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Instruções

Instruções

Assuntos variados a respeito da fé católica como: doutrina, dúvidas, notícias, textos escolhidos, palavras do Papa e escritos dos Santos e muito mais!

Natal: não é a festa do aniversário de Jesus!

Por Dom Henrique Soares da Costa Alguns pensam que celebrar o Natal é comemorar o aniversário de Jesus; alguns chegam até a cantar “parabéns pra você”! Coisa totalmente fora de propósito, contrária ao sentimento da Igreja e fora do sentido da celebração dos cristãos... Então, se não celebramos o aniversário de Jesus, o que fazemos no Natal? Antes de tudo é necessário entender o que é a Liturgia, a Celebração da Igreja.

Qual o dia certo para montar a árvore de Natal e o Presépio?

Nascimento de Cristo Por Sempre Família O Natal está chegando e é tempo de enfeitar a casa toda com luzes, presépio e a árvore. De acordo com a tradição católica, a árvore de Natal deve ser montada a partir do início do advento (período de quatro semanas que antecede a Festa do Natal, neste ano cai no dia 29 de novembro). A montagem acontece de forma gradativa, pois é como a preparação para a celebração do nascimento de Jesus. A colocação de enfeites deve ser intensificada a partir de 17 de dezembro (momento em que as leituras bíblicas começam a falar do nascimento de Jesus).

Comemoração dos Fiéis Defuntos

Por Dom Henrique Soares da Costa Hoje, a Igreja recolhe-se em oração pelos seus filhos que já partiram desta vida. Para os cristãos, não se trata de um simples dia de saudade, mas de oração pelos fieis de Cristo que já partiram para a Casa do Pai na firme esperança da ressurreição. Vêm à nossa mente e ao nosso coração tantas perguntas: Que é a morte? Que é a vida que termina com a morte? O que há após a morte? São interrogações que devemos responder à luz da fé, à luz do Cristo, nosso Deus e nossa Vida! Num mundo que já não crê e não tem quase nada a dizer sobre a vida e sobre a morte, a Palavra de Deus nos ilumina:
“Irmãos, não queremos que ignoreis o que se refere aos mortos, para não ficardes tristes como os outros, que não têm esperança” (1Ts 4,13).
O cristão não pode encarar a morte como os pagãos; nós temos uma esperança, e ela se chama Jesus Cristo, Aquele que disse “Eu sou a Ressurreição, Eu sou a Vida” (Jo 11,25)!

Sobre a conversão

O Sermão da Montanha (Carl Heinrich) Por Dom Henrique Soares da Costa Segundo os Evangelhos, Jesus nosso Senhor anunciou e trouxe a este mundo o Reinado do Pai, convidando Seus ouvintes à conversão. Esta, a conversão, é uma ideia central do cristianismo. Mas, que significa, realmente, converter-se? Mudar de rumo, mudar de atitude, de modo de ver, sentir, pensar, agir... Mas, gostaria de colocar outra questão: Qual o critério da conversão? Em outras palavras: se para alguém converter-se, deve mudar de uma atitude para outra, qual o critério de tal mudança? Como saber o que mudar e para qual direção apontar? Uma vez mais: qual o critério?

Ele em tudo, Ele é tudo!

São Paulino de Nola

Das Cartas de São Paulino de Nola (355-431), bispo

Desde a origem do mundo que Cristo sofre em todos os Seus. Ele é «o princípio e o fim» (Ap 1,8); escondido na lei, revelado no Evangelho, Ele é o Senhor «sempre admirável», que sofre e triunfa «nos Seus santos» (2Ts 1,10; Sl 67,36). Em Abel foi assassinado pelo irmão; em Noé foi ridicularizado pelo filho; em Abraão conheceu o exílio; em Isaac foi oferecido em sacrifício; em Jacó foi reduzido a servo; em José foi vendido; em Moisés foi abandonado e rejeitado; nos profetas foi lapidado e dilacerado; nos apóstolos foi perseguido em terra e no mar; nos Seus inúmeros mártires foi torturado e assassinado.

