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Novena a Santo Antão

A novena a Santo Antão inicia-se em 08 de janeiro e deve ser rezada por nove dias consecutivos, encerrando-se em 16 de janeiro, comemorando a festa no dia 17.

Santo Antão, o Grande, nasceu no Egito em 251 e renunciou à riqueza para viver como eremita no deserto, dedicando-se à oração e penitência. Venceu heroicamente as tentações do demônio e tornou-se líder espiritual dos cenobitas na Tebaida. Durante perseguições, confortou os cristãos e, já idoso, visitou São Paulo, o eremita. Morreu aos 105 anos, em 17 de janeiro de 356, deixando um legado de santidade e sabedoria. Suas relíquias repousam na igreja de St. Julien, em Arles, e é representado com um porco, símbolo de sua vitória contra o mal. Leia mais sobre sua vida.

Como rezar esta Novena a Santo Antão?

  1. Inicia-se com o Sinal da Cruz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;
  2. Reza-se todos os dias a oração inicial;
  3. Faz-se a meditação do dia;
  4. Reza-se a oração final
  5. Finaliza-se com o Sinal da Cruz.

Oração inicial para todos os dias da Novena

Ó Santo Antão, vós que por sua oração vencestes o demônio, rogai ao Divino Pai Eterno para que Ele nos envie o Espírito Santo que Jesus falou no Evangelho para que, como vós, também possamos ser fortes na hora da tentação. Socorrei-nos Santo Antão. Amém.

Faça seu pedido a Deus por intercessão de Santo Antão.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Sumário da Novena

Oração final para todos os dias

Ó Deus, que permitistes que, mesmo na solidão de uma gruta, no deserto, o demónio perturbasse Santo Antão com violentas tentações, mas lhe destes força de vencê-las, enviai-me, do céu, o Vosso socorro, porque eu vivo num ambiente minado de tentações que me agridem, pelo celular, rádio, televisão, novelas, bailes, cinemas, revistas, propagandas e maus companheiros.
Santo Antão, ficai sempre ao meu lado; vós que vencestes o demônio, na aparência de um bicho imundo, me dareis força na tentação. Amém.

Santo Antão, rogai por nós!

1º dia da Novena a Santo Antão

Santo Antão nasceu em 251 na cidade de Conam no Egito. Seus pais eram de boa linhagem e abastados. Depois da morte de seus pais ficou só com sua única irmã, muito mais jovem. Tinha então uns dezoito a vinte anos, e tomou cuidado da casa e de sua irmã. Menos de seis meses depois da morte de seus pais, ia, como de costume, a caminho da igreja. Enquanto caminhava, ia meditando e refletia como os apóstolos deixaram tudo e seguiram o Salvador; como, segundo se refere nos Atos dos apóstolos, os fiéis vendiam o que tinham e o punham aos pés dos Apóstolos para distribuição entre os necessitados, e quão grande é a esperança prometida nos céus para os que assim fazem. Pensando estas coisas, entrou na igreja. Aconteceu que nesse momento se estava lendo o evangelho, e ouviu a passagem em que o Senhor disse ao jovem rico: “Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres, depois vem, segue-me e terás um tesouro no céu”.

Mas o demônio, que odeia e inveja o bem, não podia ver tal resolução num jovem, e se pôs a empregar suas velhas táticas também contra ele. Primeiro tratou de fazê-lo desertar da vida ascética, recordando-lhe sua propriedade, o cuidado de sua irmã, os apegos da parentela, o amor do dinheiro, o amor à glória, os inumeráveis prazeres da mesa e todas as demais coisas agradáveis da vida. Finalmente apresentou-lhe a austeridade e tudo o que se segue a essa virtude, sugerindo-lhe que o corpo é fraco e o tempo é longo. Em resumo, despertou em sua mente toda uma nuvem de argumentos, procurando fazê-lo abandonar seu firme propósito. O inimigo viu, no entanto, que era impotente em face da determinação de Antão, e que antes era ele que estava sendo vencido pela firmeza do homem, derrotado por sua sólida fé e sua constante oração.

