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São José, Modelo de Paciência

Meditação para o Dia 19 de Março

Da vida de São José nada consta de extraordinário. Tudo simples. Não foi um taumaturgo, não fez milagres em vida, não profetizou, não consta fenômeno algum, a seu respeito, da natureza daqueles que, à leitura da vida de alguns santos, arrebatam-nos a admiração. O milagre maior do Santo Patriarca foi o do seu abandono e conformidade à Vontade de Deus. Que modelo de paciência! Pensa em abandonar a Esposa após a encarnação do Verbo. É avisado pelo Anjo e sem demora obedece. Nasce Jesus na pobre manjedoura, e ali está São José, cheio de amor e confiança, adorando o Verbo feito Homem. Que paciência ante os desprezos de Belém, quando procurava uma hospedagem! O Anjo de novo o avisa. Foge para o Egito com Maria e o Deus pequenino. Sofre no exílio privações, insultos e mil reveses. Sempre paciente, abandonado e confiante. Recebe nova ordem do Céu. Volta para Nazaré e ali vive no silêncio, na simplicidade, na mais profunda humildade, a vida comum de um operário pobre. Morre nos braços de Jesus e Maria. Vida tão simples! A virtude heroica de São José foi o abandono, que é a perfeição do amor. O coração de São José foi, por certo, o coração de um serafim, todo abrasado de Amor Divino. E como o abandono é o fruto mais belo do Amor, pode-se imaginar qual seria a vida de confiança e abandono de São José!

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 90)

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