Sobre ídolos e vidas fúteis…

Um tipo de Idolatria: a Tecnologia Por Dom Henrique Soares da Costa Meditando no Livro da Sabedoria, dei com estas palavras:
“Nenhum homem pode modelar um deus à sua semelhança: porque, sendo mortal, forja com suas mãos iníquas um morto! De fato, ele é melhor do que aqueles aos quais cultua, porquanto pelo menos vive, mesmo sendo mortal, ao passo que aqueles nunca viverão!” (Sb 15,16b-17).
São palavras contra a idolatria, culto aos falsos deuses e seus simulacros. No sentido bíblico mais profundo, a idolatria consiste em o homem endeusar, divinizar e idolatrar a criatura ao invés do Criador, divinizar a obra de suas mãos, como se fosse um deus que lhe pudesse dar a vida. Nossa cultura tem modelado tantos deuses: a tecnologia, a razão, as ciências tão avançadas, o divertimento, o culto do corpo e do bem estar, do sucesso e da fama, o prazer em todas as formas possíveis e imagináveis... E tem colocado em tudo isso a sua esperança de uma vida feliz, de realizar sua existência... Mas, é uma ilusão, uma armadilha: essas coisas não salvam, não dão o sentido, não podem servir de fundamento válido e duradouro para a existência! Elas simplesmente não são Deus; elas são vaidade, isto é, inconsistência! Aliás, como adverte o texto sagrado, o homem mortal – pó que o vento leva – não pode modelar um Deus imortal!

É possível conhecer algo da existência de Deus?

