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Espiritualidade

Espiritualidade

Da Perfeita Resignação com a Vontade Divina

Oferecimento do Coração à Jesus

Meus cibus est ut faciam voluntatem eius qui misit me, ut perficiam opus eius - “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou, para consumar a sua obra" (Mt 13, 31)

Sumário. É um ponto de fé que Deus não quer senão o que é melhor para nós; isto é, a nossa santificação. Se quisermos, pois, ser santos e achar mesmo na terra a paz verdadeira, procuremos ter a nossa vontade em repouso, unindo-a sempre à vontade amabilíssima de Deus. Remetamos ao Pai celestial toda a nossa solicitude, certos de que, afinal, tudo cede para o maior bem do justo. Em cada adversidade, seja qual for, repitamos a palavra habitual dos santos: Seja feita a vossa vontade!

O grão de Mostarda e a Igreja Católica

Grão de Mostarda

6º Domingo que sobrou depois da Epifania

Simile est regnum coelorum grano sinapis, quod accipiens homo seminavit in agro suo - “O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo" (Mt 13, 31)

Sumário. No Evangelho de hoje a Igreja Católica é comparada a um grão de mostarda; porque, posto que pequena na sua origem, em breve se dilatou de tal modo, que todas as nações se puseram debaixo da sua proteção. Já que temos a ventura de pertencer a esta Igreja, demos graças por isso a Deus. Se, porém, desejamos que a fé nos salve, meditemos frequentemente nas máximas salutares da fé e façamos por não sermos do número daqueles que, vivendo no pecado ou na tibieza, são membros mortos ou moribundos.

Da Conformidade com a Vontade de Deus

Digamos com Jesus no Getsemani: Fiat Voluntas Tua...

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XXXVI

Et vita in voluntate ejus. - "E a vida, em sua vontade" (Sl 29, 6)

PONTO I

Todo fundamento da saúde e da perfeição das nossas almas consiste no amor de Deus.
“Quem não ama está morto. A caridade é o vínculo da perfeição” (Jó 3,14; Cl 3,14)
Mas a perfeição do amor é a união da nossa própria vontade com a vontade divina; porque nisto se cifra — como disse o Areopagita — o principal efeito do amor, em unir de tal modo a vontade dos amantes, que não tenham mais que um só coração e um só querer. Portanto, as nossas obras, penitências, esmolas, comunhões, só agradam ao Senhor enquanto se conformam com sua divina vontade; de outra maneira não seriam virtuosas, mas viciosas e dignas de castigo. Isto, particularmente, nos manifestou com seu exemplo o nosso Salvador, quando do céu desceu à terra. Isto, como ensina o Apóstolo, disse o Senhor ao entrar neste mundo:
“Vós, meu Pai, recusastes as vítimas oferecidas pelo homem e quereis que vos sacrifique a vida deste corpo que me destes. Cumpra-se vossa divina vontade” (Hb 10,57)

Maria Santíssima livra os seus devotos do inferno

Maria Santíssima livra seus devotos do Inferno

Qui audit me, non confundetur: et qui operantur in me, non peccabunt - “Aquele que me ouve, não será confundido, e os que obram por mim, não pecarão” (Eclo 24, 30)

Sumário. Pela bondade divina achamo-nos no campo da Igreja Católica, e talvez até numa comunidade fervorosa, onde o Senhor semeou e ainda semeia o trigo das graças celestiais. Demos graças ao Senhor e aproveitemo-nos da sua misericórdia. Mas ao mesmo tempo examinemo-nos para ver se não somos porventura para o nosso próximo joio pernicioso ou, pior ainda, semeadores de joio. Jesus Cristo disse que no dia da colheita, isto é, do Juízo, o joio será jogado no fogo do inferno.

Da amorosa presença de Cristo no Santíssimo Sacramento do altar

Jesus Eucarístico no Sacrário (Altar da Igreja São Vicente de Paulo)

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XXXV

Venite ad me omnes qui laboratis et onerati estis, et ego reficiam vos. - "Vinde a mim todos os que vos achais sobrecarregados e atribulados, que eu vos aliviarei" (Mt 11, 28)