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2º dia da Novena a Santo Antão

Santo Antão estava um dia lutando contra o Demônio e travava com ele uma verdadeira luta física. Então, invocou a presença de Nosso Senhor. Clamou por Jesus, dizendo: “Salvai-me, Senhor!” E, de tanto clamar: “Kyrie Eleison!”, o Demônio, então, se retirou. Naquele momento, que Antão finalmente conseguiu a vitória sobre o Demônio, Jesus apareceu.

Santo Antão ficou um pouco triste. Olhou para Jesus e disse:

“Senhor! Onde estáveis quando eu mais necessitava de vós?”

Então, Jesus com um olhar de misericórdia, olhou para Antão e disse:

“Antão, meu filho, Eu estava aqui o tempo todo. Mas, Eu queria te ver lutar.”

Deus gosta de nos ver lutar. Mesmo que não tenhamos o grau de virtude e não tenhamos recebido esta eleição, a missão específica de lutar fisicamente com o demônio, todos nós temos a missão de lutar. Talvez essa seja a principal razão para que Deus permita isso com esses homens Santos.

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3º dia da Novena a Santo Antão

“Nada mais útil pode ser ao Cristão do que pensar todos os dias: Estou começando a servir a Deus e o dia de hoje pode ser o meu último” – Santo Antão.

O demônio jactando-se de suas tentações carnais, pois são sua preferida artimanha contra os jovens, atacou o jovem molestando-o de noite e instigando-o de dia, de tal modo que até os que viam Antão podiam aperceber-se da luta que se travava entre os dois. O inimigo queria sugerir-lhe pensamentos baixos, mas ele os dissipava com orações; procurava incitá-lo ao prazer, mas Antão, envergonhado, cingia seu corpo com sua fé, orações e jejuns. Atreveu-se então o perverso demônio a disfarçar-se em mulher e fazer-se passar por ela em todas as formas possíveis durante a noite, só para enganar Antão.

Mas ele encheu seus pensamentos de Cristo, refletiu sobre a nobreza da alma criada por Ele, e sua espiritualidade, e assim apagou o carvão ardente da tentação. E quando de novo o inimigo lhe sugeriu o encanto sedutor do prazer, Antão, enfadado com razão, e entristecido, manteve seus propósitos com a ameaça do fogo e dos vermes. Sustentando isto no alto, como escudo, passou por tudo sem se dobrar. Toda essa experiência levou o inimigo a envergonhar-se. Em verdade, ele, que pensara ser como Deus, fez-se louco ante a resistência de um homem. Ele que em sua presunção desdenhava carne e sangue, foi agora derrotado por um homem de carne em sua carne. Verdadeiramente o Senhor trabalhava com este homem, Ele que por nós tornou-se carne e deu a seu corpo a vitória sobre o demônio. Assim, todos os que combatem seriamente podem dizer:

“Não eu, mas a graça de Deus comigo”.

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4º dia da Novena a Santo Antão

Santo Antão havia descido para visitar as celas exteriores. Quando convidado a subir a um barco e orar com os monges, só ele percebeu um mau cheiro horrível e sumamente penetrante. A tripulação disse que havia a bordo pescado e alimento salgado e que o cheiro vinha disso, mas ele insistiu que o odor era diferente.

Enquanto estava falando, um jovem que tinha um demônio e subira a bordo pouco antes como clandestino, soltou de repente um guincho. Repreendido em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, foi-se o demônio, e o homem voltou à normalidade; todos então se aperceberam de que o mau cheiro vinha do demônio.

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5º dia da Novena a Santo Antão

Dois dos irmãos da ordem de Santo Antão estavam em viagem para vê-lo, e no caminho a água acabou. Um morreu e o outro estava a ponto de morrer. Já não tinha forças para andar, mas jazia no chão esperando também a morte. Sentado na montanha, Antão chamou dois monges que casualmente estavam ali e os compeliu a se apressarem:

“Tomem um jarro d’água e corram descendo pelo caminho do Egito; vinham dois, um acaba de morrer e o outro também morrerá se vocês não se apressarem. Foi-me revelado isto agora na oração”.