Santíssima Trindade

Por Dom Henrique Soares da Costa

Sei que o título desde texto é instigante. Ele se inspira no Catecismo da Igreja (nn. 31-43):
II. Os caminhos de acesso ao conhecimento de Deus 31. Criado à imagem de Deus, chamado a conhecer e a amar a Deus, c homem que procura Deus descobre certos «caminhos» de acesso ao conhecimento de Deus. Também se lhes chama «provas da existência de Deus» – não no sentido das provas que as ciências naturais indagam mas no de «argumentos convergentes e convincentes» que permitem chegar a verdadeiras certezas. Estes «caminhos» para atingir Deus têm como ponto de partida criação: o mundo material e a pessoa humana. 32. O mundo: A partir do movimento e do devir, da contingência, da ordem e da beleza do mundo, pode chegar-se ao conhecimento de Deu: como origem e fim do universo. São Paulo afirma a respeito dos pagãos: «O que se pode conhecer de Deus manifesto para eles, porque Deus lho manifestou. Desde a criação do mundo, a perfeições invisíveis de Deus, o seu poder eterno e a sua divindade tornam-se pelas suas obras, visíveis à inteligência» (Rm 1, 19-20) (8). E Santo Agostinho: «Interroga a beleza da terra, interroga a beleza do mar interroga a beleza do ar que se dilata e difunde, interroga a beleza do céu [...] interroga todas estas realidades. Todas te respondem: Estás a ver como somo belas. A beleza delas é o seu testemunho de louvor [«confessio»]. Essas belezas sujeitas à mudança, quem as fez senão o Belo [«Ptdcher»], que não está sujeite à mudança?» (9). 33. O homem: Com a sua abertura à verdade e à beleza, com o seu sentido do bem moral, com a sua liberdade e a voz da sua consciência, com a sua ânsia de infinito e de felicidade, o homem interroga-se sobre a existência de Deus. Nestas aberturas, ele detecta sinais da sua alma espiritual. «Gérmen de eternidade que traz em si mesmo, irredutível à simples matéria» (10), a sua alma só em Deus pode ter origem. 34. O mundo e o homem atestam que não têm em si mesmos, nem o seu primeiro princípio, nem o seu fim último, mas que participam do Ser-em-si, sem princípio nem fim. Assim, por estes diversos «caminhos», o homem pode ter acesso ao conhecimento da existência duma realidade que é a causa primeira e o fim último de tudo, «e a que todos chamam Deus» (11). 35. As faculdades do homem tornam-no capaz de conhecer a existência de um Deus pessoal. Mas, para que o homem possa entrar na sua intimidade, Deus quis revelar-Se ao homem e dar-lhe a graça de poder receber com fé esta revelação. Todavia, as provas da existência de Deus podem dispor para a fé e ajudar a perceber que a fé não se opõe à razão humana. III. O conhecimento de Deus segundo a Igreja 36. «A Santa Igreja, nossa Mãe, atesta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido, com certeza, pela luz natural da razão humana, a partir das coisas criadas» (12). Sem esta capacidade, o homem não poderia acolher a revelação de Deus. O homem tem esta capacidade porque foi criado «à imagem de Deus» (Gn 1, 27). 37. Nas condições históricas em que se encontra, o homem experimenta, no entanto, muitas dificuldades para chegar ao conhecimento de Deus só com as luzes da razão: «Com efeito, para falar com simplicidade, apesar de a razão humana poder verdadeiramente, pelas suas forças e luz naturais, chegar a um conhecimento verdadeiro e certo de um Deus pessoal, que protege e governa o mundo pela sua providência, bem como de uma lei natural inscrita pelo Criador nas nossas almas, há, contudo, bastantes obstáculos que impedem esta mesma razão de usar eficazmente e com fruto o seu poder natural, porque as verdades que dizem respeito a Deus e aos homens ultrapassam absolutamente a ordem das coisas sensíveis; e quando devem traduzir-se em actos e informar a vida, exigem que nos dêmos e renunciemos a nós próprios. O espírito humano, para adquirir semelhantes verdades, sofre dificuldade da parte dos sentidos e da imaginação, bem como dos maus desejos nascidos do pecado original. Daí deriva que, em tais matérias, os homens se persuadem facilmente da falsidade ou, pelo menos, da incerteza das coisas que não desejariam fossem verdadeiras» (13). 38. É por isso que o homem tem necessidade de ser esclarecido pela Revelação de Deus, não somente no que diz respeito ao que excede o seu entendimento, mas também sobre «as verdades religiosas e morais que, de si, não são inacessíveis à razão, para que possam ser, no estado actual do género humano, conhecidas por todos sem dificuldade, com uma certeza firme e sem mistura de erro» (14). IV. Como falar de Deus? 39. Ao defender a capacidade da razão humana para conhecer Deus, a Igreja exprime a sua confiança na possibilidade de falar de Deus a todos os homens e com todos os homens. Esta convicção está na base do seu diálogo com as outras religiões, com a filosofia e as ciências, e também com os descrentes e os ateus. 40. Mas dado que o nosso conhecimento de Deus é limitado, a nossa linguagem, ao falar de Deus, também o é. Não podemos falar de Deus senão a partir das criaturas e segundo o nosso modo humano limitado de conhecer e de pensar. 41. Todas as criaturas são portadoras duma certa semelhança de Deus, muito especialmente o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. As múltiplas perfeições das criaturas (a sua verdade, a sua bondade, a sua beleza) reflectem, pois, a perfeição infinita de Deus. Daí que possamos falar de Deus a partir das perfeições das suas criaturas: «porque a grandeza e a beleza das criaturas conduzem, por analogia, à contemplação do seu Autor» (Sb 13, 5). 42. Deus transcende toda a criatura. Devemos, portanto, purificar incessantemente a nossa linguagem no que ela tem de limitado, de ilusório, de imperfeito, para não confundir o Deus «inefável, incompreensível, invisível, impalpável» (15) com as nossas representações humanas. As nossas palavras humanas ficam sempre aquém do mistério de Deus. 43. Ao falar assim de Deus, a nossa linguagem exprime-se, evidentemente, de modo humano. Mas atinge realmente o próprio Deus, sem todavia poder exprimi-Lo na sua infinita simplicidade. Devemos lembrar-nos de que, «entre o Criador e a criatura, não é possível notar uma semelhança sem que a dissemelhança seja ainda maior» (16), e de que «não nos é possível apreender de Deus o que Ele é, senão apenas o que Ele não é, e como se situam os outros seres em relação a Ele»(17).
A Igreja é convicta – e penso que com toda razão – de que o homem, precisamente por ter sido criado por Deus e para Deus, traz no seu íntimo o chamado irrefreável a conhecer e amar o seu Criador. Se de antemão o ser humano não se fechar preconceituosamente, descobre “certas vias” para chegar a um conhecimento da existência de Deus através de argumentos convergentes e convincentes. Para isto há, fundamentalmente, dois pontos de partida: o mundo e o próprio ser humano.

