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Tag: misericórdia

Virtudes praticadas pelo leproso e pelo centurião

O Centurião Romano que acreditava em Cristo

3º Domingo que sobrou depois da Epifania¹

Amen dico vobis: non inveni tantam fidem in Israel - “Em verdade vos digo: não achei tamanha fé em Israel” (Mt 8, 10)

Sumário. O leproso e o centurião, desejosos, um de obter a própria cura, outro a de seu servo, recorrem a Jesus Cristo com fé viva, com abandono perfeito a Deus e com humildade profunda; e por isso foram atendidos. Se nós também quisermos obter as graças desejadas, imitemos tão belos exemplos, cada vez que tratarmos com Deus na oração e particularmente quando recebermos a santa comunhão.

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Do Número dos Pecados

Virar as costas á Deus

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XVIII

Quia non profertur cito contra malos sententia, ideo filii hominum perpetrant mala - "Porquanto o não ser proferida sentença logo contra os maus, é causa de os filhos dos homens cometerem crimes sem temor algum" (Ecl 8, 11)

PONTO I

Se Deus castigasse imediatamente a quem o ofende, não se veria, sem dúvida, tão ultrajado como o é atualmente. Mas, porque o Senhor não sói castigar logo, senão que espera benignamente, os pecadores cobram ânimo para ofendê-lo. É preciso, porém, considerar que Deus espera e é pacientíssimo, mas não para sempre. É opinião de muitos Santos Padres (de São Basílio, São Jerônimo, Santo Ambrósio, São Cirilo de Alexandria, São João Crisóstomo, Santo Agostinho e outros) que Deus, assim como determinou para cada homem o número dos dias de vida, e dotes de saúde e de talento que lhe quer outorgar (Sb 11,21), assim, também, contou e fixou o número de pecados que lhe quer perdoar. E, completo esse número, já não perdoa mais, diz Santo Agostinho. Eusébio de Cesaréia e os outros Padres acima citados afirmam o mesmo. E não falaram estes Padres sem fundamento, mas baseados na Sagrada Escritura. Diz o Senhor, em certo lugar do texto, que adiava a ruína dos amorreus porque ainda não estava completo o número de suas culpas (Gn 15,16). Em outra parte diz:
“Não terei no futuro misericórdia de Israel (Os 1,6). Já por dez vezes me provocaram. Não verão a terra” (Nm 14,22-23)
E no livro de Jó se lê:
“Tendes selado, como num saco, as minhas culpas” (Jó 14, 17)
Os pecadores não tomam conta dos seus delitos, mas Deus enumera-os bem, a fim de os decifrar quando a seara estiver madura, isto é, quando estiver completo o número de pecados (Joel 3,13). Em outra passagem lemos:
“Não estejas sem temor da ofensa que te foi perdoada e não amontoes pecado sobre pecado” (Ecl 5,5)
Ou seja: é preciso, pecador, que tremas ainda dos pecados que já te perdoei; porque, se lhes acrescentares outro poderá ser que este novo pecado com aquele complete o número e então não haverá misericórdia para ti. Ainda mais claramente, em outra passagem, diz a Escritura:
“O Senhor espera com paciência (as nações) para castigá-las quando se completar a conta dos pecados, e então virá o dia do juízo” (2Mc 6,14)
De sorte que Deus espera o dia em que se completa a medida dos pecados, e depois castiga.

