Meditação para o Dia 30 de Julho
Santa Teresa disse:“Deus – escreveu Lacordaire – ocultou no sofrimento um bálsamo reparador e misterioso. A alegria de sofrer, que experimentaram os verdadeiros amigos de Nosso Senhor, o mundo jamais será capaz de a entender”
“Este sentimento, sentimento simultâneo de alegria e de dor, é uma alegria apenas nascente, algo de incompreensível para mim. O prazer e a dor que sinto ao mesmo tempo, são para mim um mistério” (1)
À MEDIDA que o mundo se amolece, usa cada vez mais a palavra compaixão. Isto seria uma característica digna de apreço, se a compaixão fosse bem entendida. Mas, muitas vezes, por compaixão significasse não incomodar aquele que transgride a lei natural ou divina, ou que atraiçoa a sua pátria. Esta compaixão é sentimentalismo, não é virtude, visto que justifica que o filho mate o pai, porque este é «demasiado velho». Para se furtar à imputabilidade da culpa, chamam eutanásia àquilo que é realmente um assassinato.
NUNCA como hoje, neste período de tréguas (porque dificilmente podemos chamar aos nossos tempos «pacíficos»), houve tão grande presteza para o sacrifício. Este espírito ainda não se patenteia em toda a sua clareza; permanece oculto, como a água debaixo da terra.
«TENHO mau gênio», ou «bebo demais», «estou sempre a criticar» ou «sou preguiçoso», são queixas familiares a quantos acreditam ainda que a nobreza de caráter é um objetivo importante. Não fariam tais afirmações se não tivessem um forte desejo de romper a cadeia dos hábitos maus. E podem realizar este desejo, porque todo o hábito mau pode ser suprimido. Mas para se libertar dele, requerem-se quatro coisas:
SE não tivermos uma ideia clara do que é ser normal, jamais saberemos quando nos afastamos do padrão de saúde mental e moral. E por isso a compreensão de como um ser humano «funciona»... ou deve «funcionar» ajudar-nos-á a dominar-nos a tempo, e a aplicar travão às nossas tendências para a anormalidade.