Foram-se os monges, acharam um morto e o enterraram. Ao outro fizeram-no reviver com água e o levaram ao ancião. A distância era de um dia de viagem. Agora, se alguém pergunta porque não falou antes de morrer o outro, sua pergunta é injustificada. O decreto de morte não passou por Antão, mas por Deus que a determinou para um, enquanto revelava a condição do outro. Quanto a Antão, o admirável é que, enquanto estava na montanha com seu coração tranquilo, mostrou-lhe o Senhor coisas distantes.

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6º dia da Novena a Santo Antão

Finalmente, quando o dragão não pôde conquistar o jovem Antão nem por estes últimos meios, mas viu-se arrojado de seu coração, rangendo seus dentes, como diz a Escritura, mudou, por assim dizer, sua pessoa. Tal como é seu coração, assim lhe apareceu: como um moço preto; e como inclinando-se diante dele, já não o molestou com pensamentos, pois o impostor tinha sido lançado fora, mas usando voz humana disse-lhe:

“A muitos enganei e venci; mas agora que te ataquei a ti e teus esforços, como fiz com tantos outros, mostrei-me demasiadamente fraco”. “Quem és tu que me falas assim?”, perguntou-lhe Antão.

Apressou-se o outro a replicar com a voz lastimosa:

“Sou o amante da fornicação. Minha missão é espreitar a juventude e seduzi-la. Chamam-me o espirito de fornicação. A quantos eu enganei, decididos que estavam a cuidar de seus sentidos! A quantas pessoas castas seduzi com minhas lisonjas! Eu sou aquele por cuja causa o profeta censura os decaídos: ‘Foram enganados pelo espírito da fornicação’. Sim, fui eu que os levei à queda. Fui eu que tanto te molestei e tão a miúdo fui vencido por ti”.

Antão deu, pois, graças ao Senhor e armando-se de coragem contra ele, disse:

“És então inteiramente desprezível; és negro em tua alma, e tão débil como um menino. Doravante já não me causas nenhuma preocupação, porque o Senhor está comigo e me auxilia: ‘Verei a derrota dos meus adversários’ “.

Ouvindo isto, o negro desapareceu imediatamente, inclinando-se a tais palavras e temendo acercar-se do homem. Mesmo com essa primeira vitória de Antão sobre o demônio; ou melhor, digamos que este singular êxito em Antão foi do Salvador, que “condenou o pecado na carne, a fim de que a justificação, prescrita na Lei fosse realizada em nós, que vivemos não segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Mas Antão não se descuidou nem se acreditou garantindo por si mesmo pelo simples fato de se ter o demônio lançado a seus pés; tampouco o inimigo, ainda que vencido no combate, deixou de estar-lhe à espreita. Andava dando voltas em redor, como um leão, buscando uma ocasião contra ele.

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7º dia da Novena a Santo Antão

Antão tendo aprendido nas Escrituras quão diversos são os enganos do maligno, praticou seriamente a vida ascética, tendo em conta que, se não pudesse seduzir seu coração pelo prazer do corpo, trataria certamente de enganá-lo por algum outro método; porque o amor do demônio é o pecado. Resolveu, por isso, acostumar-se a um modo mais austero de vida. Mortificou seu corpo sem mais, e o sujeitou, para não acontecer que, tendo vencido uma ocasião, perdesse em outra. Muitos se maravilhavam de suas austeridades, porém ele próprio as suportava com facilidade. O zelo que havia penetrado sua alma por tanto tempo transformou-se pelo costume em segunda natureza, de modo que ainda a menor inspiração recebida de outros levava-o a responder com grande entusiasmo. Por exemplo, observava as vigílias noturnas com tal determinação, que a miúdo passava toda a noite sem dormir, e isso não só uma vez, mas muitas, para admiração de todos. Assim também comia só uma vez ao dia, depois do cair do sol; às vezes cada dois dias, e com frequência tomava seu alimento só depois de quatro dias. Sua alimentação consistia em pão e sal; como bebida tomava só água. Não necessitamos sequer mencionar carne ou vinho, porque tais coisas tampouco se encontravam entre os demais ascetas. Contentava-se em dormir sobre uma esteira, embora regularmente o fizesse sobre o simples chão. Desprezava o uso de unguentos para a pele, dizendo que os jovens devem praticar a vida ascética com seriedade e não andar buscando coisas que amolecem o corpo; deviam antes acostumar-se ao trabalho duro, tendo em conta as palavras do Apóstolo: “É na fraqueza que se revela minha força”. Dizia que as energias da alma aumentam quanto mais débeis são os desejos do corpo.

