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Catolicismo

Catolicismo

Estudos sobre a Fé e a Doutrina Católica por meio de documentos da Santa Igreja, livros de espiritualidade, videos e etc. Selecionados para aprofundarmos ainda mais em nosso amor a Jesus Cristo!

História da Igreja 6ª Época: Capítulo II

Queda de Napoleão

A história nos demonstra claramente que o favorecer a religião é o princípio da grandeza dos soberanos, e que ao contrário, persegui-la é causa de sua ruína. Napoleão não o queria crer, porém os fatos lhe provaram. Seu imenso poder fazia tremer a toda Europa e era seu nome temido em todo o mundo. Quando soube que Pio VII o queria excomungar por suas violências contra a Igreja e seus ministros, dizia em tom de mofa:
"Pensa talvez o Papa que a excomunhão fará cair as armas das mãos de meus soldados?"
Porém as censuras da Igreja, tarde ou cedo, produzem inexoravelmente seu efeito. A ambição levou de fato a Napoleão até as extremidades da Rússia, onde os quatrocentos mil homens, que compunham seu exército, morreram em sua maior parte pelo ferro, pela fome ou pelo frio. O general Ségur, um dos chefes daquele formidável exército, deixou escrito:
"Os soldados mais valentes, gelados de frio, já não podiam segurar as armas e estas caíam lhes das mãos"

História da Igreja 6ª Época: Capítulo I

Pio VII

Quando se deu a morte de Pio VI, os repuplicanos franceses tinham-se assenhoreado de Roma e de toda a Itália. O chefe da Igreja morrera no desterro, os membros do sacro Colégio achavam-se encarcerados ou dispersos; como se poderia eleger um pontífice? Não temamos; Deus que governa sua Igreja, saberá inutilizar os esforços dos homens. Efetivamente dali a pouco um exército austríaco ataca os franceses, expulsa-os de Roma e da Itália e os encerra em um estreito desfiladeiro entre a Ligúria e o Piemonte. Postos então em liberdade os cardeais, se reúnem em Veneza e elegem para ocupar o trono de São Pedro ao cardeal Chiaramonti de Cesena, que tomou o nome de Pio VII. Dirige-se este a Roma e toma de novo, com a maior solenidade, posse do poder temporal que lhe dera Deus para conservar a independência de seu ministério, entre as homenagens e as felicitações dos soberanos. Logo que os Austríacos cumpriram sua missão, travou-se a batalha de Marengo, e apesar de seu número e valor, são derrotados e desaparecem da cena. Prova evidente de que Deus lhes deu no primeiro encontro a vitória somente para o bem da Igreja, isto é, para que se pudesse eleger o novo Papa e tomasse novamente posse de Roma. Ano 1800.

História da Igreja 5ª Época: Capítulo VIII

Perseguição em Roma

Declarada a destronização do Papa, os comissários franceses se apoderaram de sua pessoa e deram começo ao saque do palácio pontifício. As bibliotecas preciosas e raras ali existentes, foram vendidas por preço vil depois de terem sido quebradas as estantes e armários que as continham. Vendo-se burlados por não achar o ouro, nem as joias que ali esperavam encontrar, apresenta-se o calvinista Haller ao Papa e diz-lhe em tom de ameaça:
"A república romana vos intima que me entregueis já vossos tesouros: dai-mos pois"
- "Eu não possuo tesouro algum"
"Não ostentais dois formosos anéis nesse dedo?"
Entregou-lhe um deles o Papa, dizendo-lhe:
"Não posso entregar-vos o outro, porque deve passar a meus sucessores"

História da Igreja 5ª Época: Capítulo VII

Santo Afonso e os Redentoristas

Enquanto Voltaire e Rousseau infestavam o mundo com seus escritos ímpios, serviu-se Deus do glorioso Afonso Maria de Ligório para iluminar e santificar aos povos. Nasceu em Nápoles no ano de 1696, e desde sua juventude manifestou-se qual luminoso modelo de virtude. Era mui exato no cumprimento de todos os seus deveres, especialmente religiosos, comungava toda semana e ainda com maior frequência, e visitava todos os dias o Santíssimo Sacramento. Aos 16 anos já se achava graduado doutor em ambos os direitos e dedicava-se ao exercício da advocacia. Vendo, porém, frustradas suas esperanças de vencer uma causa, determinou abandonar o mundo e consagrar-se a Deus no estado eclesiástico. Pregava com grande fervor, e seu próprio pai a primeira vez que o ouviu, exclamou vivamente comovido:
"Meu filho me fez conhecer a Deus"

História da Igreja 5ª Época: Capítulo VI

Irmãos das Escolas Cristãs

A Igreja católica, à imitação de seu divino esposo, pôs sempre especial empenho em educar as crianças e formá-las desde pequenas à virtude. Entre a multidão de seus filhos que, inflamados neste espírito de caridade, se dedicaram de modo especial à educação da juventude, distinguiu-se o venerável João Batista de la Salle, de Reims. Unia este, a uma vida pura e inocente tal inclinação e amor para a ciência e para a virtude, que desde muito jovem foi nomeado cônego, doutor em teologia, e mais tarde, ordenado sacerdote. Cuidadoso em adquirir uma dignidade segura e imperecível no paraíso, renunciou ao cargo de cônego, distribuiu quarenta mil francos de patrimônio entre os mosteiros, e dedicou-se a recolher meninos pobres e abandonados, para instruí-los na santa fé. Não podendo só ele levar a cabo uma obra de tanta importância, chamou em seu auxilio outros companheiros, nos quais infundiu seu espírito. Desta maneira principiou a instituição dos Irmãos das Escolas cristãs que tem por fim exclusivo a educação cristã dos meninos da classe pobre ou menos acomodada da sociedade.

