

É tributada ao Filho e ao Rei toda a honra que se presta à Mãe e à Rainha. Ao mesmo tempo está fora de dúvida que pelos merecimentos de Jesus Cristo foi concedida a Maria a grande autoridade de ser medianeira da nossa salvação, não de justiça, mas de graça e de intercessão, como bem lhe chamou Conrado de Saxônia com o título de “fidelíssima medianeira de nossa salvação”.
"Esvaziai o vosso coração de tudo o que não é Deus, e uni-vos a Deus só" - Omnibus evacuatis et licentiatis, solus cum solo uniaris (2 Imitação 8, 5)
O meu espírito se alegrou por extremo em Deus meu Salvador - Exultavit spiritus meus in Deo salutari Meo (Lc 1, 47)
Assim canta hoje a prece litúrgica. E, para consolo nosso, acrescenta:Tota pulchra es Maria - “Toda bela sois, Maria"
Et macula originalis non est in te - "E a mancha do pecado não existe em Vós”
Tu Advocata peccatorum, ora pro nobis, interce pro nobis ad Dominum - “Vós, advogada dos pecadores, rogai por nós, intercedei por nós”
“Oh! Como é boa Maria, exclama São Vicente Ferrer, para os seus filhos que gemem no Purgatório! Por sua intercessão, a todo momento, são consolados e socorridos”
“Um terço aos pés do Sacrário – dizia uma santa alma – me consola mais do que tudo neste mundo”
“Virgem Poderosa”, chama-a a Igreja nas Ladainhas Lauretanas. Por quê? Responde-nos o Anjo da Anunciação:“Maria, diz São Bernardo, é a Onipotência Suplicante”
E a graça que Maria recebeu foi com tal abundância, para nos socorrer, que não há favor nem misericórdia que não nos possa obter. É a Tesoureira das Graças. Nenhuma graça nos vem do Céu sem que passe pelas suas mãos.“Porque achaste graça junto de Deus”