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Instruções

Instruções

Assuntos variados a respeito da fé católica como: doutrina, dúvidas, notícias, textos escolhidos, palavras do Papa e escritos dos Santos e muito mais!

Meditação para este IV Domingo da Quaresma

Dom Henrique Soares da Costa

Por Dom Henrique Soares da Costa

“Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações” (Is 66,10s)

Caríssimos em Cristo, estas palavras de Isaías dão o tom da liturgia deste Domingo, chamado pela liturgia de Domingo Laetare – Domingo “Alegra-te!”. Não se trata de um “Domingo da Alegria” – isto não existe na Liturgia... Por favor, nunca esqueçamos que a Liturgia não celebra temas, mas eventos salvíficos, acontecimentos realizados pelo Senhor para a nossa salvação! Pois bem, no meio da Quaresma, na metade do caminho para a solene celebração anual da Ressurreição do Senhor, a Igreja nos convida à uma atitude interior de alegria pela aproximação da Santa Páscoa. Daí hoje a cor rosa e até mesmo as flores na igreja. “Alegra-te, Jerusalém!” – Jerusalém é a Igreja, é o Povo santo de Deus, o novo Israel, é cada um de nós... Alegremo-nos, apesar das tristezas da vida, apesar da consciência dos nossos pecados! Alegremo-nos, porque a misericórdia do Senhor é maior que nossa miséria humana!

Meditação para o II Domingo da Quaresma

Dom Henrique Soares da Costa Surpreende-nos, caríssimos, que neste tempo quaresmal, de tanta sobriedade, a Mãe católica nos coloque diante dos olhos Jesus transfigurado. Não seria mais adequado este texto num dos domingos da Páscoa? Cabe tanta glória, tanta luz, tanto esplendor, neste tempo de oração, penitência, esmola e combate espiritual? Mas, não duvidemos: a Igreja tem seus motivos; motivos sábios, motivos de mãe que educa com carinho. Primeiramente, a glória de Jesus no Tabor, antegozo da Sua Ressurreição, anima-nos e alenta-nos neste caminho quaresmal. Ao nos falar da oração, da penitência, da esmola, ao os exortar ao combate aos vícios e à leitura espiritual, a Igreja, fazendo-nos contemplar o Transfigurado, revela-nos qual o objetivo da Quaresma: encontrar o Cristo cheio de glória e, com Ele, sermos glorificados.

Meditação para o I Domingo da Quaresma

Dom Henrique Soares da Costa

Por Dom Henrique Soares da Costa

Chegaram, para nós, os sagrados dias da Quaresma: dias de oração, penitência, esmola, combate aos vícios e leitura espiritual. Esses dias tão intensos nos preparam para as alegrias da Santa Páscoa do Senhor. Estejamos atentos, pois não celebrará bem a Páscoa da Ressurreição quem não combater bem nos dias roxos da Quaresma. A Palavra que o Senhor nos dirige já neste Primeiro Domingo é uma séria advertência neste sentido. A leitura do Gênesis nos mostrou como Deus é cheio de boas intenções e bons sentimentos em relação a nós: depois de haver lavado todo pecado da terra pelo dilúvio, como deseja nos purificar neste Tempo santo, misericordiosamente, o Senhor nosso Deus fez aliança com toda a humanidade e com todas as criaturas:

“Eis que vou estabelecer Minha aliança convosco e com todos os seres vivos! Nunca mais criatura alguma será exterminada pelas águas do dilúvio”

Meditação para o V Domingo Comum

Dom Henrique Soares da Costa

Por Dom Henrique Soares da Costa

Iniciemos nossa meditação da Palavra de Deus pela primeira leitura. O Livro de Jó, de modo dramático, mostra a vida humana:
“Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? Seus dias não são como dias de um mercenário? Tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimentos. Se me deito, penso: quando poderei levantar-me? E, ao amanhecer, espero novamente a tarde... Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança. Lembra-Te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade”
Eis, caríssimos, não são palavras negativas, desesperadas, essas de Jó. São, antes uma reflexão realista e dolorosa sobre o mistério da vida humana, mas uma reflexão cheia de esperança, porque feita à luz de Deus e, portanto, uma dor feita oração; um aperto de coração feito apelo ao Senhor! Uma coisa é pensar nas realidades negativas de nossa existência simplesmente contando com nossas forças. Que desespero, que desilusão, que vazio de sentido! Outra, bem diferente, é encarar a vida, também com seus trevas, à luz de Deus, o Amor eterno e onipotente! Que esperança que não decepciona, que paz que invade o coração, mesmo na dor!