História da Igreja 5ª Época: Capítulo V

Jansênio

Depois da solene condenação do protestantismo no concílio de Trento, pode gozar a Igreja de alguma paz até que apareceu o Jansenismo, heresia que deve seu nome a Cornélio Jansênio, seu autor. Natural de Accoy na Holanda e filho de pobres artistas, foi por um caridoso barbeiro guiado na carreira dos estudos. Mas, para sua primeira desgraça, contraiu amizade com um tal De-Vergel, conhecido na história sob o nome de Abade de São Cirano. Uniu-se a isto o ensino do Dr. Janson, o qual se esmerava em infundir em seus discípulos a doutrina de Baio, doutor da Universidade de Lovaina, condenado pela Igreja. Não obstante isto, como Jansênio ocultava seus erros, e parecia bastante douto nas ciências sagradas e mui apto em fazer obras de caridade, foi nomeado bispo de Iprés no ano 1636. Foi curto seu episcopado, porque dois anos depois morreu de peste, aos 53 ele idade.

História da Igreja 5ª Época: Capítulo IV

Henrique IV

O calvinismo tinha feito rá­pidos progressos em França, especialmente por culpa de seus reis; e até tentou, por meio de Hen­rique IV, sucessor de seu cunhado Henrique III, e chefe da facção calvinista, sentar-se no trono pa­ra infeccionar e corromper toda a nação. Porém, Deus preservou a França de semelhante desgraça, que teria sido a mais deplorável de todas, fazendo com que Henrique conhecesse e abraçasse a verdadeira religião. Este, primeiramente se instruiu bem nos dogmas que ensina a santa Igreja Católica, depois mandou comparecer à sua presença os ministros protestantes e perguntou-lhes se acreditavam que ele podia salvar-se na Igreja romana. Estes, depois de refletir seriamente, responderam-lhe que sim.
"Pois então, disse ele muito sabiamente, porque vós a abandonastes? Se os católicos afirmam que ninguém pode salvar-se em vossa seita; e vós afirmais que na deles pode-se conseguir a salvação, parece-me mais conforme à razão seguir o caminho mais seguro, e preferir aquela religião em que, segundo o sentir comum, eu posso salvar-me"
Dessa maneira o rei abjurou solenemente o calvinismo, recebeu do Papa a absolvição das censuras em que tinha incorrido, e trabalhou para fazer florescer a Religião em seus estados. Ano 1593.

História da Igreja 5ª Época: Capítulo III

Concílio Tridentino (Concílio de Trento)

A guerra encarniçada que os protestantes tinham declarado a Igreja, e a necessidade urgente de reanimar no clero e no povo a santidade dos costumes, tornavam necessária a convocação de um concílio ecumênico. Convocou-o, efetivamente, o Papa Paulo III, em Trento, cidade do Tirol italiano, donde, tomou o nome de Concílio Tridentino. Este é o décimo nono concílio ecumênico. Durou mais de dezoito anos, por ter sido interrompido diversas vezes, por causa da epidemia ou das guerras. Abriu o concílio o Papa Paulo III, no ano 1545; foi continuado sob Júlio III, e levado a feliz termo, no ano 1563, no pontificado de Pio IV, graças ao zelo do infatigável São Carlos Borromeu.

História da Igreja 5ª Época: Capítulo II

Novas Ordens Religiosas

Enquanto os hereges se esforçavam para destruir a Igreja, a Divina Providência suscitava novas sociedades de religiosos e uma multidão de doutores, que com suas fadigas apostólicas, com sua santidade e com suas obras cheias de erudição cristã fizeram­-na florescer em todas as partes do mundo. A Ordem dos Teatinos, a dos Barnabitas, dos Capuchinhos, dos Somascos, dos Fate-bene fratelli, e muitas outras congregações religiosas, a instituição das quarenta horas, a celebração do Concílio de Trento, São Caetano, São Jerônimo Emiliano, São João de Deus, São Tomas de Vilanova, Santo Inácio de Loiola, São Francisco Xavier, São Pedro de Alcântara, São Filipe Neri, São Pio V, Santa Teresa, São Carlos Borromeu, São Francisco de Sales e muitos outros repararam gloriosamente os danos causados a religião.

História da Igreja 5ª Época: Capítulo I

Sobre a Quinta Época

Nesta época foi a Igreja tão fortemente combatida, que parecia já tivesse chegado o tempo do Anticristo; porém, não obstan­te isto, conseguiu novos triunfos. Acomete-a um dilúvio de hereges, e muitos de seus ministros, em vez de defendê-la, se rebelam contra ela e abrem-lhe profundas feridas. Unem-se a estes os Príncipes seculares que a oprimem com o ferro, com a devastação e o sangue. O demônio se esconde debaixo do manto de sociedades secretas e de uma filosofia mundana e sedutora, mas falsa e corruptora: excita rebeliões, e suscita perseguições sanguinolentas. Deus porem, desvanece os esforços do inferno e os faz servir para sua glória. Novas ordens religiosas, missionários incansáveis, pontífices grandes pela santidade, zelo e sabedoria, unidos todos em um só coração e em uma só mente, e fortalecidos pelo braço do Todo Poderoso defendem heroicamente a verdade e levam a luz do Evangelho até os últimos limites da terra, conseguindo a Igreja novas conquistas e ainda mais gloriosas vitórias.