estarão por toda a eternidade. Para que não nos suceda a mesma desgraça, aproveitemos o conselho de Jesus Cristo, e preparemo-nos para morrer bem, antes que a morte venha: Estote parati — “Estai preparados”.

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Como devemos preparar-nos para a morte

Vida, Morte e Tempo - Memento Mori (Philippe de Champaigne's Vanitas 1.671)
Vida, Morte e Tempo - Memento Mori (Philippe de Champaigne's Vanitas 1.671)

Tire o maior proveito desta Meditação seguindo os passos para se fazer a Oração Mental proposta por Santo Afonso!

Dispone domui tuae, quia morieris tu et non vives - “Dispõe de tua casa, porque morrerás e não viverás” (Is 38, 1)

Sumário. A experiência prova que morrem felizmente os que, no último momento, estão já mortos para o mundo, isto é, desligados dos bens de que nos deve separar a morte. É, pois, preciso que desde já aceitemos a privação dos bens, a separação dos parentes e de todas as coisas da terra, lembrando-nos que, se não o fizermos voluntariamente agora, necessariamente teremos de o fazer na morte, mas com risco da salvação eterna. Quem ainda não escolheu um estado de vida, tome aquele que houvera querido escolher na hora da morte.

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