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Abuso da Divina Misericórdia

“O Senhor é bom; mas também é justo. Não queiramos considerar unicamente uma das faces de Deus”. (São Basílio Magno)
“O Senhor é bom; mas também é justo. Não queiramos considerar unicamente uma das faces de Deus”. (São Basílio Magno)

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CONSIDERAÇÃO XVII

Ignoras quoniam benignitas Dei ad poenitentiam te adducit? - "Não sabes que a benignidade de Deus te convida à penitência?" (Rm 2, 4)

PONTO I

Lê-se na parábola do joio que, tendo crescido num campo essa má erva juntamente com a boa semente, os servos quiseram arrancá-la (Mt 13,29). O Senhor, porém, lhes objetou:
“Deixai-a crescer; mais tarde a arrancaremos para lançá-la ao fogo” (Mt 13,30)
Infere-se desta parábola, por um lado, a paciência de Deus para com os pecadores, e por outro o seu rigor para com os obstinados. Diz Santo Agostinho que o demônio seduz os homens por duas maneiras: “Com desespero e com esperança”. Depois que o pecador cometeu o delito, arrasta-o ao desespero pelo temor da justiça divina; mas, antes de pecar, excita-o a cair em tentação pela esperança na divina misericórdia. É por isso que o Santo nos adverte, dizendo:
“Depois do pecado tenha esperança na divina misericórdia; antes do pecado tema a justiça divina”
E assim é, com efeito. Porque não merece a misericórdia de Deus aquele que se serve da mesma para ofendê-lo. A misericórdia é para quem teme a Deus e não para o que dela se serve com o propósito de não temê-lo.

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Grandeza da Misericórdia de Maria Santíssima

Maria, Mãe de Misericórdia

Transite ad me omnes qui concupiscitis me, et a generationibus meis implemini - “Passai-vos a mim todos os que me cobiçais, enchei-vos dos meus frutos” (Eclo 24, 26)

Sumário. Quando a Santíssima Virgem vivia ainda na terra, já não podia ver algum necessitado sem socorrê-lo. Quanto mais misericordiosa não será agora que está no céu, de onde melhor vê as nossas misérias e nos ama com coração de Mãe! Não nos descuidemos portanto de recorrer a uma Mãe tão boa em todas as nossas necessidades e de pôr nela toda a nossa esperança. Mas, ao mesmo tempo, deixemos de lhe amargurar o coração pela nossa tibieza e pelos nossos pecados.

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Da Misericórdia de Deus

Jesus Misericordioso

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CONSIDERAÇÃO XVI

Superexaltat autem misericordia judicium. - "A misericórdia triunfa sobre o juízo" (Tg 2,13)

PONTO I

A bondade é comunicativa por natureza, isto é, tende a transmitir aos outros os seus bens. Deus, que por sua natureza é a bondade infinita, sente vivo desejo de comunicar-nos sua felicidade e, por isso, propende mais à misericórdia do que ao castigo. Castigar — diz Isaías — é obra alheia às inclinações da vontade divina.
“Levantar-se-á para fazer a sua obra (ou vingança), obra que lhe é alheia, obra que lhe é estranha” (Is 28,21).
Quando o Senhor castiga nesta vida, é para fazer misericórdia na outra (Sl 59,3). Mostra-se irritado a fim de que nos emendemos e detestemos o pecado (Sl 5). Se nos manda algum castigo, é porque nos ama e nos quer livrar das penas eternas (Sl 6). Quem poderá admirar e louvar suficientemente a misericórdia com que Deus trata os pecadores, esperando-os, chamando-os, acolhendo-os quando voltam para Ele?... E antes de tudo, que graça valiosíssima nos concede Deus em esperar pela nossa penitência!... Quando o ofendeste, meu irmão, o Senhor te podia ter feito morrer, mas, ao contrário, te esperou; e, em vez de castigar-te, te cumulou de bens e te conservou a vida em sua paternal providência. Fingia não ver teus pecados, a fim de que te convertesses (Sb 2,24). E como é isto, Senhor! Vós que não podeis ver um só pecador, vedes tantos e vos calais? (Hb 1,15). Vedes aquele impudico, aquele vingativo, esse blasfemo, cujos pecados crescem dia-a-dia e não os castigais? Por que tanta paciência?... Deus espera o pecador, a fim de que se arrependa e desse modo lhe perdoe e o salve (Is 30,18).

