Queda de Napoleão
A história nos demonstra claramente que o favorecer a religião é o princípio da grandeza dos soberanos, e que ao contrário, persegui-la é causa de sua ruína. Napoleão não o queria crer, porém os fatos lhe provaram. Seu imenso poder fazia tremer a toda Europa e era seu nome temido em todo o mundo. Quando soube que Pio VII o queria excomungar por suas violências contra a Igreja e seus ministros, dizia em tom de mofa:
"Pensa talvez o Papa que a excomunhão fará cair as armas das mãos de meus soldados?"
Porém as censuras da Igreja, tarde ou cedo, produzem inexoravelmente seu efeito. A ambição levou de fato a Napoleão até as extremidades da Rússia, onde os quatrocentos mil homens, que compunham seu exército, morreram em sua maior parte pelo ferro, pela fome ou pelo frio. O general Ségur, um dos chefes daquele formidável exército, deixou escrito:
"Os soldados mais valentes, gelados de frio, já não podiam segurar as armas e estas caíam lhes das mãos"