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Tag: amor

Vivendo na Caridade, vive-se em Deus

Santa Catarina de Sena e Jesus Cristo Querida irmã em Jesus. Eu, Catarina, serva dos servos de Jesus, escrevo-te no seu precioso sangue, desejosa que te alimentes do amor de Deus e que dele te nutras, como do seio de uma doce mãe. Ninguém, de fato, pode viver sem este leite! Quem possui o amor de Deus, nele encontra tanta alegria que cada amargura se transforma em doçura e cada grande peso se torna leve. E isto não nos deve surpreender porque, vivendo na caridade, vive-se em Deus:

“Deus é amor; quem permanece no amor habita em Deus e Deus habita nele”

Vivendo em Deus, por conseguinte, não se pode ter amargura alguma porque Deus é delícia, doçura e alegria infinita! É esta a razão pela qual os amigos de Deus são sempre felizes! Mesmo se doentes, necessitados, aflitos, atribulados, perseguidos, nós estamos alegres. Mesmo quando todas as línguas caluniosas nos metessem em má luz, não nos preocuparemos, mas nos alegraremos com tudo porque vivemos em Deus, nosso repouso, e saboreamos o leite do seu amor.

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Na Cruz acha-se a nossa Salvação

Na Cruz acha-se a nossa Salvação

Lignum vitae est his, qui apprehenderint eam; et qui tenuerit eam, beatus - “É árvore de vida para aqueles que lançarem mão dela; e é bem-aventurado quem a não largar” (Pv 3, 18)

Sumário. Se quisermos salvar-nos, é mister que nos resolvamos a carregar com paciência a cruz que Deus nos manda, e a morrer nela por amor de Jesus Cristo, assim como Ele morreu na cruz por nosso amor. É este também o meio para acharmos a paz nos sofrimentos. Quem recusa aceitar a cruz, de ordinário aumenta-lhe o peso; ao passo que quem a abraça e carrega com paciência, tira-lhe o peso e converte-a em consolação.

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Amor que o Filho de Deus nos mostrou na Redenção

Verdadeiro Sacrifício de Cristo, nosso Redentor

Dilexit nos et tradidit semetipsum pro nobis - “Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós” (Ef 5, 2)

Sumário. A salvação ou a condenação de todos os homens não aumenta nem diminui de nada a felicidade do Filho de Deus, que é a bem-aventurança mesma. Todavia Ele tem feito e padecido tanto por nós, que, se a sua beatitude fora dependente da nossa, não teria podido padecer e fazer mais. Quão grande não deve, pois, ser nosso amor para com Jesus Cristo e quão grande a nossa confiança de obtermos, pelos seus merecimentos, todas as graças que desejemos!

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Deus entrega o próprio Filho à morte para nos dar a vida

O Santo Sacrifício: amor de Deus para com a humanidade

Deus autem, qui dives est in misericórdia, propter nimiam caritatem suam, qua dilexit nos, et cum essemus mortui peccatis, convivificavit nos Christo - “Deus que é rico em misericórdia, por causa da extrema caridade com que nos amou, também quando mortos estávamos pelos pecados, nos convivificou em Cristo” (Ef 2, 4)

Sumário. Pelas nossas culpas nós, pobres pecadores, já estávamos todos mortos e condenados ao inferno. Deus, porém, por causa do imenso amor que tem às nossas almas, quis restituir-nos à vida, enviando à terra o seu Filho unigênito para morrer por nós. Pois dizei-me: Se Jesus Cristo morreu por nosso amor, não é mais do que justo que nós somente para Ele vivamos, e que Ele seja o único senhor dos nossos corações?

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A Paixão de Jesus Cristo, nossa Consolação

Lancemos um olhar a Jesus Crucificado

Recogitate eum qui talem sustinuit a peccatoribus adversum semetipsum contradictionem, ut ne fatigemini, animis vestris deficientes - “Não deixeis de pensar naquele que dos pecadores suportou contra si uma tal contradição; para que não vos fatigueis, desfalecendo em vossos ânimos” (Hb 12, 3)

Sumário. O Senhor chama com razão a si todos aqueles que sofrem e gemem sob o peso das tribulações; porque neste vale de lágrimas ninguém nos pode consolar tanto como Jesus crucificado. Em todas as perseguições, calúnias, desprezos, enfermidades, misérias, especialmente em vendo-nos opressos pelos sofrimentos e abandonados por todos, lancemos um olhar sobre a cruz de Jesus, lembremo-nos do muito que Ele sofreu por nós, unamos os nossos sofrimentos aos de Jesus e teremos achado o remédio mais eficaz para todos os nossos males.

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O decreto da Encarnação do Verbo

O Decreto da Encarnação do Verbo

Et audivi vocem dicentís : Quem mittam? Et quis ibit nobis? Et dixi: Ecce ego, mitte me. - “E ouvi a voz de quem dizia: Quem enviarei eu? E quem nos irá lá? Então disse eu: Aqui me tens a mim, envia-me” (Is 6, 8)

Sumário. Embora o Filho de Deus previsse a vida penosa que teria de levar, submeteu-se contudo de boa vontade ao decreto da Encarnação, ofereceu-se mesmo a fazer-se homem. E isso não só a fim de satisfazer plenamente à justiça divina, mas também para nos mostrar seu amor, e obrigar-nos a que O amemos sem reserva. Como é que até o dia de hoje temos respondido a tão grande beneficio?