PONTO I

Ao partir deste mundo, depois de ter completado a obra da nossa redenção, o nosso amantíssimo Salvador não quis deixar-nos sós neste vale de lágrimas.
“Nenhuma língua pode exprimir — dizia São Pedro de Alcântara — a grandeza do amor que Jesus tem às almas; por isso, ao deixar esta vida, o divino Esposo, receando que sua ausência fosse ocasião de olvido, deu-lhes como recordação este Sacramento santíssimo, no qual ele mesmo permanece; e não quis que entre ele e nós houvesse outro penhor para manter viva a memória”
Esta preciosa dádiva de Nosso Senhor Jesus Cristo merece todo o amor de nosso coração e por esse motivo dispôs que nestes últimos tempos fosse instituída a festa do seu Sagrado Coração, segundo revelou à sua serva Irmã Margarida Alacoque, a fim de que lhe rendêssemos homenagem por sua presença amorosa sobre o altar, e reparássemos, ao mesmo tempo, os desprezos e as injúrias que neste Sacramento tem recebido e recebe ainda da parte dos hereges e dos maus cristãos. Permanece Jesus no Santíssimo Sacramento: primeiro, para que todos lhe falemos sem dificuldade; segundo, para conceder-nos audiência; e terceiro, para dispensar-nos suas graças.

Da Sagrada Comunhão

Quinta-feira Santa, o Dia do Amor, o dia em que Jesus instituiu a Eucaristia

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XXXIV

Accipite et comedite: hoc est Corpus meum - "Tomai e comei; este é meu Corpo" (Mt 26, 26)

PONTO I

Consideremos a grandeza do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, o amor imenso que Jesus Cristo nos manifestou nesta dádiva tão preciosa e o vivo desejo que nutre de ser por nós recebido. Vejamos, em primeiro lugar, a grande mercê que nos fez o Senhor ao dar-se a nós como alimento na santa comunhão. Disse Santo Agostinho que, sendo Jesus Cristo Deus onipotente, nada melhor pôde dar-nos. Que maior tesouro pode receber ou desejar uma alma do que o sacrossanto corpo de Cristo? Exclamava o profeta Isaías:
“Publicai as amorosas invenções de Deus” (Is 12,4)
E em verdade, se nosso Redentor não nos tivesse obsequiado com dádiva tão valiosa, quem é que ousaria pedi-la? Quem é que se atreveria a dizer-lhe:
“Senhor, se quereis demonstrar o vosso amor, ocultai-vos sob as espécies do pão e permiti que as recebamos para o nosso sustento...”?
Tal pensamento houvera de ser considerado como loucura.
“Não parece loucura dizer: comei minha carne e bebei meu sangue?” — exclamava Santo Agostinho

Do amor de Deus

Santa Inês

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XXXIII

Nos ergo diligamus Deum, quoniam Deus prior dilexit nos - "Amemos nós a Deus, porque Deus nos amou primeiro" (1 Jo 4, 19)

PONTO I

Considera, antes de tudo, que Deus merece o teu amor, porque ele te amou antes de ser amado por ti, e, de todos quantos te hão amado, é o primeiro (Jr 31,3). Os primeiros que te amaram neste mundo foram teus pais, mas só te amaram depois que te conheceram. Mas Deus já te amava antes de existires. Mesmo antes da criação do mundo, Deus já te amava. E quanto tempo antes de ter criado o mundo começou a te amar?... Talvez mil anos, mil séculos?... Mas não computemos anos nem séculos. Deus te amou desde toda a eternidade (Jr 31,3). Enfim: desde que Deus é Deus, sempre te tem amado; desde que se amou a si mesmo, também amou a ti. Com razão, dizia a virgem Santa Inês:
“Outro amante me cativou primeiro”
Quando o mundo e as criaturas requestaram o seu amor, ela respondia: Não, não vos posso amar. Meu Deus foi o primeiro a amar-me, e é justo, portanto, que só a ele consagre todo o meu amor.

Desespero dos réprobos no Inferno

Tempestade

Mortuo homine impio, nulla erit ultra spes - “Morto o homem ímpio, não restará mais esperança alguma” (Pv 11, 7)

Sumário. Enquanto o pecador vive, há sempre esperança de conversão; mas quando a morte o arrebatou no estado de pecado, não lhe resta mais esperança alguma e verá sempre diante dos olhos a sentença de sua eterna condenação. Sim, porque o inferno tem uma porta de entrada, mas não de saída. O que o réprobo começa a sofrer no primeiro dia da sua entrada, terá de sofrê-lo sempre. Qual não seria, pois, o nosso desespero, se por desgraça nos viéssemos a condenar!... Ó Pai Eterno, pelo amor de Jesus Cristo, castigai-me como quiserdes, mas poupai-me na eternidade.