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8º dia da Novena a Santo Antão

Assim esteve sozinho na Montanha Interior, dando seu tempo à oração e à prática da vida ascética. Os irmãos que foram em sua busca rogaram-lhe que lhes permitisse ir cada mês e levar-lhe azeitonas, legumes e azeite, pois agora já era ancião. De seus visitantes soubemos quantos combates teve de suportar enquanto viveu ali, “não contra carne e sangue”, como está escrito, mas em luta com os demônios. Também ali ouviram tumultos e muitas vozes e clamor como de armas.

À noite viram a montanha encher-se de vida com animais selvagens. Viram-no também lutando como com inimigos visíveis, e orando contra eles. A um que o visitou falou-lhe palavras de alento enquanto ele próprio mantinha-se firme na contenda, de joelhos e orando ao Senhor. Era realmente notável que, sozinho como estava nesse despovoado, nunca desmaiasse ante os ataques dos demônios, nem tampouco, com todos os animais e répteis que havia, tivesse medo de sua ferocidade. Como está na Escritura, ele realmente “confiava no Senhor como o monte de Sião”, com ânimo inquebrantável e intrépido. Assim os demônios antes fugiam dele, e os animais selvagens fizeram paz com ele, como está escrito.

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9º dia da Novena a Santo Antão

O mau pôs estreita guarda sobre Antão e rangeu os dentes contra ele, como o disse Davi no salmo, mas Antão foi animado pelo Salvador, não sendo danificado por essa vilania e sutil estratégia. Enviou-lhe animais selvagens enquanto estava em suas vigílias noturnas, e em plena noite todas as hienas do deserto saíram de suas tocas e o rodearam. Tendo-o no centro, abriam suas faces e ameaçavam mordê-lo. Ele, porém, conhecendo bem as manhas do inimigo, disse-lhes:

“Se receberam poder para fazer isto contra mim, estou disposto a ser devorado; mas se foram enviadas pelo demônio, saiam imediatamente, porque sou servidor de Cristo”.

Enquanto Antão dizia isto, fugiram como açoitados pelo látego dessa palavra.

Poucos dias depois, enquanto estava trabalhando, porque o trabalho sempre era parte de seu propósito, alguém chegou à porta e puxou a corda com que trabalhava. Estava fazendo cestos que dava a seus visitantes em troca do que lhe traziam. Levantou-se e viu um monstro que parecia homem até as coxas, mas com pernas e pés de asno. Antão fez simplesmente o sinal da cruz e disse:

“Sou servidor de Cristo. Se foste enviado contra mim, aqui estou”.

O monstro, porém, com seus demônios, fugiu tão rápido que sua própria rapidez o fez cair e morrer. A morte do monstro veio a significar o fracasso dos demônios: fizeram o que puderam para que saísse do deserto e não o conseguiram.

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Quem foi Santo Antão?

Por Pe. João Baptista Lehmann

Santo Antão cognominado o Gran­de, patriarca dos cenobitas, filho de pais piedosos e ricos, nasceu em 251 em Coman no Egito e revelou desde a sua infância um grande desejo à perfeição religiosa. A palavra da igreja, a observação da natureza, a pureza dos costumes, a fuga do mundo foram os seus guias. Motivos ascéticos fizeram com que deixasse de se dedicar aos estudos clássicos. Com 20 anos perdeu seus pais. Assistindo uma vez à Santa Missa, ouviu as palavras do Evangelho: « Se queres ser perfeito, vende tudo que tens, dá-o aos pobres e segue-me» (Mt 19, 21 .) Antão resolveu observar este conselho e começou uma vida de asceta, retirou-se para o deserto, onde se ocupou com oração e trabalho. O demônio não o poupou não lhe deixando faltar incômodos espirituais e corporais . Antão, porém, recorreu às armas da oração e penitência e saiu vencedor. Depois de algum tempo mudou sua habitação mais para o interior do deserto, estabelecendo-se numa gruta abandonada. Um dia foi visitado por conhecidos e amigos que muito se admiraram da sua boa disposição e do poder com que curava os doentes.