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Da assistência à Santa Missa

Da Assistência à Santa Missa

Immolabit (agnum) universa multitudo filiorum Israel - “Toda a multidão dos filhos de Israel imolará (um cordeiro)” (Ex 12, 6)

Sumário. Para ouvir a missa com devoção, devemos ter bem presente que o sacrifício do altar é o mesmo que foi um dia oferecido no Calvário, posto que se ofereça sem derramamento de sangue. Avivemos, pois, a nossa fé, e, quando assistirmos aos augustos mistérios, afiguremo-nos que em companhia de Maria Santíssima e de São João estamos ao pé da árvore da Cruz, para oferecer ao Pai Eterno a vida de seu Filho adorável. E, quando tivermos a ventura de comungar, façamos que bebemos o Sangue preciosíssimo do Coração amável de Jesus Cristo.

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Amor excessivo de Jesus Cristo para com os homens

Jesus Crucificado

Nos praedicamus Chirstum crucifixum, Iudaeis quidem scandalum, gentibus autem stultitiam - “Nos pregamos a Cristo crucificado, que é de fato para os judeus escândalo e para os gentios loucura" (1 Cor 1, 23)

Sumário. O mistério da Redenção é tão sublime, que os gentios o chamavam uma loucura. Julgavam impossível que um Deus onipotente e felicíssimo se tivesse feito homem e tivesse morrido numa cruz pela salvação dos homens. Como há, pois, cristão que sabem isso pela fé, e veem um Deus tornado, por assim dizer, louco por amor dos homens, e todavia vivem sem O amar, e mesmo O ofendem e injuriam?... Se no passado nos unimos àqueles ingratos para ofender Jesus, peçamos-Lhe humildemente perdão.

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Da Conformidade com a Vontade de Deus

Digamos com Jesus no Getsemani: Fiat Voluntas Tua...

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XXXVI

Et vita in voluntate ejus. - "E a vida, em sua vontade" (Sl 29, 6)

PONTO I

Todo fundamento da saúde e da perfeição das nossas almas consiste no amor de Deus.
“Quem não ama está morto. A caridade é o vínculo da perfeição” (Jó 3,14; Cl 3,14)
Mas a perfeição do amor é a união da nossa própria vontade com a vontade divina; porque nisto se cifra — como disse o Areopagita — o principal efeito do amor, em unir de tal modo a vontade dos amantes, que não tenham mais que um só coração e um só querer. Portanto, as nossas obras, penitências, esmolas, comunhões, só agradam ao Senhor enquanto se conformam com sua divina vontade; de outra maneira não seriam virtuosas, mas viciosas e dignas de castigo. Isto, particularmente, nos manifestou com seu exemplo o nosso Salvador, quando do céu desceu à terra. Isto, como ensina o Apóstolo, disse o Senhor ao entrar neste mundo:
“Vós, meu Pai, recusastes as vítimas oferecidas pelo homem e quereis que vos sacrifique a vida deste corpo que me destes. Cumpra-se vossa divina vontade” (Hb 10,57)

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Da amorosa presença de Cristo no Santíssimo Sacramento do altar

Jesus Eucarístico no Sacrário (Altar da Igreja São Vicente de Paulo)

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XXXV

Venite ad me omnes qui laboratis et onerati estis, et ego reficiam vos. - "Vinde a mim todos os que vos achais sobrecarregados e atribulados, que eu vos aliviarei" (Mt 11, 28)

PONTO I

Ao partir deste mundo, depois de ter completado a obra da nossa redenção, o nosso amantíssimo Salvador não quis deixar-nos sós neste vale de lágrimas.
“Nenhuma língua pode exprimir — dizia São Pedro de Alcântara — a grandeza do amor que Jesus tem às almas; por isso, ao deixar esta vida, o divino Esposo, receando que sua ausência fosse ocasião de olvido, deu-lhes como recordação este Sacramento santíssimo, no qual ele mesmo permanece; e não quis que entre ele e nós houvesse outro penhor para manter viva a memória”
Esta preciosa dádiva de Nosso Senhor Jesus Cristo merece todo o amor de nosso coração e por esse motivo dispôs que nestes últimos tempos fosse instituída a festa do seu Sagrado Coração, segundo revelou à sua serva Irmã Margarida Alacoque, a fim de que lhe rendêssemos homenagem por sua presença amorosa sobre o altar, e reparássemos, ao mesmo tempo, os desprezos e as injúrias que neste Sacramento tem recebido e recebe ainda da parte dos hereges e dos maus cristãos. Permanece Jesus no Santíssimo Sacramento: primeiro, para que todos lhe falemos sem dificuldade; segundo, para conceder-nos audiência; e terceiro, para dispensar-nos suas graças.

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