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Tag: desesperação

Excelentes sentenças sobre a misericórdia de Deus para conforto dos pusilânimes

Capítulo 4. Excelentes sentenças sobre a misericórdia de Deus para conforto dos pusilânimes - Bálsamo Espiritual Quem perdendo a esperança do perdão divino se abandona à desesperação, não acredita que Deus é Onipotente; pois pensa que há pecados que Ele não possa perdoar; mas também o supõem mentiroso, pois tendo prometido pelo Profeta que apenas o pecador chorar suas culpas o Senhor as esquecerá de todas, contra isto dizem os descendentes de Caim: A gravidade do meu pecado impossibilita o perdão. Blasfemo, o que dizes? Se Deus não pode perdoar, vencido pela grandeza do pecado, tu o privas da Onipotência; se não quer per-doar, O acusas de mentiroso, pois não cumpre o que tantas vezes prometeu por meio dos Profetas. O Salmo 144 diz que o Senhor é piedoso, clemente e mui misericordioso; manso e suave com todos, e que Sua misericórdia excede todas as Suas obras. Há, pois, coisa mais admirável do que haver criado o Céu com tantas estrelas que o iluminam, a terra com inumerável diversidade de animais, árvores, e tudo o mais, haver criado exércitos de Espíritos Angélicos? Quem ousaria afirmá-lo, se o Profeta não dissesse claramente que a misericórdia de Deus excede todas as Suas obras?

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Desesperação

Desesperação, Tesouros de Cornélio à Lápide

Causas da desesperação

Os motivos que alegamos para deixar-nos levar pelo desespero são os seguintes: 1.° Que são demasiado grandes nossos pecados para esperar misericórdia. Assim foi a desesperação de Caim: Minha maldade - disse o primeiro dos desesperados - é tão grande, que não posso esperar perdão: Major est iniquitas mea, quam ut veniam merear (Gn 4, 13); 2.° Enumeramos as faltas de que nos fizemos culpáveis; 3.° Pomos, na frente, a força do costume, que nos impede de esperar quando, na verdade, nós os podemos corrigir; Há também outras causas do desespero: 4.° Os escrúpulos; 5.° A falta de confiança em Deus; 6.° A astúcia do demônio para fazer com que o homem peque, ocultando-lhe a fealdade do pecado, e tratando de apresentá-lo pleno de doçuras e encantos. E logo, quando triunfou, a fim de deter o pecador no caminho do mal, o demônio apresenta-lhe mil obstáculos que lhe impedem de levantar-se daquela queda; 7.° As grandes tentações; 8.° O tédio; e 9.° A adversidade. Porém, todos esses motivos de desesperação estão mal fundados e são enganosos, porque não há nenhum crime que não possa ser perdoado mediante um sincero arrependimento e uma verdadeira penitência.

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