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Da Misericórdia de Deus

Jesus, o Bom Pastor

Misericordia domini plena est terra - “Da misericórdia do Senhor é cheia a terra” (Sl 32, 5)

Sumário. A bondade é por sua natureza inclinada a comunicar seus bens a outros. Por isso é que Deus, a bondade essencial, tem um extremo desejo de comunicar a sua felicidade, e a sua natureza não o inclina a punir, mas a usar de misericórdia. Esta o fez descer do céu à terra, levar uma vida penosa e, afinal, morrer por nós sobre uma cruz. Não pensemos, pois, que Jesus Cristo nos faça esperar o perdão muito tempo, depois do pecado; contanto que estejamos resolvidos a não o tornarmos a ofender.

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Primeira palavra de Jesus Cristo na cruz

Primeira palavra de Jesus na Cruz

Pater, dimitte illis: non enim sciunt quid faciunt - “Pai, perdoai-lhes; pois não sabem o que fazem” (Sl 118, 131)

Sumário. Ó ternura do amor de Jesus! Os judeus, depois de O pregarem na cruz, injuriam-No e prorrompem em blasfêmias. Ao mesmo tempo, Jesus, movido pelo desejo de salvar a todos, volve-se ao Pai Eterno, roga-Lhe pelos que O crucificaram e procura desculpar o crime. Meu irmão, se pelos nossos pecados temos renovado a crucifixão do Senhor, não desanimemos; porque Jesus nos abrangeu também em sua oração. É, porém, necessário que Lhe imitemos o exemplo, perdoando a nossos inimigos e dando o bem pelo mal.

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A cura do paralítico e a causa das tribulações

Mulher em oração

18º Domingo depois de Pentecostes

Confide, fili: remittuntur tibi peccata tua - “Filho, tem confiança, perdoados te são os pecados” (Mt 9, 2)

Sumário. De ordinário, a causa de todas as tribulações, e especialmente das enfermidades, são os pecados. Eis porque o Senhor, como refere o Evangelho, antes de restituir ao paralítico a saúde do corpo, lhe restituiu a da alma, concedendo-lhe o perdão dos pecados. Portanto, se quisermos que Deus nos livre das aflições que nos oprimem, arranquemos primeiro a raiz, isto é, o pecado. Aconselhemo-lo igualmente a nosso próximo em suas tribulações.

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Triunfa o Amor

A Santa Missa: Sacrifício de Amor

Cum dilexisset suos qui erant in mundo, in finem dilexit eos - “Como tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (Jo 13, 1)

Sumário. Posto que o Senhor é todo-poderoso, pode-se todavia dizer que foi vencido pelo amor. O amor levou-O a não só morrer por nós, pregado num patíbulo infame, como a instituir ainda o Santíssimo Sacramento, onde se dá a cada um sem reserva, sem interesse próprio e sempre. Mas se um Deus se dá a nós de tal modo, é de toda a justiça que nós também lhe façamos semelhante oferta; protestando que queremos servi-Lo em todas as coisas e sempre, sem aspirarmos à recompensa e unicamente para Lhe agradarmos e Lhe darmos gosto no tempo e na eternidade.

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Vantagens das tentações

Perseverança

Fidelis Deus est, qui patietur vos tetari supra id quod potestis; sed faciet etiam cum tentatione proventum - “Deus é fiel, e não permitirá sejais tentados mais do que podem as vossas forças; antes fará que tireis proveito da tentação” (1 Cor 10, 13)

Sumário. É sobretudo por três motivos que o Senhor permite que as suas mais queridas almas sejam mais frequente e fortemente tentadas: para as conservar na humildade, para as desapegar da terra, e para as enriquecer de merecimentos. Cada tentação vencida é uma pedra preciosa engastada em nossas coroa celestial. Nem por isso devemos desejar as tentações; mas quando o demônio nos assalta, sem que lhe tenhamos dado ocasião, entreguemo-nos a Deus e não temamos; pois, se ele nos lança ao combate, dar-nos-á também com a tentação a força para resistir.

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