O grande livro que é o Crucifixo

Grande livro que é o Crucifixo

Non iudicavi me scire aliquid inter vos, nisi Iesum Christum, et hunc crucifixum - “Não entendi saber entre vós coisa alguma, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (Jo 13, 1)

Sumário. O lenho da cruz serviu a Jesus Cristo, não só de patíbulo, para operar o nosso resgate; mas também de cátedra para nos ensinar as mais sublimes virtudes. À imitação dos santos, procuremos estudar amiúde o grande livro do Crucifixo e nós também nele aprenderemos como devemos praticar a obediência aos preceitos divinos, o amor para com o próximo, a paciência nas adversidades. Nele aprenderemos sobretudo como devemos odiar o pecado e amar a Deus, aceitando por seu amor trabalhos, tribulações e a própria morte.

Como a Igreja sabe o dia do nascimento de Maria?

Natividade de Nossa Senhora Na Igreja católica celebramos numerosas festas de santos. Havendo, felizmente, milhares de santos, comemoram-se milhares de festas. Entretanto, não se celebra a data de nascimento do santo, mas sim a de sua morte, correspondendo ao dia da entrada dele na vida eterna. Somente em três casos comemoram-se as festas no dia do nascimento: Nosso Senhor Jesus Cristo (Natal); o nascimento de São João Batista; e a natividade da Santíssima Virgem. A Natividade de Nossa Senhora é uma festividade religiosa celebrada pela Igreja Católica precisamente nove meses depois de comemorar a Imaculada Conceição da Virgem Maria. A festa da Natividade era celebrada no Oriente católico muito antes de ser instituída no Ocidente. Segundo uma bela tradição, tal festa teve início quando São Maurílio a introduziu na diocese de Angers, na França, em consequência de uma revelação, no ano 430:
“Um senhor de Angers encontrava-se na pradaria de Marillais, na noite de 8 de setembro daquele ano, quando ouviu os anjos cantando no Céu. Perguntou-lhes qual o motivo do cântico. Responderam-lhe que cantavam em razão de sua alegria pelo nascimento de Nossa Senhora durante a noite daquele dia”.

Cristo, razão e esperança da Igreja

Por Dom Henrique Soares da Costa Diante de algumas situações da Igreja atual, estava eu pensando nos cristãos das origens, nos católicos dos primeiros séculos, nossos antepassados: de fora, perseguições do Império Romano; de dentro, as divisões e as decepções com irmãos que, perseguidos, renegavam a fé... Isto mesmo: a Igreja sempre viverá em meio a tribulações, a fracassos, a perseguições e escândalos. Nunca terá na terra o que terá somente no Céu: a paz da fidelidade perene de seus filhos e do gozo eterno da Glória... Pensei, então: Os verdadeiros católicos não são católicos por causa da Igreja, mas por causa do Cristo fidelíssimo, que nos amou até a cruz e nos deu a Sua Igreja como Mãe e canal de Sua graça. Certamente que os escândalos, o relativismo, o mundanismo, a crise de fé de tantos ministros ordenados e religiosos, o mau exemplo de quem deveria ser presença viva de Cristo – tudo isto nos entristece; no entanto, se compreendermos bem o que é a Igreja, se tivermos os olhos e o coração fixos no Cristo, então todas essas realidades negativas em nada tirarão a nossa paz...