A fama da sua santidade atraiu muitas pessoas que se confiaram à sua direção. Em poucos anos existiam numerosos Cenobitas na Tebaida. Todos eles, tanto aqueles que moravam isolados, como os que formavam comunidades, reconheceram em Antão seu superior. Quando em 311 o imperador Maximino decretou uma perseguição da igreja, Antão não se expôs ao martírio, mas saiu da sua solidão para animar e confortar os irmãos em Cristo. Terminada a perseguição (312) retirou-se para o monte de Colzim (Morro de Santo Antônio) onde continuou sua vida de eremita. Em visões proféticas Deus lhe mostrou o futuro da Igreja, por exemplo, o advento do Arianismo e sua ação perniciosa.

Tanta foi a estima de que gozava na igreja, que o imperador Constantino com seus dois filhos Constâncio e Constante lhe dirigiram cartas, em que pediram as suas orações.

Tendo já noventa anos, por inspiração do Espírito Santo foi procurar a São Paulo eremita, que vivia no deserto já noventa anos, desconhecido completamente. Antão encontrou-o ainda vivo mas já em vésperas de deixar este mundo. Deu-lhe sepultura e levou consigo a túnica feita de folhas de palmeira, que vestia em seguida só em ocasião de grandes festas. Sentindo a morte se aproximar, chamou em redor seus discípulos e dirigiu-lhes seus últimos conselhos:

“Deus me convida, meus filhos e eu tenho desejo de entrar no céu. Lembrai-vos sempre dos meus ensinamentos. Evitai o veneno do pecado e respeitai vossa fé. Sede conscienciosos em observardes a lei de Deus; vivei como se tivésseis de morrer todos os dias e guardai vossa alma isenta de todos os maus pensamentos”

Depois pediu que sepultassem seu corpo sem grande aparato e não revelassem a ninguém o lugar de sua sepultura.

Antão morreu aos 17 de Janeiro de 356, na idade de 105 anos, sem, porém, ter dado sinal algum de caducidade.

Seu corpo, descoberto em 561 foi transportado para Alexandria e em 635 para Constantinopla. Hoje ele repousa na igreja de St. Julien em Arles. A arte cristã apresenta a Santo Antão com um porco, o qual é a significação do demônio, cujas tentações o Santo venceu com tanto heroísmo durante 90 anos.

Santo Atanásio, na biografia que escreveu de Santo Antão, destaca 8 ensinamentos que o grande patriarca da Tebaida deu aos seus discípulos. São os seguintes:

  1. Nada mais útil pode ser ao cristão, senão pensar todos os dias: Hoje estou começando a servir a Deus e o dia de hoje pode ser o meu último.
  2. Uma vida pura e uma fé viva na presença de Deus são os meios mais eficazes para evitar o pecado.
  3. Quem quer vencer as tentações, não confie em si e tanto mais em Deus.
  4. O melhor remédio contra a tibieza é a lembrança de que a vida é curta e incerto seu fim.
  5. O inimigo infernal é muito fraco para quem sabe desarmá-lo. Ele treme diante do jejum, da oração, da humildade e de outras boas obras. Só o sinal da cruz tem força bastante para confundi suas artimanhas e ilusões.
  6. Não convém esquadrinhar as coisas futuras, mas muito, confiar em Deus.
  7. A luz do espírito é muito superior à luz material.
  8. Um olhar impuro basta para abrir as portas do inferno.
  9. Um monge é como o peixe. Este morre, saindo d’água; aquele quando abandona a solidão.