Meditação para o 4º Domingo do Tempo Comum

Dom Henrique Soares da Costa

Por Dom Henrique Soares da Costa

“Todos ficavam admirados com o Seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas”

Caríssimos, hoje a Palavra a nós proclamada mostra o Senhor ensinando. O Evangelho nos dá conta de que Seu ensinamento causava admiração. E por quê? Porque Jesus não é um simples mestre, um mero rabi... Vós escutastes na primeira leitura o que Moisés prometera – ou melhor, o que Deus mesmo prometera pela boca de Moisés: “O Senhor teu Deus fará surgir para ti, da tua nação e do meio de teus irmãos, um profeta como eu: a ele deverás escutar!” Eis! Moisés, o grande líder e libertador de Israel, aquele através do qual Deus falava ao Seu povo e lhe dera a Lei, anuncia que Deus suscitará um profeta como ele. E os judeus esperavam esse profeta. Chegaram mesmo a perguntar a João Batista: “És o Profeta?” (Jo 1,21), isto é, “És o Profeta prometido por Moisés?”. Pois bem, caríssimos: esse Profeta, esse que é o Novo Moisés, esse que é a própria Palavra de Deus chegou: é Jesus, nosso Senhor! Como Moisés, Ele foi perseguido ainda pequeno por um rei que queria matar as criancinhas; como Moisés, Ele teve que fugir do tirano cruel, como Moisés, sobre o Monte – não o Sinai, mas o das Bem-aventuranças – Ele deu a Lei da Vida ao Seu povo; como Moisés, num lugar deserto, deu ao povo de comer, não mais o maná que perece, mas aquele pão que dura para a Vida eterna. Jesus é o verdadeiro Moisés; e mais que Moisés, “porque a Lei foi dada por meio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1,17). Jesus é a plenitude da Lei de Moisés, Jesus não é somente um profeta, mas é o próprio Deus, Senhor dos profetas, Senhor de Moisés! Moisés deu testemunho Dele no Tabor e cairia de joelhos a Seus pés se O encontrasse. Jesus, caríssimos, é a própria Palavra do Pai feita carne, feita gente, habitando entre nós!

Meditação para o 4º Domingo do Advento

Dom Henrique Soares da Costa Por Dom Henrique Soares da Costa Eis! Estamos no último dos quatro Domingos do santo Advento! Estamos já em plena Semana Santa do Natal, iniciada no dia 17 de dezembro; na verdade, encontramo-nos no limiar da Solenidade da Natividade do Emanuel! Logo mais, celebraremos as primeiras vésperas da Solene Manifestação do Salvador na nossas carne mortal! A Igreja, agora, é toda atenção, toda contemplação do mistério da Encarnação, preparando-se para celebrar o Natal do Senhor. Sua Vinda é a nossa salvação, Sua chegada é o anúncio da esperança a todos os povos, a toda a humanidade. A anual celebração do Seu Natal recorda-nos que nosso Deus não é de longe, mas de perto, de pertinho da humanidade toda e de cada um de nós.

Meditação para o 2º Domingo do Advento

Dom Henrique Soares da Costa Por Dom Henrique Soares O tempo do Advento coloca-nos diante da miséria da humanidade, da pobreza e aperto da Igreja, da nossa própria miséria. Pobre humanidade: por mais que se julgue autossuficiente, é tão insuficiente, por mais que deseje ser seu próprio deus, não passa de pó que o vento leva... Pobre Igreja, tão santa pela santidade de Cristo, o Santo de Deus, mas tão envergonhada pelos pecados de seus filhos e até de seus pastores, que deveriam ser exemplo e orgulho do rebanho; tão difamada, tão vilipendiada, tão humilhada nos dias atuais. Pobres de nós, que vivemos uma vida tão cheia de percalços e angústias, de lutas e lágrimas, de desafios que, às vezes, pararem mais fortes que nós! Eis a humanidade!

Meditação para o 32º Domingo Comum – Ano A

Dom Henrique Soares da Costa Por Dom Henrique Soares da Costa De um modo ou de outro, a Palavra do Senhor sempre nos fala da vida, nos revela o sentido, nos mostra o caminho. Hoje, o Cristo Senhor nos apresenta a existência como um punhado de talentos, de dons, de oportunidades que a providência gratuita e misteriosa de Deus colocou em nossas mãos para que façamos frutificar. Certamente, jamais compreenderemos por que nascemos desse modo ou somos daquele outro. A vida é um mistério tremendo, Irmãos; tão tremendo, que o Salmista geme, entre admirado e oprimido:

“Ainda embrião Teus olhos me viram e tudo estava escrito no Teu livro; meus dias estava marcados antes que chegasse o primeiro. Como são profundos para mim Teus pensamentos, como são grandes seu número, ó Deus!” (Sl 139/138,16s)

Podemos, no entanto, ter a certeza de que o Senhor nos deu uma vida, "a cada um de acordo com a sua capacidade".