Capítulo XLVI
O paraíso! O paraíso!... Ah! Deus meu! Ao só pensar nesta bela mansão, minha alma se inunda de consolações, meu coração desfalece de alegria e de amor, e meus olhos se convertem em duas fontes de lágrimas. Ao pensar no paraíso compreendo que não há proporção entre as penas desta vida e a recompensa que na outra nos está preparada. Ao pensar no paraíso, os sofrimentos tornam-se-me delicias, as humilhações e desprezos revestem-se-me de encantos, e as mais pesadas cruzes me parecem fazer-se leves.Oculus non vidit, nec auris audivit, nec in cor hominis ascendit quae praeparavit Deus iis qui diligunt illum - "O olho não viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais veio ao coração do homem o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1Cor 2, 9)